Coragem moral
Por não cultivarmos os exemplos e não termos registros ostensivos deles, temos que buscar casos de outros países.
Um bom para começar é o do almirante Thomas Conolly da marinha dos EUA. Aviador naval conceituado, de carreira tida como brilhante, foi nomeado vice-CNO em 1966. O secretário de defesa era Robert McNamara e pressionava pelo desenvolvimento do F-111 para a USAF e para a US Navy, que via problemas nisto, mas não se manifestava em público.
Quando o senado convocou para audiência o Secretário da Marinha, Paul Ignatius, o alte Connolly compôs a equipe. Presidia a audiência o senador John Stennis que, cansado da versão oficial do secretário Ignatius, perguntou diretamente ao almirante Connolly, após enaltecer seu conhecimento técnico, qual era sua opinião pessoal. Resposta do almirante: “Não há fé suficiente na cristandade que ajeite este avião”.
O alte. Connolly “deu adeus à quarta estrela” e se dedicou ao projeto do F-14, que foi chamado de TOMCAT em sua homenagem.
FONTE: Blog Tinta sobre Ferrugem
Tenho para mim que o nome TOMCAT deriva do personagem em quadrinhos.
Já li referência de o que o problema do F-111 se deve ao fato de que era um avião muito avançado para sua época, tanto que foi usado na guerra do Golfo e no ataque à Líbia.
Colt,
Belo post o seu.
O F-111, se não me falhar a memória de mais de 900 anos de jedi….., ainda é usado, mas em final de carreira, pela Austrália, que os está substituindo pelos novíssimos F/A-18 E/F Super Hornet.
Sds.
É o mesmo que está acontecendo com a resistência do Brig Saito em aceitar o caríssimo Rafale e muitos ainda o criticam.
Esse post é impactante…..
ESPERO QUE AS PESSOAS CERTAS O LEIAM………
O F-111 não era mau avião. Sua autonomia era impressionante e o “payload” também, perto de 14 toneladas, não alcançado ainda hoje nem mesmo pelo F-15E. Ele era quase um bombardeiro médio, inclusive com um compartimento interno de de armas que podia receber bombas bem maiores que o padrão, inclusive nucleares. Ele só não era adequado às necessiades da Marinha.
Exemplo bem dado ao nosso Comandante Saito sobre o FX2, se a FAB discorda de Jobim e do Lula que se pronuncie e mostre evidências de sua decisão.
Belo exemplo vindo da USNavy.
Abs
Gsotei muito desse artigo de Elio Gaspari e mostra também o que é idoineidade. E tem gente aqui reclamando mas, depois mostro a de um brasileiro também e justamente lembrado por Elio: “Quando o general Francisco Albuquerque subiu a escada do vôo da TAM que manobrou pelo pátio de Viracopos para recolhê-lo, sabia o que estava fazendo. Quando foi vaiado pelos passageiros, viu que as conseqüências vêm depois das causas. São coisas da vida. Mais perigoso para a segurança de um país e para a moralidade de um governo é saber-se que o ministro da Defesa, José Alencar, informou o… Read more »
Isso é idoneidade.
Ele simplesmente preferiu resguardar os recursos do seu país, do que ganhar uma quarta estrela. Preferiu dar valor aos impostos que pagavam seu salário, do que a honraria de carreira.
Eu já tinha lido isso a muito tempo atraz, na revista Air Power. Realmente essa foi uma briga feia, mas com aquele trem de pouco do F-111 não tem como ter segurança de pouco em porta aviões.
Realmente a versão EF-111 Raven foi muito boa e usada até pouco tempo.
Gostei da materia desenterrada.
”Exemplos de outros paises”? Mais bem exemplos dos Estados Unidos,ja que esse blog parece mais fan club da US NAVY e da USAF.
