vinheta-destaqueReproduzimos abaixo a opinião do leitor “Flal” do BlogNAVAL, sobre os PEAMB “Planos de Equipamento e Articulação da Marinha do Brasil”. O leitor mostra como será difícil colocar em prática os planos de reequipamento da MB e como pensa parte do pessoal da Marinha a respeito do assunto.

Senhores,

Infelizmente os custos são esses mesmos que o Blog informou nesse post. Cerca de R$ 1,8 bilhão a versão de EG e cerca de R$ 2,3 bilhões a versão de EG, mas com ênfase em AAW.

Não está nada fora da realidade mundial. Caso a MB optasse por adquirir esses meios no exterior, os custos de aquisição seriam aqueles anunciados pelos fabricantes. Senão vejamos:

  • FREMM EG – 600 MILHÕES DE EUROS, cerca de R$ 1,62 bilhões (Cotação do Euro a R$ 2,7);
  • FREMM AAW – 750 MILHÕES DE EUROS, cerca de R$ 2,03 bilhões (cotação do Euro a R$ 2,7);
  • KDX II – 600 MILHÕES DE DÓLARES, cerca de R$ 1,1 bilhão (cotação do Dólar a R$ 1,84);
  • KDX III – 1,1 BILHÃO DE DÓLARES, cerca de R$ 2,02 bilhões (cotação do dólar a R$ 1,84);
  • Arleigh Burke – 1,1 BILHÃO DE DÓLARES, cerca de R$ 2,02 bilhões (cotação do dólar a R$ 1,84)

Já deu para se ter uma noção dos preços. Lembro mais uma vez, que esses preços são para os meios fabricados pelos seus respectivos estaleiros. Como a MB quer produzi-los aqui, sob licença, vai ter que pagar a mais por isso.

Também já deu para perceber, pelos valores apresentados pelo Blog, que nós vamos de FREMM mesmo.

Com relação ao PEAMB, cabem algumas considerações:

PEAMB significa: “Planos de Equipamento e Articulação da Marinha do Brasil”. Esse plano é uma imposição do Ministério da Defesa, para que as 3 Forças Singulares apresentem a necessidade de meios para os próximos anos e as ações de articulação com a indústria de defesa nacional.

Isso não significa que a MB vai conseguir obter tudo o que está descrito nele.

Cabe salientar que, a MB divide o seu planejamento estratégico em:

“Marinha de Hoje” – Curto prazo;
“Marinha de Amanhã” – Médio Prazo; e
“Marinha do Futuro” – Longo prazo.

Nos corredores dos navios, da Ilha das Cobras e da Ilha do Mocanguê, esse PEAMB é chamado de “Marinha do Nunca”, ou mesmo PEAMB = Pura Enrolação dos Almirantes para os Marinheiros Burros”. Pois, a maioria dos oficiais e praças acham esse plano impossível de ser concretizado em sua totalidade.

Os números apresentados nele são pura ficção. Em 30 anos, serão cerca de 8 governos diferentes, alguém acredita que não sofrerá mudanças, que vão contingenciar orçamentos, como sempre ocorre.

Ademais, colocar a culpa somente na classe política é no mínimo simplificar muito as coisas. Existe sim má administração e falta de planejamento dentro da MB. Quem está dentro, sabe do que estou falando.

Exemplificando o que estou dizendo, quando o NAe São Paulo foi adquirido, existia uma previsão de orçamentos futuros, que contava com os Royaltes do Petróleo e outras fontes. Se esses orçamentos tivessem sido mantidos, o NAe estaria 100% operacional até hoje. Contudo, houve um contingenciamento dos orçamentos, os Royaltes não foram mais repassados para a MB. Nesse caso seria necessário então utilizar um “Plano B”. Pois bem, qual era o “Plano B”? Ele simplesmente não existia!

Dessa forma, resolveu-se usar o navio até o talo, fazendo, apenas, manutenções naquilo que não tivesse mais jeito. Os resultados, todos conhecem.

