NAe São Paulo A-12 - 2

Meio século depois, um novo porta-aviões repete a sátira de Juca Chaves

O Brasil já vai a guerra, comprou um porta-aviões/Um viva pra Inglaterra, de oitenta e dois bilhões/Ahhhh! mas que ladrões. A sátira “Brasil já vai a guerra”, composta em 1958 pelo menestrel Juca Chaves, ainda parece perfeita para descrever o destino dos porta-aviões da Marinha brasileira.

Composta para ironizar a compra do NAeL Minas Gerais, o primeiro porta-aviões do país, depois vendido como sucata, a canção parece ter sido feita para o São Paulo, comprado em 2001. Em função de um acidente trágico, em que morreram três tripulantes, o novo porta-aviões passou cinco anos no estaleiro e já custou R$ 140 milhões em manutenção e reparação – sete vezes o preço de compra.

Anacrônico, o São Paulo não é capaz de transportar os caças que a FAB pretende comprar na célebre concorrência de US$ 5 bilhões que mobiliza franceses, suecos e americanos. Segundo a Marinha, eles são pesados demais para o porta-aviões. Procurado para falar sobre o assunto, Juca Chaves mandoudizer que está de férias.

FONTE: Revista Época / FOTO: Poder Naval

NOTA DO EDITOR: Mais uma matéria que sai na grande imprensa depreciando o único navio-aeródromo brasileiro. Na última enquete do Poder Naval, a maioria dos leitores acha que a Marinha deve continuar investindo em porta-aviões e aviação naval.

Na contramão, a grande imprensa continua a detonar o porta-aviões brasileiro por conta própria, por ignorância ou má fé. Mas a Marinha também deveria fazer melhor a sua parte, divulgando com mais profissionalismo as atividades do São Paulo e da Aviação Naval e sua importância.

O Poder Naval Online está à disposição da Marinha para facilitar esse trabalho de divulgação, temos equipamentos profissionais de foto e vídeo, tempo disponível e muita vontade de trabalhar. Só estamos aguardamos o convite da Marinha do Brasil.

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