Projeto do museu ‘Graff Spee’ ganha apoio de ministro alemão

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vinheta-clipping-naval Um navio de guerra alemão afundado em 1939 na costa do Uruguai pode virar um museu. O encouraçado Graf Spee era uma das principais embarcações de guerra de Adolf Hitler, e afundou após um intenso confronto com cruzadores britânicos e neozelandeses, numa das primeiras batalhas navais da Segunda Guerra Mundial.

Guido Westerwelle, ministro das relações exteriores da Alemanha, declarou apoio ao projeto uruguaio de resgatar os restos do navio para constituirem o acervo de um museu dedicado à Batalha do Rio da Prata. No entanto, o ministro salientou o desejo dos alemães de evitar que as peças possam ser vendidas e usadas como ícones de adoração por neonazistas: “O que queremos realmente é que se faça algo construtivo. A Alemanha está disposta a colaborar para que (os restos) sejam exibidos dentro de um contexto histórico, como num museu”, reforçou Westerwelle, que esteve em Montevidéu esta semana.

Desde que foi descoberto em 2000, mergulhadores uruguaios vêm resgatando diversas peças do Graf Spee do fundo do mar, entre elas uma águia de bronze de 2,8 metros por 2 metros, e 350 quilos (ver foto acima) , símbolo do regime nacional-socialista: “Queremos uma solução construtiva para este problema”, disse Westerwelle, cujo governo já protestou formalmente contra a venda de objetos do navio.

A Batalha do Rio da Prata

O Graf Spee era um “encouraçado de bolso”, construido em 1934 ainda sob os limites que o Tratado de Versalhes impunham à Alemanha após a derrota na Primeira Guerra Mundial. Pesava apenas 16 mil toneladas (5 mil toneladas acima do limite imposto), mas era ágil e bem equipado. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o Graf Spee atacou e afundou nove navios mercantes no Oceano Atlântico antes de ser localizado pela Marinha Real Britânica. Após enfrentar em batalha os navios ingleses HMS Ajax, HMS Achilles e o neozelandês HMS Exter no Atlântico Sul, o Graf Spee foi seriamente avariado e buscou abrigo no porto de Montevidéu. Em 17 de dezembro de 1939, depois de dias de uma briga diplomática, o governo uruguaio intimou o comandante Hans Langsdorff a deixar o porto e se lançar ao mar aberto, onde os navios ingleses o esperavam. Após passar pela costa brasileira, Langsdorff explodiu o navio e provocou o seu naufrágio. Dias depois, o comandante se suicidou em Buenos Aires.

FONTE: O reporter

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