Acho que o primeiro “Plano” que a MB deveria fazer, seria em seu recursos humanos. Tem que investir primeiro no pessoal que irá operar tudo isso. Temos tripulações reduzidas, 120 homens tendo que fazer o trabalho de 200. Para a maioria, o “embarque” é uma punição. Só ficou mesmo o pessoal que tem amor pelo que faz, porque o resto se esconde no chão.

A MB está selecionando o pessoal do quadro auxiliar (engenheiros e técnicos) para irem à Europa fazer os cursos de formação e aperfeiçoamento. Poucos são os voluntários, e quando paramos para conversar com eles (voluntários) vemos que a intenção é fazer o curso, voltar, “pagar” (período obrigatório de permanência quando o militar retorne de um curso como este), e então dar baixa para ganhar 5 vezes mais fora da MB.

Desculpe o desabafo, mas se querem realmente reestruturar a MB, reequipá-la com meios modernos, sejam os 10 primeiros como dito nesse post, ou os 16 apresentados, é necessário primeiro investir no pessoal, porque a situação está ficando bastante complicada.

Quando isso ocorrer, eu e a maioria dos Oficiais de Marinha acreditaremos em PEAMB, ou END, e outros mais que forem criados.

Desculpem!

SAIBA MAIS:

Subscribe
Notify of
guest

69 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Alecsander

Prezados: Nunca fui muito de falar no blog naval, sou mais o blog aéreo, mais não pude deixar de comentar. A tecnologia para uma corveta de ultima geração não é barata mesmo, mais é melhor do que ficar comprando navios de segunda mão, que esteja em bom uso, e com 1/10 do valor de um novo. Pelo cronograma das compras de navios, com certeza ate chegar a uma dezena, o Brasil levaria uns 50 anos para alcançar, sem contar que ate lá as primeiras embarcações já teriam sido aposentadas. Não da para depender disso, tem que gastar mesmo ou daqui… Read more »

Ricimer

As críticas de Flal são pertinentes e seu tom me parece mais com o de decepção de alguém que espera de sua instituição um desempenho bem acima da realidade do desempenho médio das instituições brasileiras do que o tom de alguém com desprezo. Digo “bem acima ” porque na verdade a MB tem um desempenho acima da média, no entanto essa “média” é muito baixa para as expectativas dos brasileiros. Notem que ao ler as críticas de Flal muitos de nossos colegas se aborrecem, no entanto deveriam se perguntar como é possível que com tantos problemas a MB ainda assim… Read more »

Ricimer

“O que o Brasil pode fazer para melhorar a marinha sem por a mão no bolso?” Caro Alecsander, uma coisa que os brasileiros podem fazer é retratar de modo fiel a rotina, os desafios, os anseios e as reminiscências do homem-do-mar, de modo que a visão negativa da instituição militar do passado incutida na mente do brasileiro por uma mídia que pouco conhece essa instituição dê lugar à uma visão bem-informada de uma Marinha que com todas suas limitações ainda assim produz exemplos de qualidade operacional que mostram claramente o potencial da nação brasileira, pois nossa marinha nada mais é… Read more »

Marcelo Ostra

apenas uma colocação:

E aquele que acredita em duende ?

soou como aquele mediocre Braziiiiiiiiiiilllll da rede coco, ops digo grobo …

pes no chão .. o tombo eh menor …

Mod MO

X-nobe

Meu porque vocês que são pessimistas não vão morar na Argentina, é aquela velha historia da sindrome do viralatismo, os mesmos que falão que o Brasil não pode investir porque é um país de pobre e não pode gastar com isso ou com aquilo, são os mesmos que metem a boca porque o Brasil não tem nada, os mesmos que reclamão da falta de infra-estrutura de nossas FAs são os mesmos que falão mau dos planos para reestruturação. Cara eu tenho um odio desses babacas, os caras ainda tão vivendo na época do Brasil Colonia, que quando chegava um navio… Read more »

Walderson

CADÊ VC AMIGO HORNET.
uM ABRAÇO.

