Senador lê nota do MinDef sobre submarino nuclear
Em pronunciamento nesta quinta-feira (20), o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) leu nota encaminhada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, em que a Marinha do Brasil nega informações divulgadas no último dia 15 pelo jornal O Globo, em matéria intitulada “Submarinos com preço no céu”.
Na nota, Jobim afirma que é um erro presumir que a Marinha optou entre um projeto alemão e um francês para desenvolver o submarino brasileiro de propulsão nuclear, tendo em vista que a Alemanha não possui este tipo de tecnologia.
O ministro afirma que houve cogitação de um novo acordo com a empresa alemã HDW (Howaldtswerke Deutsche Werft), mas que isso ocorreu em um momento em que a Marinha estava sem perspectiva de avançar no seu projeto prioritário do submarino com propulsão nuclear, priorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007.
A nota também garante que a França não impôs ao Brasil a construção de um estaleiro e de uma base para os novos submarinos, uma vez que essas instalações já estavam previstas desde a década de 1970, tendo o local sido escolhido em 1993.
O ministro da Defesa informa ainda que os estaleiros e a atual base de submarinos não atendem aos requisitos técnicos e ambientais para a construção e operação de um submarino de propulsão nuclear.
Também não é verdade que deveria haver licitação para tais obras, assegura a nota, uma vez que tais empreendimentos constituem projetos militares e nucleares de caráter sigiloso. O ministro da Defesa observa que a parceira francesa DCNS (Directions de Constructions Navales Services) teve liberdade para escolher qualquer empresa nacional para a obra, tendo optado pela Odebrecht.
Crivella afirmou que o Brasil deve estar preparado e em condições de defender o seu vasto território, sobretudo o litoral. O senador também defendeu a continuidade do projeto que prevê a construção do submarino nuclear, uma vez que a Marinha já domina o ciclo de produção de urânio, usado como combustível nesse tipo de embarcação.
FONTE: Agência Senado
Pessoal alguem já prestou atenção em um detalhe deste projeto, é praticamente o mesmo projeto dos alemães quando construimos 4 submarinos aqui, execeto pela ajuda no submarino nuclear, e de fato, aprendemos muito pouco com o estaleiro alemão, pois fizemos poucos exemplares, apenas 4, e estamos fazendo a mesma coisa com a França, construiremos apenas 4 submarinos, o que eu considero muito pouco, deveríamos construir no mínimo de 8 a 10 submarinos convencionais para dominarmos a tecnologia de projeto destes, tomará que eu esteja errado, pois no ultimo contrato que fizemos de transferencia de tecnologia na compra de submarinos, nacionalizamos… Read more »
É isso aí.
Devagarinho “a gente chega lá”, rs.
Aos poucos os congressistas tomarão conhecimento do projeto da MB. E ao tomar conhecimento, apoiarão, assim como está fazendo este senador: “Crivella afirmou que o Brasil deve estar preparado e em condições de defender o seu vasto território, sobretudo o litoral. O senador também defendeu a continuidade do projeto que prevê a construção do submarino nuclear, uma vez que a Marinha já domina o ciclo de produção de urânio, usado como combustível nesse tipo de embarcação.” O submarino nuclear teve que brigar com a falta de verbas no passado, agora está tendo que brigar com a falta de informação correta.… Read more »
Lucas, a situação é seguinte: só construimos 4 subs com os alemães porque o dinheiro para a MB e para as FAs na década de 90 evaporou. O planejamento era para se ter mais subs, inclusive o “irmão” do Tikuna foi cancelado e tudo isso. Junto com o desmonte do Estado brasileiro ocorrido nesta época, foi pro ralo também os planos da MB e das FAs em geral. O mesmo ocorreu com o PNM e o sub nuc. Sem grana, sem sub nuc. A MB manteve o projeto nuclear com suas próprias verbas e o manteve em “estado vegetativo” –… Read more »
Caro amigo Hornet, Gostaria de agradecer seus esclarecimentos, considero este acordo com a França uma ótima oportunidade para a Marinha Brasileira, você esclareceu uma dúvida que eu tinha,que era se a construção de Scorpene ia restringir-se a 4 unidades, como os planos são da contrução de novos meios para a substituição dos tupi creio que além das unidades que forem trocadas, serão fabricadas mais unidades “extras” pois todos sabemos uma frota de 9 submarinos convencionais ainda é, digamos assim, deficiente, mesmo contando com algumas unidades nucleares,assim sendo, dominaríamos uma tecnologia muito alvejada pela MB, extendendo essa tecnologia a talvez um… Read more »
Lucas,
A MB não está desenvolvendo nenhum sistema AIP. Os SBR não terão, em um primeiro momento, um sistema AIP. Contudo, a MB poderá, caso julgue necessário, instalar um sistema AIP nos SBR em sua modernização de meia-vida.
Saudações
Caro Lucas “no ultimo contrato que fizemos de transferencia de tecnologia na compra de submarinos, nacionalizamos apenas as baterias de bordo destes, o resto era importado da alemanha,apenas montamos eles aqui, agora se com os Franceses a história é diferente, basta esperar para ver”. Caro Hornet é interresante o que o Lucas diz que voce como maior conhecimento talvez possa nos esclarecer. Afinal quem foi o limitador na transferencia tecnologica nos ou os alemães? NOssa industria macional tem capacidade de absorção de tecnologia da qual a França dispõe a oferecer? Senão vamos cair na mesma armadilha da India que ao… Read more »
É que como optou pelo desenvolvimento do Submarino nuclear, a questão da necessidade do AIP passou a ser secundária. No futuro quem sabe…
Amigo Lucas, é verdade. 9 não é exatamente um grande número…mas é maior que os atuais 5. E junto com os nucleares, já daria pro gasto. Sobre o AIP os amigos Flal (que entende do riscado bem mais que eu e vc juntos) e Jonas Rafael já lhe responderam. Só acrescentaria uma coisa, pra gente refletir sobre essa empolgação toda com os sistemas AIP. O AIP é uma espécie de solução dos “pobres”, ou solução das marinhas que formam o MSSN, “movimento dos sem submarinos nucleares”…hehehe Quem tem submarino nuclear dispensa o sitema AIP, pois o sistema AIP de verdade… Read more »
opa! correção: “pode ficar mais de 10 anos sem submergir”, leia-se: sem emergir.
troquei as bolas…hehe
Pessoal gostaria de esclarecer todos que aqui responderam minhas dúvidas, Hornet,Jonas Rafael,Harry.
Entretando não gostaria que ficasse um mal estar nos amigos aqui do blog, fiz minhas perguntas a partir do meu conhecimento,e as pessoas fazem as respostas a partir dos seus, ou seja, vamos parar com essa disputa por quem esta certo ou errado.
Abração a todos.
esclarecer não, agradecer!!!