vinheta-clipping-navalRIO – O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Philip Crowley, afirmou na terça-feira que o país é “neutro” em relação à disputa entre Argentina e Reino Unido pela soberania sobre as Ilhas Malvinas, mas, ao mesmo tempo, acrescentou que o governo Barack Obama reconhece a “atual administração britânica”, segundo reportagem do jornal argentino “La Nacion”. Diante do retorno da questão das Malvinas à agenda internacional, provocado pela exploração de petróleo por uma companhia britânica no arquipélago, Crowley disse que os EUA poderão considerar a possibilidade de mediar uma solução para o conflito caso os dois países tenham interesse.

O porta-voz também aproveitou sua habitual conferência de imprensa para incentivar Argentina e Reino Unido a resolverem a questão por meio do “diálogo”. Apesar de serem membros de um acordo de defesa com os países latino-americanos (o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca), os EUA ficaram do lado britânico durante a Guerra das Malvinas, que matou 649 soldados argentinos e 255 britânicos em 1982.

– Estamos cientes do problema e de sua história. Os Estados Unidos têm uma posição neutral em relação à questão da soberania, mas reconhecem a atual administração britânica das ilhas. E, assim como fazemos em todas as áreas onde há disputas, incentivamos soluções alcançadas por meio do diálogo – respondeu Crowley quando perguntado sobre a nova crise, segundo o “La Nacion”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, também na terça-feira, que a Argentina tenha soberania sobre as Malvinas, questionando que a administração das ilhas caiba a um país localizado a 14 mil quilômetros. Em discurso na cúpula do Grupo do Rio em Playa del Carmem, no México, Lula pediu o início de um debate na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a polêmica envolvendo a exploração de petróleo na região. No mesmo dia, o Reino Unido rejeitou nesta terça-feira as objeções argentinas à prospecção de petróleo na costa das ilhas Malvinas, alegando que tal perfuração não viola o direito internacional.

FONTE: O Globo

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Paulo

Esta questão ficará igual à questão palestinos/israelenses. Sem solução pro resto da vida. A Argentina deveria ter feito com as Malvinas o que o Brasil fez com o arquipélago de Trindade. Agido no ato. Mal os ingleses se apoderaram do arquipélago, o governo brasileiro reclamou e pediu mediação internacional. E a Inglaterra teve de ceder. Mas esperar 200 anos dá direito de usucapião, não é mesmo? Este é o principal argumento dos ingleses. Os atuais moradores das ilhas querem continuar súditos da rainha e não virarem cidadãos de um país subdesenvolvido. Meus netos vão continuar lendo sobre este imbróglio daqui… Read more »

Thomas

A ONU em casos de des-colonização, preferencialmente da aos habitantes a ultima palavra, como as Malvinas não eram habitadas, os kelpers são os únicos habitantes nativos.

Consequentemente, cabe a eles decidirem, e como ate hoje eles preferem ser cidadães do Reino Unido, as Malvinas continuam com o Reino Unido.

Caso a Argentina continue a agir a fim de obter outra solução, os habitantes das Malvinas podem decidir ser independentes, ai acabou a conversa.

Invincible

Será que essa declaração dos EUA não é dar corda para os Argentinos se enforcarem?

Paulo

Caro Thomas As Malvinas já estão independentes. Eles não são mais britânicos, mas sim falklanders. São descendentes de britânicos e de escoceses, mas inclui também comunidades de chilenos e argentinos, entre outros. Estes nativos estão lá há 9 gerações. A única coisa em que o Reino Unido tem voz é na política externa, mas todas as decisões nessa área também são apresentadas e discutidas com o governo local. Eles podem criar leis, impostos, eleger democraticamente seus representantes e até mesmo a questão do petróleo diz respeito unicamente ao governo das ilhas. Portanto, só através da guerra e de uma força… Read more »

OTV

Eu dividiria a administração do arquipélago ao meio. Por mais que possamos querer a Argentina na ilha, são 200 anos de ocupação inglesa, e um único conflito nestes 200 anos. Eu dividiria ao meio, uma ilha para os kelprs, e outra para os Argentinos, e uma cordo comum de exploração econômica da região. Um acordo militar para há não existência de efetivos militares digamos pesados (se mantivesse o que os ingles tinha antes da guerra, e que a ARG, na sua ilha tivesse o mesmo) E que apesar das administrações das ilhas virem a ser separadas, a livre circulação em… Read more »

Antonio M

200 anos de ocupação e nem se falava em petróleo naquele época e sua população escolhe ficar ao lado dos britânicos. Fim de papo, o “desgoverno” argentino quer o quê ?!??!