Klesson

O que aconteceu com todo o conhecimento na fabricação das Fragatas Niterois e das Corvetas Barroso? A Engepron e os Institutos de formação de Técnicos e Engenheiros Navais são tão desacreditados que não conseguem projetar um e ou melhorar um projeto que nós já sabemos fazer? Vamos racionar de forma contrária! Se agirmos com seriedade e compromisso a que nos propomos, em vez de 4 opções, teríamos 5 oções, pois, ofereceriamos ao Mercado Internacional, um produto fabricado por nós, ou seja, de consumidor comprador, usador e estragador, passaríamos para vendedores de tecnologia e de produtos. Eita falta de visão, responsabilidade… Read more »

Vagner

Escondido no anonimato, pode ser qualquer um…Oficial mesmo…praça…ou civil. Acreditem, não é esse o pensamento. Que o PEAMB envolverá soma significativa de recursos ninguém duvida. Mas a determinação do MD foi: escrevam o que vcs precisam, vislumbrem fontes de recursos. É o que está feito no documento, que trata, inclusive, da questão do pessoal também, ao contrário do que diz nosso amigo. “É preciso investir no pessoal”. Afirmação vaga, que esvazia um assunto deveras complexo e que passa por um campo enorme de ações e necessidades, umas mais próximas e paupáveis e outras bem mais complicadas. Assim como em relação… Read more »

Abrivio

Capitão,

Vc critica as certezas dos outros, mas traçou um cenário “certo” que é bem improvável.

Em casa de ferreiro, espeto é de pau.

Um abraço,

Capitão

Abrivio e Mabill, Vocês são da MB? Eu só falaria tais coisas se fosse almirante e soubesse de tudo…mas sei que nada sei….então não suponho… Mabill, já quebro seu argumento com o seguinte fato. O São Paulo está voltando à ativa por uns U$ 100 milhões. A Índia gastará 1800 milhões do mesmo dólar para ter o seu. Você sabe o que representa um NAe? Pois é…e ainda criticam… Sobre subs não existe polêmica. Quem criou polêmica foi a imprensa. Somente se eu soubesse o que realmente está dentro deste negócio, falaria. Não sei mas acho que tem mais, mto… Read more »

Capitão

Marcos T,

Errado. Um político pensaria: 10 Bi? Putz…com 0,5% de comissão eu nunca mais quero ouvir falar de politicagem…mto menos eleições e votos.

Por falar em votos. O bolsa-familia cumpre bem este papel apesar de defendê lo.

E outra. Reequipamento não se paga num ano só. Vamos imaginar que será no decorrer de 15 anos. O PIB acumulado do Brasil girará neste espaço de tempo em 50 trilhões de reais. Por isso eu falo de novo. Os valores envolvidos são micharias. Basta se querer.

Abs.

Lobo do Mar

Capitão,

Se você acredita e porque es um sonhador, se já passou pela Esquadra, sabe muito bem que não existe contexto e sonha e debate não realidade.

Musashi

Esse post foi bem ilustrativos, a alguns colegas que em um post passado (da equiparação de salários), defendiam que as Forças Armadas deviam comprar comprar comprar, aumentar o solda não prescisava.
A questão é simples, ninguêm mais quer ser militar, a não ser o pobre que tem poucas chances. Isso tudo graças ao trabalho penoso, falta de material e de incentivo, e principalmente pelo salário totalmente fora de realidade. Se quisermos ter uma força decente, prescisa pagar um valor decente aos nossos soldados.

Farragut

Parece que este post foi lido pelo Chefe do Estado-Maior da Armada em pessoa.

Se falta tempo para ir a bordo p/ uma verificação da realidade, seus assessores podiam lhe atualizar com os efetivos dos navios: há navios com mais de DEZ por cento de faltas na lotação, não se trata de “um cozinheiro aqui, outro ali” como a autoridade teria dito.

