NApOc ‘Ary Rongel’ e NPo ‘Alte Maximiano’ regressam da Antártica
No dia 17 de abril de 2010, às 9:30h, o Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Ary Rongel e o Navio Polar (NPo) Almirante Maximiano regressam ao Rio de Janeiro após concluírem a vigésima oitava Operação Antártica (OPERANTAR XXVIII), iniciada em 19 de outubro de 2009. Ao longo da comissão, os Navios visitaram os portos de Rio Grande – RS, Mar Del Plata e Ushuaia (Argentina), Punta Arenas e Talcahuano (Chile) e Montevidéu (Uruguai).
Ao longo dessa missão, os dois navios realizaram o apoio logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), implantaram acampamentos científicos no continente antártico, apoiaram a pesquisa a bordo e estreitaram os laços de amizade ao visitarem portos e bases antárticas de países amigos.
A OPERANTAR XXVIII teve um significado especial, já que, novamente, o país pôde contar com dois navios operando no continente austral. Em fevereiro de 2008, em visita ao continente antártico, o Presidente Luis Inácio Lula da Silva autorizou a obtenção de um navio para, juntamente com o NApOc Ary Rongel, apoiar as pesquisas brasileiras naquela região. Assim, em 03 de setembro do mesmo ano, efetivou-se a aquisição do NPo Almirante Maximiano. Esse fato trouxe uma nova dimensão tanto ao apoio logístico à EACF, quanto ao desenvolvimento das pesquisas científicas conduzidas no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
Nessa OPERANTAR foram desenvolvidos projetos topográficos, pesquisas sobre os impactos das mudanças globais considerando a vegetação e as aves da região, estudos sobre as mudanças antrópicas no meio ambiente marinho antártico, projetos sobre gestão ambiental, educação e difusão da ciência, modelagem e dinâmica de massas de água nas regiões polares, estudos do solo marinho para identificar eventos paleoclimáticos, coleta e análise de dados oceanográficos e estudos sobre a microbiota da região, além de estudos sobre o processo de recuo das geleiras.
O NApOc Ary Rongel foi construído no estaleiro Hoylandsdygo-George Ei Des Sonner A/S, na Noruega, tendo sido incorporado à Marinha do Brasil em 1994. Está preparado para navegação em regiões polares, possuindo capacidade para operar em campos de gelo fragmentado.
Possui dois porões com capacidade de 1.254 m3 para o transporte de carga e com dois laboratórios para apoio a pesquisa. É dotado de equipamentos de navegação e de apoio, tais como guinchos oceanográfico e geológico, arco de popa, ecobatímetros para pequenas e grandes profundidades, GPS e uma estação de acompanhamento de informações meteorológicas. Pode transportar também dois helicópteros Esquilo, que são empregados tanto no transporte de carga quanto no de passageiros.
O navio está na sua 16ª comissão austral e sob o Comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Paulo Rui de Menezes Capetti.
As principais características do navio são:
- Comprimento: 75,2m
- Boca: 13m
- Calado: 6,2m
- Velocidade máxima: 15 nós
- Deslocamento: 3.628 toneladas
- Tripulação: 105 ( 78militares e 27 pesquisadores)
Eu achei que a compra de um segundo navio de apoio era para que pelo menos um estivesse sempre “dando apoio”….
Não RodrigoBR… dar apoio pra quem?? pros pinguins? quando o inverno chega, o limite é Ushuaia… acho que nenhuma estação fica com gente lá…
pode ser uma grande bobagem, mas pelo que sei, a temperatura não permite trabalhos externos, e as pesquisas são feitas no verão antártico…
O inverno ta chegando… to empilhando lenha aqui no calcanhar do Brasil…
Abraços
Valdo,
Obrigado por responder. Eu achava que mesmo durante o inverno estes navios ficavam próximos a estação e havia pesquisadores lá.
Minha família é daí do RS, já morei em Livramento-RS também. O minuano me maltratava no inverno, mas hj moro no nordeste.
Só pra te fazer inveja, estou só de havaianas e short, tempo sem chuva e +ou- 30 graus! hehehe 😀
Um abraço!
Acho interessante o Brasil ter estes dois navios , ha alguns dias atras eu estava assistindo Mar Sem Fim que passa na tv band , eles foram para Antártica , passaram por varias bases cientificas ,do Brasil, Inglaterra ,EUA , Angentina ,Chile ,como todos dizem quem tem um não tem nenhum no caso das bases Argentinas as duas exatamente , não tinha uma alma viva , as duas bases eram muito bem estruturada estava cheias de suplimentos , mas como o navio Argentino que da apoio as bases esta fora de operação as bases estão as moscas .
Rodrigo BR
Navios de outros países estão certificados para atuarem com gelo espesso. Não é o caso dos nossos.
Caros Amigos
Pelo que li, os dois navios serão destinados às OPERANTAR, o “Almirante Maximiano” voltado para pesquisas e o “Ary Rangel” ao apoio à EACF e aos pesquisadores.
Durante o período de inverno ficam na EACF uma Equipe de Invernação, composta por um Grupo-base e somente 9 pesquisadores.
Abraços
Obrigado Poggio!
Parabéns a MB! Estive na Antartica em março. É um dos lugares mais lindos do mundo, junto com o Saara e o Atacama. Vi uma base chilena na Paradise Bay. Fico contente que o Brasil aumenta os recursos locais. A Antartica é o continente do futuro. Todo país precisa fincar os pés lá. O mais bonito é que não houve nem há guerras na Antartica. Lá todos são amigos e querem fazer mais pesquisas. Há ouro, petroleo, urânio e vida selvagem. Pelo que conheço do Brasil, certamente estamos muito atrás do Reino Unido, EUA, França, Russia e até Argentina e… Read more »
oi,gostaria de saber guando o navio ary rangel chega ao rio de janeiro
e se pode ser visitados por pesoas civil.
Wania
Infelizmente, não vai dar para visitar os navios “antárticos” brasileiros.
Eles chegaram ao Rio de Janeiro no último dia 17 de abril.
Espere o início da 29ª OPERANTAR em outubro. Talvez Você consiga vê-los partir.
Estive na Antártica e conheci os dois navios. São muito bons! O Maximiano é enorme, mais confortável.
para .quem nao conhece antartica eu tive o prazer de ir 8vezes nesse continente gelado a bordo do navio ary rongel nas operaçoes 13 .14. 21.22 un abraço leite.