Fazer o que é certo Simples e tão complicado. Muitas vezes, há situações na vida da gente, em que sabemos de antemão o que é a coisa certa a fazer e o preço caro que pagaremos por fazê-la. Alguns indivíduos, com característica altruístas decidem pelo que é correto, mesmo sabendo o que sofrerão por isso. A esses indivíduos seja nos EUA ou Brasil ou África, onde quer que seja, rendo os meus respeitos, mesmo porque, muitas vezes eles estão entre nós, às vezes somos nós. O “pulo do TomCat” é saber que fazer o que é correto traz benefícios para… Read more »
O F-111 atuou bem na 2ª Guerra do Golfo (1991), era ele transportav aqueles monstrinhos destruidores de bunkers no final do conflito.
Sou obrigado a discordar do camarada ai de cima
não vejo nada tendencioso que comprometa o bom acopanhamento do blog
preferencias todos tem isso é normal, basta quem acopanha saber analisar se serve pra si ou não. toda informação é valida de um jeito ou de outro.
Dalton,
Eu tenho aquela coleção da Nova Cultural ” Guia de Armas de Guerra” e o Volume chamado ” Cores da Aviação” na parte da Venezuela não diz nada sobre aquele símbolo, mas uma vez muito obrigado, espero retribuir a pesquisa. E é mesmo, o nome do Tom é Thomas.
Fabio Meyer,
Que nada, o Almrante ganhou uma comissão enorme da Grumman quando a Marinha comprou o F-14, rsrsrsr!!!
Sds,
Grande conceito de indoneidade e amor não somente a carreira escolhida como ao seu pais…
Pela postura firme e decidida, a Navy manteve o seu arsenal sempre em destaque com material compativel a sua necessidade, quisera que alguns almirante nossos tivessem esta mesma postura.
Atc,
“Coragem moral”…. 😀 😀 😀 😀 😀 …é cada uma!!!
Nada mais natural, afinal, até pela sua importancia, a US Navy tem sua historia muito bem documentada facilitando o trabalho dos editores do blog.
De minha parte desconhecia o assunto postado, portanto, ponto para o blog.
Tb, não sabia que o nome do F-14 fazia referência ao Almte., pensei que era ao gato Tom do desenho animado, uma vez que todos os aviões navais da Grumman tinham algum nome de gato: Wildcat, Hellcat, Bobcat, Tomcat, etc.
Mas que este F-111 foi um fiasco, isto é verdade. Mesmo a versão FB-111 usada pela USAF nunca foi um avião muito confiável. Acho que o auge da carreira foi o ataque à Líbia em 1986 e só.
sds,
Acho que a versão de Guerra Eletrônica era melhor, o EF-111 Raven.
Marcelo…
na verdade a palavra “Tom” significa “macho”…o gato Tom que vc refere-se, do Tom and Jerry, vem do nome dele, THOMAS, que mesmo em ingles tem como diminutivo TOM.
Que bom que gostou da minha explicaçao sobre o simbolo de combate
da FAV…na verdade, tive a mesma curiosidade que vc há uns meses atras, mas, nao fui muito a fundo por exemplo sobre os 11 comandantes em chefe que eles honram.
abraços
abraços
Menos, menos… Mas já que compararam com o FX-2, vou relembrar: o F-14A tinha sérios problemas na turbina! Sua grande vantagem era o potente radar combinado com o Phoenix AIM-54 no “combate” BVR, se é que dá chamar assim, a função de interceptação a longa distância de bombardeiros, pois uma caça manobrável conseguiria se evadir dos AIM-54… Nem sempre o militares e técnicos estão certos. Às vezes, são os políticos que acertam (mesmo sem querer)! Não sei como isso se chama, mas só ocorre numa democracia, onde a última palavra É DO PODER POLÍTICO! Afinal, com todo o respeito, quem… Read more »
Colt em 25 Set, 2009 às 13:26
Parabéns, excelente comentário, e perfeita analogia ao TB Saito, homem simples, mas militar firme, e possuidor de um currículo impecável como caçador.
Sds
“Não há fé suficiente na cristandade que ajeite este avião.”
Curto e grosso…