Chegou a vez do Exocet Block III
A agência francesa de defesa, Délégation Générale pour l’Armamento (DGA), fechou um contrato com a MBDA, no final de Dezembro, para a atualização ao padrão Block III de um lote de 45 mísseis antinavio Exocet Block II, pertencentes à Marinha francesa. Os mísseis modernizados serão entregues em 2011 e 2012.
Esta encomenda é uma consequência do contrato de desenvolvimento para o MM40 Exocet Block III, adjudicado em Janeiro de 2004. A DGA qualificou a nova versão do míssil de abril de 2008.
Esses mísseis irão armar as fragatas classe “Horizon”, nas quais modificações para a integração do Block III também foram concluídas em 2008. No futuro, a MM40 Bloco III também irá se tornar a principal arma antinavio das fragatas multi-missão FREMM.
As modificações no Exocet Block III consistem principalmente na substituição do combustível sólido por turbojato, e a integração de aviônica no estado-da-arte, incluindo um receptor GPS.
Estas modificações duplicam o alcance do míssil (agora será em torno de 150km) e permitem-lhe atacar alvos também em terra, usando coordenadas geográficas.
O míssil MBDA Exocet é um míssil antinavio fabricado pela empresa MBDA, possui versões que podem ser lançadas por helicópteros, aviões, navios e submarinos.
Usado a partir de aeronaves Dassault Super Étendard, o Exocet AM39 ganhou notoriedade durante a Guerra das Malvinas, por ter causado o afundamento do destróier Type 42 HMS Sheffield (D80) e do navio Atlantic Conveyor. Um MM38, disparado a partir da terra por um lançador retirado de um navio, causou danos ao HMS Glamorgan.
Os argentinos também alegam ter danificado o porta-aviões HMS Invincible, o que é negado pelos britânicos.
O Exocet, em sua versão lançada do ar (AM39), também foi intensamente utilizado durante a Guerra Irã-Iraque pela Força Aérea do Iraque. Acredita-se que entre 350 e 400 mísseis tenham sido adquiridos entre 1979 e 1988. No início do conflito, os mísseis eram lançados de helicópteros Super Frelon. Posteriormente o Iraque arrendou 5 Super Étendard e a partir de 1984 passou a utilizar definitivamente o Mirage F.1 como plataforma de lançamento.
Os principais alvos dos mísseis eram petroleiros e plataformas petrolíferas iranianas, além de outros navios mercantes que faziam comércio com o Irã. Mas a vítima mais conhecida foi a fragata USS Stark, da Marinha dos EUA.
Desde que entrou em produção em 1972, já foram produzidos mais de 3.500 mísseis para 35 países, incluindo o Brasil.
NOTA DO BLOG: Na Guerra das Malvinas, a primeira-ministra Margaret Thatcher instou o presidente francês François Mitterrand pelo repasse aos britânicos das frequencias de funcionamento dos Exocet argentinos, para permitir o seu bloqueio eletrônico.
sera que o Bolck III ira equipar os nossos Marlins ??
eu preferia o sistema “galileo” ao gps americano…
Depois de 25 anos, finalmente copiaram o OTOMAT e o Harpoon…
Eca francesa!!!
Para vocês verem como a política pesa em um conflito.
Você compra armas de um país, entra em guerra com outro que por acaso é amigo do seu fornecedor de armas e basta uma ligação de um presidente pro outro pra você ter um arsenal de ponta, caro e inútil.
Sou contra a aquisição dos F-18 por esse motivo, ainda mais com a reativação da 4ª frota. Se eles resolverem fazer alguma coisa a primeira ação vai ser cortar o fornecimento de peças.
É possível que os nossos poucos Exocets que estão recebendo manutenção na MBDA estejam sendo convertidos ao Block III? É verdade que dispomos de apenas 30 e poucos Exocets de todas as versões. Se for verdade, não me assusta mais, agora que fiquei sabendo que só temos 16 Sea Wolf para os 36 lançadores de nossas fragatas – 22 Block 1.
Alguém saberia me dizer qual a versão do Exocet que a MB utiliza?
Sds a todos.
O único fator que me desagrada nesses mísseis é o fato de serem subsônicos. Os modernos sistemas antimíssil tipo CIWS goalkeeper 30 mm ou Phalanx de 20mm acertam eles com muita facilidade, devido ao tempo entre a detecção e o impacto. Me parace que os mísseis hipersônicos, que minimizão o tempo de resposta desses sistemas, são muito mais efetivos.
Abraços!!!
Wilson,
Tb penso assim. Mesmo achando que o Exocet III seja uma arma fenomenal.
Tomara que venham à equipar nossas futuras escoltas de superfícies de 6000 tons. (segundo o colega LM, o contrato de compra estaria em vias de ser assinado, visto que ja teriam sido feitos ensaios em três diferentes modelos – deve ser o KDX-II, A FREEM e o Tipe-45).
Quem sabe esse mesmo míssil não substitui, nas Niteróis, o MM-40 atual. Seria uma boa pedida.
abraços.
