Mais um NPa 500: ‘Maracanã’
Hoje, às 9h30, em cerimônia presidida pelo Diretor-Geral do Material da Marinha, nas dependências do Estaleiro Ilha S.A.(EISA), no Rio de Janeiro, foi realizado o Batimento de Quilha do Navio-Patrulha Maracanã, terceiro NPa da classe “Macaé” e o primeiro a ser construído por esse estaleiro. A cerimônia marca o efetivo início da construção do navio, decorrente do contrato assinado pela DEN e o EISA no último dia 25 de setembro, que tem previsão de ser Incorporado à Armada em março de 2012, quando passará a ser subordinado ao Com 4ºDN.
A construção desse novo lote de quatro NPa 500t é mais um desafio, no qual estão envolvidos diversos setores da Marinha, na condução do seu reaparelhamento e na busca do desenvolvimento da Indústria Nacional de Defesa.
- Comprimento total: 54,20 m;
- Boca moldada: 8,00 m;
- Calado máximo: 2,48 m;
- Deslocamento carregado: 500 t;
- Velocidade máxima mantida: 21 nós;
- Tripulação: 35 + acomodações extras para 8; e
- Armamento: 1 canhão de 40 mm e 2 metralhadoras de 20 mm.
FONTE: Coordenadoria do Plano de Reaparelhamento da Marinha – Gerência de Meios Distritais
COLABOROU: Corsário, via Fórum Defesa Brasil
COMPLEMENTO: Estaleiro Eisa bate quilha de navio-patrulha encomendado pela Marinha do Brasil
O estaleiro Eisa realizou ontem a cerimônia de batimento de quilha do navio-patrulha Maracanã. O navio é o primeiro de um lote de quatro encomendados em setembro pela Marinha do Brasil ao estaleiro carioca. O contrato total é de R$ 174 milhões.
Segundo o diretor Geral do Material da Marinha, almirante-de-esquadra, Marcus Vinicius Oliveira dos Santos, esses navios integram o Programa de Reaparelhamento da Marinha, que prevê a construção de um total de 27 unidades dessa classe. O objetivo é reforçar a vigilância das águas territoriais do país, visando principalmente garantir a defesa da Floresta Amazônica e das reservas petrolíferas marítimas. A embarcação deve ser incorporada à Armada em meados de 2012 e ficará sob a jurisdição do Comando do Quarto Distrito Naval, em Belém (PA).
O presidente do estaleiro Eisa, Manuel Ribeiro, afirmou que o contrato é o primeiro passo para o que o grupo Sinergy (controlador do Eisa) tenha um estaleiro totalmente dedicado à construção de embarcações militares. O estaleiro pretende participar das licitações da Marinha para as próximas encomendas previstas em seu Programa de Reaparelhamento.
O Maracanã será o terceiro de sua classe. Os dois primeiros foram encomendados ao estaleiro cearense Inace. O primeiro, denominado Macaé está em fase final de obras. “A decisão pela construção em estaleiro privado se coaduna com a política governamental de incentivo à construção naval e de geração de empregos, bem como da necessidade estratégica de capacitação e fortalecimento do parque industrial de tecnologia militar”, ressaltou o almirante Marcus Vinicius em seu discurso durante a cerimônia, que contou com a presença de diversas autoridades da Marinha. Ele destacou ainda que com a obra o Eisa passa a integrar o seleto grupo de estaleiros com capacidade tecnológica para construir navios militares.
O Maracanã tem capacidade de deslocamento de 500 toneladas, 54,20 metros de comprimento total, boca moldada de oito metros e calado máximo de 2,48 metros. O projeto das embarcações foi desenvolvido pela empresa francesa Constructions Mécaniques de Normandie (CMN) . Ele será equipado com um canhão de 40 milímetros e duas metralhadoras de 20 milímetros, de fabricação brasileira. O objetivo da Marinha é utilizar o máximo possível de conteúdo nacional em suas encomendas.
FONTE: Portos e Navios
SAIBA MAIS:
NOTA DO EDITOR: A título de comparação, clique nos nomes das seguintes classes de navios-patrulha (FPB – Fast Patrol Boats/FAC – Fast Attack Crafts) de outras marinhas, com tonelagem semelhante a dos nossos NPa 500: Type 143 Gepard (Alemanha), Victory (Singapura), Hamina (Finlândia), Super Vita (Grécia), Hayabusa (Japão), Houbei (China) e Visby (Suécia), PKX (Coreia do Sul), Kilic (Turquia) e Helsinki (Finlândia/Croácia).