Nas alturas: o mastro das Álvaro de Bazán

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fragata-f102-alte-juan-de-borbon

As fotos mostram uma característica interessante das fragatas classe Álvaro de Bazán (F 100), da Armada Espanhola: a boa altura do mastro de combate, em comparação com o porte dos navios (que têm 146,7 metros de comprimento, 18,6 metros de boca e deslocam 6.250 toneladas.

O mastro, que em sua parte mais baixa é bastante volumoso para abrigar as antenas do sistema Aegis, é também bastante alto, como mostram as fotos. Na de cima, a F 102 Almirante Juan de Borbón aparece sozinha, facilitando a comparação da altura do mastro com o comprimento do navio e, na foto de baixo, uma unidade da classe (composta por 4 fragatas) não faz feio na altura do mastro perante um CVN classe Nimitz norte-americano, cuja altura impede, por exemplo, que os porta-aviões da classe passem por debaixo da ponte Rio-Niterói, na Baía de Guanabara.

fragata-f100-espanhola-e-cvn-classe-nimitz

Vale lembrar que, quanto mais altos estejam localizados os sensores de uma belonave (principalmente as antenas que captam emissões de radares, como as de mísseis antinavio), mais distantes poderão ser detectadas ameaças. Uma outra classe de escoltas equipadas com AEGIS que impressiona pela altura é a Kongo, japonesa, da qual dois editores do Blog Naval são fàs declarados. Mas isso já é assunto para outra matéria.

FOTOS: Armada Espanhola

SAIBA MAIS SOBRE AS F 100 ESPANHOLAS:


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15 Comentários
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Elizabeth

Ola GHz Esta questão que você levantou é importantíssima e ao mesmo tempo fascinante. A batalha do radar LPI versus sistemas MAGE. Sem me aprofundar muito nesta questão eu diria que na faixa de alcance até umas 20 milhas o MAGE naval esta equilibrado com sistemas LPI. Acima de 20 milhas especialmente no teatro aéreo o LPI tem uma série de “truques”, especialmente porque a sensibilidade de um RWR a bordo de um avião é vários dBmi menor do que o MAGE a bordo de uma embarcação. Não podemos nos esquecer que também sistemas MAGE de nova geração que estão… Read more »

Norberto Pontes

realmente…
e os japoneses sempre gostaram desses mastros tipo “pagoda” e na segunda guerra o usaram em muitos navios, parecia que o centro de gravidade ficaria ou ficou muito alterado, mas navegaram muito bem, talvez devido ao mar do Japão ser mais “suave”…….

molleri

Em compensação, numa situação de silêncio eletrônico, onde a vigilância visual cresce de importância, elas serão detectadas mais cedo.

CorsarioDF

Tudo bem que dá mais alcance aos radares, mas que fica “estranho”, para não dizer horrível, ah isso fica!!!

SDS.

Jonas Rafael

Isso não pode interferir também com o “equilíbrio” do navio, mandando o centro de gravidade muito pra cima? Como eles “balanceiam” isso? Colocando lastro na parte mais baixa?

Primo

Jonas Rafael, essa pergunta não é fácil porque se colocar lastro tem que aumentar potência de motores para manter a velocidade ou diminuir o arrasto hidrodinãmico através de alguma manobra no desenho do caso. Lembra do veleiro Brasil 1 da Volvo Ocean Race? A quilha para equilibrar o barco pesava mais de 2 toneladas. Já sobre a parte hidrodinâmica, na mesma Volvo Ocean Race onde participou o Brasil 1 existia o Barco Holandês Erickson, que para mim é o melhor exemplo da complexa engenharia adotada nele. Ele conseguia a façanha de navegar somente a vela (sem motores) a uma velocidade… Read more »

Elizabeth

Esta questão esta muito associada a “historia” do sistema AEGIS. Ele paga um pouco do seu pioneirismo de projeto no que tange a massa associada a antena e sistema de alimentação. Por mais que os engenheiros possam ter trabalhado na redução de massa nas ultimas décadas existem compromissos de projeto que são impossíveis de mudar. É como querer pegar o casco da Niterói e projetar um navio de nova geração em cima dele, o resultado, embora possa ser aceitável, não otimizado em relação ao que teríamos em um casco totalmente novo. No caso do AEGIS a massa de antena faz… Read more »

Nunão

Rodrigo,

Está sendo construída uma quinta unidade. Mas ainda são só quatro:
Características Álvaro de Bazán Almirante Juan de Borbón Blas de Lezo Méndez Núñez
Identificación de costado F-101 F-102 F-103 F-104
Internacional C/S EBDA EBDB EBDC EBDD
Botadura 31/10/00 28/02/02 16/05/03 12/11/04
Entrega 19/09/02 03/12/03 16/12/04 21/03/06

A quinta unidade, Roger de Lauria (F105), começou a ser construída em 2006 deverá ser comissionada em 2012. Planeja-se uma sexta unidade: Juan de Austria (F106).

GHz

Salve, Lady Koslowa!

Além do que Vc brilhantemente postou, atualmente também parece existir superioridade em alcance de detecção dos radares LPI/ AESA sobre os equipamentos MAGE.
Ou não?

[[ ]]
GHz

Rodrigo Rauta

hmmm, entendi. Valeu Nunão , Brigado!!!

Rodrigo Rauta

Nunão, não seria 5 a quantidade de Fragatas f-100 espanholas????
A propositos, acho o desenho delas bem bacana, concordo totalmente com o Mauro!

Abraços!!

GHz

Salve, Elizabeth

“Não podemos nos esquecer que também sistemas MAGE de nova geração que estão sendo projetados para contrapor os radares LPI.”

Qual seria a técnica utilizada? Se a explicação for muito extensa, poderia indicar um link?

[[]]
GHz
ghz_brasil@yahoo.com

GHz

Elizabeth,

Desculpe a demora em responder, estive um pouco assoberbado esta semana. Muito obrigado pelas explicações.
De vez em quando apareça lá no SSAA também.

:-***
GHz

lucas lasota

Rapaz…vc ve o que uma mulher faz na casa né…rsrsrs

Muito bom os comentarios Elizabeth!

Elizabeth

Oi GHz, pelo seu Nick dá pra perceber o quanto gosta do tema RF – Radio Freqüência – RS Não tem nenhum link que eu saiba para explicar sobre sistemas MAGE adaptados para o uso em ambientes com radares LPI e LPID. Mas de um grosso modo a “estratégia” passe por uma série de mudanças. 1) Aumentar a sensibilidade dos receptores MAGE. Um dispositivo RWR a bordo de um avião tático por exemplo tem entre -35 e -45 dBmi um a bordo de navio tem algo como -60 a -80 dBmi, então a estratégia é criar receptores mais sensíveis, mas… Read more »