Wilson, existem dois conceitos em voga no sentido de tentar furar as defesas de um grupo tarefa ou mesmo de um navio isolado. Um, é o utilizado pelos russos e indianos (entre outros) que faz uso de mísseis supersônicos, mas que possuem um baixo nível de discrição e de manobrabilidade, mesmo porque são imensos, ficando na faixa das 3 t. O outro conceito faz uso de mísseis de menores dimensões, entre 550 e 850 quilos, subsônicos, com alto nível de discrição, alguns claramente são stealths genuínos, e em geral com perfil de vôo “sea skimmig”. Os sistemas modernos de defesa… Read more »
Bosco Mas qual dos dois conceitos é o mais eficiente? Pergunto porque, no caso do HMS Sheffield, e de acordo com algumas informações que tenho, o Exocet não detonou e os danos resultantes ao navio foram consequência do impacto e da queima do motor do míssil dentro do navio após o impacto. E no caso do USS Stark dois mísseis acertaram o navio e ele não foi a pique. O navio inglês poderia ter sido reparado se as condições do Atlântico Sul permitissem o reboque do navio de volta a Inglaterra. Então um míssil de grande porte, como é o… Read more »
Roberto, eu acho que o conceito ocidental é mais eficiente em relação à penetrar as defesas. Mas com certeza, o impacto de uma ogiva como a do Brahmos de 300 kg, mais o combustível restante, mais a energia cinética, faz um maior estrago. Outro mísseis russos possuem ogivas muito maiores, aptas a causarem severos danos em NAe’s. É que para colocar um navio fora de combate muitas vezes não é necessário afundá-lo ou causar-lhe grandes estragos. Eu particularmente acho que os grandes mísseis supersônicos não são a melhor escolha para penetrarem nas defesas de um GT nucleado por um NAe… Read more »
Vivendo e aprendendo. Valeu Bosco.
Abraços!!!
Só complementando o Bosco: não esquecer que, a cada avanço nas características de uma arma (SSM), já se está avançando também em novas capacidades da arma que possa destruir a primeira (CIWS), que por sua vez leva a novos desenvolvimentos da outra e por aí vai. Dificilmente uma arma fica por muito tempo reinando sem ter resposta à altura.
NOTA DO BLOG: Na Guerra das Malvinas, a primeira-ministra Margaret Thatcher instou o presidente francês François Mitterrand pelo repasse aos britânicos das frequencias de funcionamento dos Exocet argentinos, para permitir o seu bloqueio eletrônico.
Esta é a grande MMMMM de depender de armamentos estrangeiros… quando eu vi o Outubro Vermelho… aquele cara apertando o botão vermelho e explodindo o torpedo pensei exatamente nisto… quer dizer que eles têm meios de anular os armamentos que venderam pra gente… filhos da mãe!!!
Assim é covardia!
Bosco
“mato sem cachorro”… rsrsrsr
Eu penso por aí também. Valeu fera!
Alguém duvida que se as FREMM realmente vier para a MB, serão equipadas com exocet BLOCK II?
Ué mauro quem manda sermos o pais do BBB e carnaval
Agora deve haver um engano ai , estão dizendo que as type 45 vão ser candidatas aos novos escoltas?
Já existe tecnologia para fazer um pequeno míssil (faixa de 100 kg) altamente furtivo, subsônico, ter um alcance extremamente longo (250 a 400 km, ou mais). Exemplos são os mísseis SMACM e o cancelado NLOS-LAM entre outros. Mesmo o atual NSM consegue ter um alcance de 180 km pesando 400 kg e com uma ogiva de 120 kg. Não precisamos fazer grande esforço para imaginarmos uma versão do NSM pesando 300 kg (ogiva de 20 kg) e com alcance de 250 km. Poderiam ser levados uns 20 no lugar de 8 Exocets. Imagino que no futuro os dois conceitos devam… Read more »
Só de curiosidade o míssil SMACM em desenvolvimento pela USAF pesa 65 kg e tem um alcance de 360 km e o cancelado NLOS-LAM tinha um peso semelhante e um tempo de “espera” de 30 minutos sobre uma área específica do campo de combate situada a 70 km de distância do lançador, o que dá pelo menos uns 350 km de alcance linear. Esses dois mísseis são altamente furtivos, dotados de modos triplos ou quádruplos de orientação terminal, navegação inercial e GPS, data link de via dupla, capacidade ATA (aquisição automática do alvo) ou “man in the loop”, etc. Num… Read more »
Interessante é que na década de 80, embalado pela Guerra das Malvinas, a discussão sobre mísseis anti-navios era no sentido de qual sistema era mais efetivo, se o de combustível sólido como o dos Exocets ou os de propulsão turbojato como o do Harpoon. Sem dúvida a propulsão turbojato saiu vencedora desse “dilema” com todos os atuais exemplares de mísseis de longo alcance do Ocidente adotando-a e com alcances que vão de 130 a 200 km. Inclusive a US Navy já teve uma versão do Tomahawk anti-navio com alcance de 450 km. Os motores foguetes sólidos vão subsistir apenas nos… Read more »
[…] do BLOG: Similar ao Exocet francês usado pela MB, o Harpoon americano é movido por uma pequena turbina a jato. Ele tem um […]
[…] de alcance), 16 mísseis Aster 15 (alcance de 30 km), dois canhões de 76 mm, 8 mísseis anti-navio MM40 Block III e dois tubos lançadores para torpedos anti-submarino MU […]
[…] de tiro real da Marinha Grega de mísseis Exocet MM-40 Block 2, lançados das FAC classe “Super Vita” HS Roussen (P-67) e HS Daniolos […]
[…] 14 dias Propulsão: Diesel MTU 12V595 TE90, com waterjets Tripulação: 45 pessoas Armamento: 8 x MM40 Block 3 Exocet 4 x MK56 oito células VLS para mísseis ESSM 1 x lançador Mk 49 RAM bloco 1A CIWS 1 x Oto Melara […]