Felipe Cps

Rárárárá, quer dizer então que a Marinha do Brasil também tem sua “Estratégia Braço-Forte”? Grandiosa, tediosa, fútil, manipulada pra dar lucro pra muita gente e insensível como aquela? Tava demorando a aparecer mesmo. Que dureza… Me solidarizo totalmente com o autor do post. Só quem está ou esteve lá dentro das FFAA nos últimos 20 anos percebe a palhaçada que são esses planos mirabolantes que uma vez a cada governo surgem ninguém sabe de onde, e que invariavelmente dão em nada ou em “micos” (como o Opalão sem-aviões da MB). Senhores, deixem de viajar com coisas grandiosas e ufanismo abestado,… Read more »

Gunter

Robson Br em 04 Ago, 2009 às 21:21 “… e hoje a situação é mais objetiva e já estamos partindo para a última fase que são os financiamentos. O Blog é muito profissional, mas demonstra uam certa antipatia quanto a atual política do MD…” Robson, Tenho a mesma opinião, e sobre o comentário do “Flal” transformado em “post”, não me recordo de algum comentário do Hornet, Mauro, Castor e Cmt Melk transformado em “post”, seria porque não escrevem de acordo com o “pensamento” dos editores??? Acho que o comentário do COMANDANTE MELK em 04 Ago, 2009 às 20:39, merecia também… Read more »

COMANDANTE MELK

Senhores, gostaria de salientar o seguinte: 1º Existe má administração e falta de planejamento dentro da MB, sim existe, basta vermos o caso emblemático do NAe São Paulo e porque não, o contrato assinado com os alemães da HDW para a produção dos IKL-209-1400 e 209-1500. No caso do NAe São Paulo o colega Flal explicitou muito bem essa má administração, quando da falta de um plano necessário para ser usado em uma situação adversa, como foi o contingenciamento dos orçamentos, e o não repasse dos Royaltes para a MB e a conseguente inoperância do navio depois de ter ocorrido… Read more »

Farragut

É difícil discordar do Flal quando não testemunhamos a preocupação em preparar o Comandante do SubNuc que pode estar agora no Colégio ou na Escola Naval. O viés não deixa de ser o da simples aquisição de plataforma/sistemas. Não é tangível o cuidado com a logística, principalmente com as pessoas.

Noel

Farragut em 04 Ago, 2009 às 23:22

“… em preparar o Comandante do SubNuc que pode estar agora no Colégio ou na Escola Naval.”

Cuidado! se vacilar, o futuro Cmt pode estar no ensino básico, e sua tripulação no jardim de infância ou maternal. RSRSRS
Sds

Capitão

Abrívio, A certeza na qual me referí é sobre os desfechos do END, que não podemos prever. A certeza do futuro, bem, esta é muito previsível. Basta fazer alguns cálculos de consumo e produção. Motivos existem sim e só não vê quem não quer. Alguns planos foram sim cumpridos, parcialmente ou totalmente mas sempre à duras penas pela MB que sempre foi reconhecida pela boa gerência de seus recursos. Vale lembrar que a MB se sacrificou para não parar com o desenvolvimento da energia nuclear para submarinos. Nunca antes tivemos este cenário mundial à nossa frente. Isso pode e eu… Read more »

Marco Antonio Lins

Apenas um comentario. Na verdade apos de ler esse comentario da MB as coisa não são tão facil como see penssa. não! Mas qual seria a saida? Mas creio que o homem vale pelo que deve, caso contrario niguem queria vender. Temos que nos endividar ? Temos sim, não tem outra saida.Mas primero investir no maior patrimonio que é o ser humano.A melhora financeira dos militares é primordial, porque motiva.Mas tambem tem que se melhorar a gestão, muitas vees a quantidade não é a qualidade.Porque paises como a India,China Russia e tantos outros consegiu sua independencia tecnologica? São bem mas… Read more »

Thiago

Tendo em mente a nossa situação financeira ja comprometida com os dois contrados (submarinos e F-X) o mínimo que o Governo brasileiro deveria ter feito se fosse um pouco mais competente, ou incompetente seria aproveitar ambos os contratos para barganhar junto ao país vencedor (do F-X no caso dos caças e da França no caso dos submarinos) que haja uma transferencia de material já usado desse/s país/es para o Brasil. Claro que também acho necessário equipamentos novos mas acredito que com esse tipo de transferência poderiamos adquirir um folego economico para poder mais pra frente firmar outro contrato de financiamento.… Read more »

gaspar

desses politicos do Brasil eu ja nao espero mais nada…

no link abaixo tem uma simulacao de como deveria ser a MB… muito interessante…

http://pbrasil.wordpress.com/mar-de-tita/projetos-mt/

Marcelo Tadeu

Ainda bem que os ofciais que eu conheço da MB não têm este mesmo pensamento, mas como somos uma democracia……

