Petrobras nega irregularidade na construção de navios

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vinheta-clipping-navalA Petrobras negou a existência de irregularidades na construção de 23 embarcações para transporte de petróleo executadas por um consórcio liderado pela empreiteira Camargo Corrêa. O contrato é um dos três em que o MPF (Ministério Público Federal) aponta indícios de superfaturamento, que teriam sido descobertos pela operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. Nesta segunda-feira (1º/12), a Procuradoria denunciou novamente três diretores da construtora.

Em nota divulgada nesta terça-feira (1º/12), por meio da subsidiária Transpetro, a estatal afirma que ainda não foi notificada sobre a denúncia, mas assegura a lisura dos contratos. “É notório que os preços exigidos pela Transpetro são competitivos internacionalmente, com equivalência financeira proporcionada pelo Fundo de Marinha Mercante”, diz trecho do comunicado.

A Petrobras destaca que houve na verdade redução no valor dos navios e argumenta ainda que o programa de expansão de sua frota de cargueiros foi acompanhado e fiscalizado pelo TCU (Tribunal de Contas da União), e que todos os ajustes sugeridos pelo Tribunal foram implementados.

Leia a seguir a íntegra do comunicado:

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2009

Nota de esclarecimento

Em relação à reportagem publicada hoje pela Folha de S. Paulo, a Transpetro esclarece que:

1. A companhia desconhece qualquer citação judicial ou ação do Ministério Público noticiada pelo jornal.

2. O Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (PROMEF) é acompanhado e fiscalizado permanentemente pelo Tribunal de Contas da União. As correções e ajustes recomendados pelo TCU nos editais e contratos de construção dos navios foram prontamente implementados.

3. É notório que os preços exigidos pela Transpetro são competitivos internacionalmente, com equivalência financeira proporcionada pelo Fundo de Marinha Mercante. Um exemplo claro do esforço da Transpetro em reduzir os custos de seus navios foi abordado em reportagem do jornal Valor Econômico, que tratou da desistência da construtora Andrade Gutierrez em participar do projeto de construção de navios da Transpetro, mesmo depois de ter ganho a licitação em consórcio formado com as construtoras Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e PJMR Empreendimentos.

4. Conforme entrevista do presidente da Andrade Gutierrez, Rogério Nora de Sá, ao jornal Valor de 31 de agosto de 2006 o grupo saiu do projeto do Estaleiro Atlântico Sul porque, depois da proposta entregue, ocorreram negociações com a Transpetro para a redução do preço. Disse o presidente da Andrade Gutierrez ao Valor: “as novas negociações foram para reduzir valores. Chegaram a um ponto que achamos que o risco (do investimento) era grande em relação aos recursos necessários, mesmo com financiamento, para colocar o projeto em pé. O risco era acima do adequado”.

5. Conforme a própria Folha destacou na sua edição do último domingo, dia 29 de novembro, graças às encomendas da Transpetro, a indústria naval brasileira passou a ter a sexta maior carteira do mundo, à frente dos Estados Unidos.

6. A Transpetro, ciente da sua responsabilidade com o crescimento do país, sempre preza pela lisura e transparência de seus processos. Como sempre, a companhia está à disposição da Justiça e do Ministério Público.

FONTE: Última Instância

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