Batida a quilha do USS Gerald R. Ford
CVN 78 marca o nascimento de nova geração de navios-aeródromos para a US Navy, e deverá ser entregue até 2015
Em cerimônia realizada pela Northrop Grumman no último dia 14 de novembro, em Newport News (EUA), foi batida a quilha do mais novo navio-aeródromo de propulsão nuclear da Marinha dos EUA (US Navy), o Gerald R. Ford (CVN 78). Quem autenticou a placa de metal com suas iniciais (que depois foram gravadas no metal) foi Susan Ford Bales, filha do President Gerald R. Ford, o 38º presidente dos EUA e ex-oficial da Marinha, que dá nome ao navio. A placa ficará permanentemente afixada na embarcação.
O CVN 78 é o primeiro de uma nova classe, para a qual estão sendo desenvolvidas diversas melhorias no convoo, no armamento, além de uma nova ilha, de maneira a aumentar a taxa de surtidas aéreas. Também incorporará uma nova planta de propulsão nuclear, uma capacidade maior de geração de energia elétrica e de incorporação de tecnologias futuras, além da redução da carga de trabalho da tripulação, permitindo que esta seja menor (com custos também menores).
Segundo a Northrop Grumman, o Gerald R. Ford é o primeiro navio-aeródromo da US Navy a ser completamente projetado em 3D. Há muito em comum em relação à classe Nimitz, e também muitas inovações. O desenho do casco e o número de conveses é o mesmo, mas o arranjo interno foi totalmente refeito para acomodar novas tecnologias e cumprir os requisitos operacionais da Marinha dos EUA.
Os elevadores de armas foram reprojetados para reduzir custos de manutenção e reparo: ao invés de motores elétricos, cabos e portas de acionamento hidráulico dos classe Nimitz, os elevadores do CVN 78 não utilizam cabos nem sistemas hidráulicos, com a movimentação dos mesmos sendo realizada por meios eletromagnéticos, empregando também atuadores elétricos nas portas. A tecnologia eletromagnética também deverá ser empregada nas 4 novas catapultas, chamadas de EMALS (ElectroMagnetic Aircrafit Lauching Systems).
Outro destaque está na infraestrutura flexível. Espaços selecionados terão trilhos para instalação, seja no teto, nas paredes ou no chão, de auto-falantes, luzes, monitores e tomadas, de forma a permitir, com facilidade, a realocação de equipamentos. Sob um falso piso também correrão as tubulações de ventilação e cabos, prevendo futuras readequações de espaço para acomodar novas tecnologias.
A Northrop Grumman e a Marinha dos EUA afirmam que essa flexibilidade poderá economizar recursos importantes durante o ciclo de vida do navio. Pouco flexível, porém, tem sido a escalada de custos da construção, devido à incorporação dessas tecnologias: estima-se que os custos já passam do dobro da classe anterior, batendo na casa de 13 bilhões de dólares.
Vale lembrar que o contrato para design detalhado e construção do CVN 78, num prazo de 7 anos tinha um valor de de 5,1 bilhões de dólares, quando foi recebido pela Northrop Grumman em 10 de setembro de 2008. Porém, a construção de partes do navio já havia começado em 2005 para permitir que o estaleiro testasse a nova estratégia de construção e exercitasse novos processos. Mais de um terço de todas as partes estruturais do navio estão atualmente em construção, segundo a empresa.
FONTE e FOTOS / ILUSTRAÇÃO: Northrop Grumman
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