Mausher

“Há meu ver, no caso do acordo assinado com os alemães da HDW, a MB só deveria ter assinado o acordo com uma maior transferência de tecnologia, e não nos moldes em que foi fechado o acordo.” – COMANDANTE MELK (SIC). A meu ver este pensamento é equivocado (com direito a trocadilhos). E que moldes foram estes? Parece-me muito cômoda e confortável esta postura de se comprar transferência de tecnologia. E como todos sabemos conforto e comodidade tem preço alto, muito alto! Agora estamos percebendo a pontinha do “Iceberg”: nosso atraso, nosso despreparo, nossa falta de prioridades, nosso desgoverno, nossa… Read more »

tomas

Que Deus nos livre e guarde!!!

Capitão

Epa…foi o MD mesmo que disse “…pensem grande…”, agora não adianta criticar… É importante que tomemos este choque de realidade para com os preços de projetos nvais de grande porte pois países que almejam ser mais que BRICS precisam de tecnologia. Dou uma sugestão ao fórum: Procurem e coloquem aqui também os valores em dólares dos projetos navais indianos, chineses e sul-coreanos. É caro, é. Mas quem quer ser tem que ter. Para passarmos de quase subdesenvolvidos para quase desenvolvidos teremos muitos choques de realidade como estes. Falo mais. Os valores não devem ser encarados assim. Um navio que vale… Read more »

Fábio Mayer

Eu penso que, se o Brasil investir em escoltas, serão no máximo corvetas com o deslocamento da Barroso. Acho que essas aí são caras demais, demoradas demais e ousadas demais para a marinha brasileira.

Penso que o país deverá investir em patrulhas oceânicas de baixa tonelagem, mas em uma quantidade maior, é o que vejo no cenário atual, e considerando que nossas necessidades são de patrulha.

Sonhar com as Fremm é legal… mas inviável!

Capitão

Respeito totalmente a ponto de vista do autor do artigo mas acho errado não citar fonte.
Acredito que o fórum perde força assim.
Abs

Matheus

Se pensarmos bem, hoje os centros técnicos das Forças Armadas são uma excelência, mas o que anda acontecendo: o civil quer ter um conhecimento técnico na área de construção de aeronaves, faz o ITA, terminado o curso, ele para e pensa “será que fico na vida militar ganhando abaixo do salário médio de um Engenheiro Aeronáutico ou vou ganhar quase o dobro em uma empresa privada nacional ou não. A falta de bons salários esta fazendo com que, boa parte das pessoas entre nas Forças Armadas para conseguir um ensino de excelência, quando terminam saem, muitas vezes já empregado em… Read more »

Capitão

Acho que deveríamos conter nossas “certezas” sobre a END e seus desfechos. Não sabemos até que ponto o país mudará o seu jeito de encarar o assunto defesa. Este é o ponto chave. Possivelmente este jeito de encarar será mudado. Não de um dia para o outro nem em todas as forças ao mesmo tempo. Isto sim é consenso em Brasília. Em 5 anos o mundo estará crescendo à galope. China e EUA loucos por energia. Africa e Oriente Médio instáveis. Rússia…bem, essa pode bater o pé. Lembram da alta dos aliemntos de um tempo atrás? Alimentos e energia serão… Read more »

Pampa

Srs. já passou a hora de nos despirmos do “complexo de vira-latas” que por muitos anos nos assombrou. Esta é a hora de mudar, crescer… chegamos ao ponto na História que temos capacidade de assumir o papel no mundo. Eu digo assumir com responsabilidades, e isso implica gastar, gastar muito, investir mais ainda. Este governo, e não importa se gostemos ou não dele, está fazendo/planejando exatamente isso.
Vejam, toda a mudança sempre será questionada. Bombardeada até, pelos incrédulos. Mas todos são livres para escolher olhar para frente ou para qualquer outro lugar. A escolha é vossa.

Marcos T.

