US Navy proíbe 104 caças F/A-18 Hornet de continuarem voando devido a rachaduras
O Naval Air Systems Command (NavAir) “groundeou” 104 jatos F/A-18 Hornet na última sexta-feira, depois que inspetores encontraram rachaduras nas aeronaves, que surgiram muito antes do que os engenheiros previam.
A decisão afetou quatro versões do Hornet, dos modelos A até D, mas não se aplica a nenhuma das aeronaves que estão cumprindo missões atualmente sobre o Iraque e Afeganistão. O número de Hornets afetados compreende 16% da frota da US Navy e dos Marines.
A queda do F/A-18D Hornet do Marine Fighter Attack Squadron 224, ocorrida no dia 10 de março na Carolina do Sul, não tem nada a ver com a questão das rachaduras, segundo a Marinha.
Dos 104 jatos “groundeados”, 77 estavam voando normalmente. Destes, 23 são da Marinha e dos Fuzileiros; 5 estavam operando no Japão na Marine Corps Air Station de Iwakuni; 5 pertencem à equipe de demonstração Blue Angels; e 44 em esquadrões de substituição da Frota. Os outros 27 aviões estão em manutenção.
O anúncio de “aterramento” do NavAir cobriu uma “área de foco de alta tensão” que os engenheiros já haviam mencionado como parte do “service-life assessment program” dos Hornets.
Os esquadrões receberam ordens para executar uma inspeção de campo magnético nos jatos “groundeados”. Se não encontrarem rachaduras, seus Hornets voltarão ao status de vôo liberado, apesar de as tripulações terem que inspecionar visualmente as asas após cada 100 horas de vôo.
Se o esquadrão não puder realizar a inspeção magnética, as tripulações estão obrigadas a realizar a inspeção visual nas asas. Mesmo se não encontrarem rachaduras, os pilotos estão proibidos de puxarem mais de 4Gs durante o voo.
A Marinha informou que os problemas afetam mais os modelos C e D dos Hornets da Marinha e dos Fuzileiros, embora exista o potencial de aparecimento de fissuras em todas as versões da aeronave, na parte porterior da junção asa-fuselagem.
Existem atualmente 635 jatos F/A-18 Hornet, das versões A até D, em operação na Marinha e nos Marines.
FONTE: NavyTimes