E a distância de 14000km como argumento pró-Argentina, como disse o apedeuta-mor Lulla na ONU, pouco importa para quem lidera a Commonwhealt, é trivial.

humberto

Caro Invincible, creio que não.
Não vejo problema algum no Brasil apoiar a reivindicação da Argentina (que eu não acho absurdo algum) agora tomar partido é ruim pois corta a possibilidade de entrar como mediador, o Brasil se menteu em uma encrenca em Honduras apoiando totalmente um e rejeitando totalmente o outro, o que ganhamos? Ou o que fizemos para melhorar a vida dels? NADA..Pois tomamos partido.
Creio que os gringos estão certos, estão abertos para poder mediar qq problema..
[]

Fuzila

humberto,

Concordo com quase tudo. Acredito que o Brasil se precipitou no caso de Honduras, uma posição neutra traria maiores resultados, entretanto gostaria somente de lembrar que a OEA apoiou a medida brasileira.

Um abraço.

M1

“E, assim como fazemos em todas as áreas onde há disputas, incentivamos soluções alcançadas por meio do diálogo – respondeu Crowley quando perguntado sobre a nova crise, segundo o “La Nacion”.

Isso eu não entendi.

só se esse dialogo for feito pela boca do canhão deles(EUA).

humberto

Caro Fuzila, bem lembrado Até os gringos apoiaram o Brasil no inicio quando a embaixada foi cercada, mas quem acabou resolvendo a questão foram os hondurenhos (vá lá com aquela pressãozinha dos americanos), a diplomacia brasileira ficou a ver navios, se a ideia era mostrar que podiamos ajudar, fracassamos, pois ficamos batendo o pé em um preconceito. Fomos contra o governo de fato, fomos contra a eleição, fomos contra o novo presidente, mas tudo transcorreu a margem da “nossa politica externa” agora, como a coisa tá feita, vamos enfiar o rabo entre as pernas e vamos acabar aceitando o novo… Read more »

jacubao

Alguém aí acredita em Papai Noel, saci pererê, mula sem cabeça…

Harry

Caros

O secretário para a América Latina e Europa do ministério das Relações Exteriores britânico, Chrys Bryant, em entrevista à BBC Mundo.

Disse que não há contradição na reivindicação.

“Eu sou galês. Não inglês, mas britânico. Muitos galeses vieram da Franca no século 11. Esse debate histórico não significa muito”.

O cara é Frances, da para acreditar?

Jacubão não acredito em nada disso, só na Iara, He, He

Abs

Challenger

Faz me Rir!

Felipe Cps

Harry em 25 fev, 2010 às 0:05: Harry, só pra pontuar, não entendi muito bem o que vc disse (ou quis dizer), mas “galês” é o cidadão que nasce no País de Gales (“Wales” em inglês), país que se localiza na porção oriental da Grã Bretanha. De fato, os galeses são britânicos porém não ingleses. E não são descendentes de franceses, ou pelo menos não desde que a França é conhecida por esse nome (ao invés de o ser pelo de Gália). Os galeses na verdade são os remanescentes dos bretões, povo de origem celta que tem algum parentesco com… Read more »

DV

De tecnologia militar eu não entendo nada, mas Relações Internacionais eu estudei e bastante. Afirmar a “neutralidade” em relação a um aliado visceral como o Reino Unido significa, nas entrelinhas, dar razão à Argentina. Nesse, caso, ponto para os hermanos…

ivan

Falklands??? Só uns comentários: a) estive ali faz 10 dias. Ao contrário do que esperava é um lugar bonitinho, com casas coloridas b) os habitantes são britânicos até debaixo dágua…em frente a Stanley o povo escreveu nas colinas os nomes dos grandes navios que lá estiveram: Beagle, Endurance, Protector, etc. Navios sem nenhuma importância na História Mundial(só estou ironizando) Não há qualquer referência ao ARA General Belgrano…(rsss) c) a reivindicação argentina, mesmo que sem qualquer possibilidade de sucesso, desta vez é legitima. Tentam por conversações. Correto. Na última vez mandaram jovens argentinos pobres-coitados para morrer de frio, fome, e enfrentar… Read more »