Com uma coisa eu concordo, dizer que toda essa situação é por causa dos politicos… O comando da Marinha tem grande parcela de culpa sim.
Me desculpem o pessoal da Marinha aí. Más a Marinha como é hoje parece uma “criança mimada” que não sabe oque quer.

J.BERTO

Sonhar… sonhar… sonhar. Não custa nada!
Comprar … comprar … comprar … só se for usado.
Acooorrrda BRASIL! É mais provavel que a marinha compre um transatlântico de luxo para os nobres senadores e deputados sairem de férias em “cruzeiros”. Entrem no site http://www.airfleets.com e comparem a quantidade de aviões executivos que dispõe a FAB em confronto com as demais forças aéreas.

Abrivio

Infelizmente, a maioria dos visitantes deste e de outros blogs são pouco realistas. Já vi vários planos de reequipamento, nenhum concretizado da forma como planejada, alguns nem iniciaram. Não me lembro na história da MB nenhum que tenha se cumprido. Contudo por algum motivo inexplicável, acham que esse será o primeiro em 180 anos que será cumprido. Baseado em que? Em nada, em achismo. Os planos não são bem sucedidos, porque no papel tudo é fácil, difícil é fazer, principalmente meter a mão no bolso. A sociedade brasileira não reconhece a importância das FA, por isso, quando a coisa aperta… Read more »

Abrivio

Pampa,

No período militar o discurso era bem parecido com o seu e não chegamos a lugar algum.

Talvez falte inteligência para discernir entre a ṕropaganda oficial (“tudo… como nunca antes nesse país) e a realidade.

Um abraço,

Marcelo Tadeu

Gente, descobri que escreveu: FOI O ABRÍVIO!!! RSRSRSRS!!!

Zero Uno

Muito corajoso e realmente tocante este post. Por isso pessoal, não é tão inexequível os salários de Oficiais Generais chegarem a 22.000/25.000 reais. Acho que a valorização de profissionais das Forças Armadas também são urgentes e deve-se fazer um planejamento para tal. Na minha opinião a valorização deveria ocorrer de acordo com a modernização das Forças Armadas e isso deveria constar na Estratégia de Defesa Nacional. Sem a devida valorização destes profissionais – que deveriam ter um regime próprio, separados de demais servidores civis – realmente ficará difícil reter em seus quadros pessoal qualificado dentro das Forças Armadas como um… Read more »

Mabill

Acho o projeto de reequipamento da FAB, muito mais coerente e organizado que o da MB, os comandantes que se alternaram deram continuidade e investiram muito bem os dólares dos contribuintes(inclusive com previsão de retorno), os equipamentos comprados pela FAB satisfazem o quesito preço/qualidade. A MB tem comprado navios sub armados e a polemica da compra subs, com o apoio de muitos lobistas, pegou mal, tinha até almirante querendo vender equipamento em uso(como se estivesse sobrando); muitos interesses, pouca organização; espero que a MB volte a se encontrar, melhores as condições de trabalho dos marinheiros e compre equipamentos de interesse… Read more »

Fernando

Capitão Quando citas: “Em 5 anos o mundo estará crescendo à galope. China e EUA loucos por energia” Muitos pequisadores sérios, no minímo reconhecem que o pico petrolífero, se encontra no pequeno plato da curva de bell (sabe aquele ponto onde o carrinho da montanha russa para antes do vunnnnnnnn…rs.), mesmos empresas normalmente refratárias a tal afirmação, como a BP, já reconhecem isso. O X da questão é como impedir o acesso a bilhões de chineses e indianos, que tenham um nível de consumo de pelo menos, equativamente aos dos brasileiros de classe média…, ou convencer quem consome mais, a… Read more »

Vlademir Baltazar

Bem, infelizmente a história está ai para ser contada quando política e militares se unem não sai boas coisas. Quando o orçamento da Defesa de um país esta mal planejado o que vemos é compras indevidas e planejamentos mirabolantes. OS gastos de nossas defesas é de cerca de aproximadamente 80% vão para os bolsos, ou seja é salário, o restante é gasto em armamento. Vejamos o caso da Corveta Barroso o valor dela em dolares foi de US$ 263 milhões ou seja ao dolar de hoje à R$ 1,90 seria de aproximadamente R$ 500 milhões. Não é mais vantajoso fazer… Read more »

Marcos T.

