Especialistas do setor energético e congressistas debatem hoje, às 9 horas, na Câmara dos Deputados, o papel estratégico da energia nuclear no Brasil dentro do Seminário Programa Nuclear Brasileiro: Autonomia e Sustentabilidade do País. O evento é promovido pelo deputado federal Marco Aurélio Ubiali, o doutor Ubiali (PSB-DF). No evento será lançada também a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Programa Nuclear Brasileiro (PNB), que pretende assegurar a continuidade e o incremento do programa.

Participam do seminário os presidentes da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves; da Nuclebrás Equipamentos Pesados, Jaime Wallwitz Cardoso; das Indústrias Nucleares do Brasil, Alfredo Tranjan Filho; o diretor Técnico da Eletronuclear, Luiz Soares; Carlos Passos Bezerril, almirante-diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP); além do diretor-geral brasileiro da empresa binacional Alcântara Cyclone Space, Roberto Amaral.

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Programa Nuclear Brasileiro terá como participantes os deputados Eduardo Gomes (PSDB/TO) e o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Ciro Pedrosa (PV/MG); e o coordenador do Grupo Ucrânia, Jô Moraes (PCdoB/MG); Brizola Neto (PDT/RJ); e Arnaldo Jardim (PPS-SP).

Essa frente trabalhará pela garantia de recursos orçamentários, humanos e materiais para o desenvolvimento e ampliação do Programa Nuclear Brasileiro. Na Câmara dos Deputados será proposta uma legislação específica nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação visando aperfeiçoar e modernizar o complexo tecnológico nuclear brasileiro. Os parlamentares pretendem ainda incentivar o intercâmbio de pesquisa nuclear com outros países e reforçar ainda a utilização dessa energia somente para fins pacíficos.

Em outubro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, declarou que a partir de 2030 será preciso colocar em funcionamento uma usina por ano, até 2060, para assegurar o abastecimento de energia do país, porque a energia nuclear está sendo apontada como uma alternativa economicamente viável e ambientalmente sustentável para suceder os combustíveis fósseis, como petróleo e carvão. A afirmação do ministro se deu também porque dados apontam que a população no país deverá se elevar para 250 milhões de habitantes.

O Brasil já detém a sexta maior reserva de urânio do mundo, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Nuclear, e domina o ciclo completo do combustível nuclear com tecnologia de ultracentrifugação. “Essa é, sem dúvida, a melhor tecnologia do mundo para enriquecimento de urânio”, avalia o presidente da associação, Guilherme Camargo. O Brasil está entre os sete países do mundo que têm conhecimento e meios para gerar energia elétrica de fonte nuclear.

FONTE: Avozdacidade.com

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