NDCC ‘Almirante Saboia’ transferido para o Comando de Operações Navais

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DIRETORIA-GERAL DO MATERIAL DA MARINHA
RIO DE JANEIRO, RJ.
Em 6 de agosto de 2009.

ORDEM DO DIA Nº 4/2009

Assunto: Transferência de subordinação do Navio de
Desembarque de Carros de Combate “Almirante Saboia”.

Em cumprimento ao disposto no Art. 1º da Portaria nº 260/MB,
de 24 de julho de 2009, do Comandante da Marinha, o Setor do
Material transfere ao Setor do Comando de Operações Navais,
na presente data, a subordinação do Navio de Desembarque de
Carros de Combate (NDCC) “ALMIRANTE SABOIA”.
Além do simbolismo e especial significado, a data de hoje
confirma o empenho da Marinha do Brasil em cumprir o seu
Programa de Reaparelhamento, seja por meio da construção de
novos navios seja por obtenções de oportunidade.
O NDCC ALMIRANTE SABOIA, ex RFA Sir Bedivere, foi construído
originalmente para servir ao Exército Britânico, sendo
transferido, posteriormente, para a “Royal Fleet Auxiliary”.
Desempenhou tarefas em diversas operações navais da Grã-
Bretanha, participando da Guerra das Malvinas, em 1982. Em
1991 foi destacado em apoio às Forças americanas, na Operação
“Gramby”, no Golfo Pérsico. No período de 1994 a 1998, o
navio sofreu uma completa modernização, na qual teve sua vida
útil estendida, e que, entre outras modificações teve a sua
superestrutura totalmente substituída, trocou todos os
motores e equipamentos de porte e foi “jumborizado” em cerca
de doze metros. Nos anos de 2000 a 2006 atuou em Serra Leoa,
em operações britânicas, naquela área. Em 2002 apoiou as
tropas da “Royal Marines” no Golfo Pérsico e em 2003 operou
como Capitânea do Grupo-Tarefa de navios britânicos e
americanos de contramedidas de minagem na Operação “Telic”.
O navio tem como principais características a flexibilidade,
advinda de suas rampas de proa, meio navio e popa, dos seus
guindastes, de sua capacidade de transporte de tropas, carros
de combate e cargas diversas, características anfíbias com a
possibilidade de abicagens e o rápido desembarque do material
transportado. O navio possui um convés de voo, na popa, e
heliponto, a meio navio, permitindo o emprego de aeronaves de
asa rotativa até o porte do SH-3.

Sua aquisição vem possibilitar ao Setor Operativo renovar a
nossa capacidade de operações anfíbias e de transporte de
tropas e carga, fruto das características do navio, que o
tornam um meio de grande versatilidade, capaz de atuar em
diferentes cenários, e apto, também, a suprir a Esquadra com
os requisitos de um Navio Transporte de Apoio.

A cerimônia de incorporação do navio à Marinha do Brasil foi
realizada na cidade de Falmouth, Inglaterra, no dia 21 de
maio de 2009. A partir dessa cerimônia, o pavilhão nacional
passou a tremular no mastro do NDCC “ALMIRANTE SABOIA”. Em 23
de junho, após seis meses de realização de extenso programa
de obras, manutenção e treinamento, o navio suspendeu de
Falmouth, iniciando uma travessia que incluiu os portos de
Lisboa, Tenerife, Fortaleza, Maceió e Arraial do Cabo, até
sua chegada ao Rio de Janeiro, no dia 31 de julho.

O nome do navio é uma justa homenagem a um dos grandes
ministros da nossa Marinha, o Almirante-de-Esquadra HENRIQUE
SABOIA. Responsável por inúmeras realizações das quais
podemos destacar o apoio na continuidade do Programa Nuclear
da Marinha e a revitalização do programa de construção naval
no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, com a incorporação
do NE Brasil e da Corveta Inhaúma, o lançamento ao mar da
Corveta Jaceguai e o início da construção dos submarinos
Tamoio, Timbira e Tapajó. Além disso, encomendou em
estaleiros privados as Corvetas Júlio de Noronha e Frontin, o
Navio-Tanque Almirante Gastão Motta e os Navios-Patrulha
Graúna e Goiana.

Ao transferir a subordinação do Navio de Desembarque de
Carros de Combate “Almirante Saboia” ao Setor do Comando de
Operações Navais, aproveito a oportunidade para registrar os
meus sinceros cumprimentos ao seu Comandante, Capitão-de-Mare-
Guerra OSCAR MOREIRA DA SILVA FILHO, sua valorosa
tripulação, além do Grupo de Apoio Técnico e de Apoio de
Adestramento, pelo excelente trabalho executado. Mesmo longe
da sua pátria e de seus familiares, em um país de idioma e
costumes bem diferentes dos nossos, souberam suplantar todas
as adversidades, conduzindo o recebimento do meio com extrema
competência e profissionalismo, para que, em um curto espaço
de tempo, o navio estivesse capacitado a enfrentar essa longa
travessia, até aportar com segurança na Base Naval do Rio de
Janeiro e poder hoje, apresentar-se para o serviço.

Ao NDCC “Almirante Saboia” expresso os meus votos de bons
ventos e mares tranqüilos!

BRAVO ZULU!

MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS
Almirante-de-Esquadra
Diretor-Geral

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