Sabe como pensa um politico:
Uma Fragata Fremm R$1.620.000.000 = ? votos
108.000.000 casas populares = 100.000.000 de votos(jogando por baixo)

Só pra vocês se ligarem um pouco.

Claudio

A proposta da Coréia para os KDX-II é de 480 milhões de dólares com SM-2 com os Aster vai ficar mais caro mesmo, mas não sei se será esse preço citado.
Mas a proposta da Coréia tem 10 navios patrulha envolvidos, a da França não tem.

Fernando

Complementando o post anterior.

A END e a PEAMB, são essenciais para o Estado Brasileiro, agora se vão ser cumpridas a contento…

Se falhar, falhamos todos, as FAs, os três poderes, em suma, o próprio Estado Brasileiro e principalmente sua sociedade, que não aprendeu o básico de cidadania e convívio em democracia.

Abraços

Capitão

Exatamente Fernando, concordo plenamente. Em suma, nada precisa acabar mas somente começar a faltar. Implosões sociais de grande monta. Caos. Greves. Manifestações. Medo. Quem não puder comprar vai tentar tomar pois estas pressões são de inimagináveis consequências. Lembro de um país africano que começou a ter tais problemas ano passado com a inflação de alimentos. Não sei agora. Estes, coitados, morrerão de fome. Sobre a implosão de conflitos nesta primeira metade de século, acredito que deva ser exatamente este o pensamento dos oficiais da MB e das FFAA em geral. Nosso país é rico e a cobiça será grande. Temos… Read more »

Abrivio

Zero Uno, Sobre a questão dos salários, toda a vez que se fala em “valorizar o profissional” se fala em salário. Apesar de ser um fator relevante, este não é o único. Faltam critérios mais objetivos e meritórios para promoções, por exemplo. As FA precisam de ampla reformulação. Menos gente em gabinete carimbando papel e mais gente na atividade-fim ou em atividade de apoio. Menos cerimônia e whiskey, mais estrutura e equipamentos. Da forma como é hoje, aumento, por si só, é jogar dinheiro no ralo. Há grande distância entre a MB oficial/virtual (subnuc, nae, Rafale M…) e a real… Read more »

Abrivio

Marcelo Tadeu,

É preciso abrir a mente para os argumentos, ouvir e raciocinar antes de emitir opinião.

Criticaram até o blog por publicar este post. É só ler aí em cima, ufanismo sem sentido que não nos leva a lugar nenhum. Repetem coisas que já ouvi milhões de vezes nos últimos vinte anos.

Pelo menos ainda existem algumas pessoas, como o autor do post, que vai contra a mesmice.

Capitão

E 1% de 50 tri é o que as FFAA precisão para tocarem seus planos.
Teoricamente é possível.

Abs

Lobo do Mar

Tenho 27 anos de Marinha, passei embarcado 21, nos quais 2 nos velhos CTs e o restantes nas Classe Niterói e Greenhalgh, quem e marujo de verdade ( da Esquadra ) sabe muito bem que nossos navios só sevem para impura água, em qualquer combate real, não dura um dia com qualquer marinha da América Latina. Não por causa do seu pessoal, mais por falta de verbas para manutenção dos equipamentos, as Greenhalgh hoje nem água impura mais. De quem e a culpa?! Dos Almirantes, dos Políticos, da sociedade ou de todos nos Brasileiros. Tudo do comentário e verdadeiro, pois… Read more »

Papagaio

A MB conta com duas coisas para convencer o poder político sobre seu reequipamento:
1) A necessidade de proteger o pré-sal, com petróleo avaliado em TRILHÕES de dólares; e
2) A construção de navios será no país, gerando milhares de empregos. Existem estudos mostrando quantos empregos são gerados com cada navio encomendado.
Se esse plano realmente ocorrer, será uma revolução em relação ao que estamos acostumados.
Mas há realmente uma grande contradição se considerarmos os grandes problemas do presente.
Não estou nem otimista, nem pessimista.
Quem viver verá ….