Após falha em gerador, submarino australiano vai para manutenção
Para a Marinha Australiana, há um problema de fabricação em alguns dos geradores diesel da classe Collins, à qual pertence o submarino que apresentou defeito, o HMAS Farncomb.
A Marinha Australiana informou nesta segunda-feira, dia 25 de janeiro, que um de seus submarinos da classe Collins, o HMAS Farncomb, está em manutenção após uma falha elétrica em um de seus três geradores diesel principais. A falha ocorreu na semana passada, e em nenhum momento a tripulação do submarino esteve em risco, segundo a marinha.
O informe acrescenta que o problema é devido à maneira que alguns dos geradores foram fabricados, e que as investigações sobre a falha prosseguem para determinar que impacto essa deficiência pode ter no restante da frota.
O Comandante da Marinha Australiana, Vice-Almirante Russel Crane, admitiu que está muito desapontado com essa questão, e que a marinha continuará trabalhando junto à Organização de Material de Defesa, a indústria e a ASC Pty Ltd (antes denominada Australian Submarine Corporation) para determinar a extensão do problema e solucioná-lo o quanto antes. O comandante acrescentou, porém, que a capacidade de defesa da Austrália permanece forte e que a capacidade submarina disponível continua a inspirar credibilidade: “a visão “multicamadas” aplicada às nossas defesas nos permite minimizar o impacto de contingências como essas.”
O HMAS Farncomb (SSG 74) é o segundo submarino da classe Collins construído. Sua quilha foi batida em 3 de março de 1991, no estaleiro ASC, no Sul da Austrália, e o lançamento se deu em 15 de dezembro de 1995. Foi comissionado em 31 de janeiro de 1998, e seu lema é “With Skill and Resolve”.
Baseado em Perth, desloca 3.350 toneladas submerso (3.050 toneladas na superfície), mede 77,8 metros de comprimento e 7,8 metros de boca, sendo guarnecido por 45 tripulantes. É equipado com seis tubos capazes de lançar torpedos Mk 48 e mísseis Harpoon. A propulsão diesel-elétrica conta com um motor elétrico Jeumont Schneider de 5,5 MW, alimentado por três geradores da mesma marca, que são movidos por três motores diesel Hedemora VB 210 de 18 cilindros – conjunto que proporciona uma velocidade máxima de 20 nós submerso e 10 nós na superfície.
Saiba mais sobre a classe Collins, os problemas que vêm enfrentando e o desenvolvimento da classe que deverá substituí-la, clicando nos links abaixo. Lembrando o lema do navio, torcemos para que a Marinha Australiana continue tendo muita “skill” para solucionar esse e outros problemas que afetam sua força submarina.
FONTE / FOTO: Royal Australian Navy (Marinha Real Australiana)
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