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Medida é tomada em represália a acusações sobre episódio de afundamento de navio sul-coreano

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vinheta-clipping-navalPEQUIM – A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira, 25, que está rompendo todos os laços com a Coreia do Sul. As informações foram dadas pela agência de notícias estatal KCNA, que cita um porta-voz do Comitê de Reunificação de Pyongyang.

“O Comitê pela Reunificação Pacífica da Coreia declara que a partir de agora serão feitos esforços para congelar as relações intercoreanas, abdicar o acordo de não agressão entre o norte e o sul e interromper completamente a cooperação”, diz o comunicado da KCNA, completando que todas as relações com Seul, assim como as comunicações, seriam cortadas.

Pyongyang também decidiu expulsar os expulsar os sul-coreanos que trabalham no parque industrial de Kaesong, mantido em conjunto pelo sul e pelo norte. Não ficou claro, porém, qual o verdadeiro impacto que a medida teria nas fábricas que operam no local. A maioria das empresas são sul-coreanas, que aproveitam para usar mão-de-obra barata da Coreia do Norte.

O comunicado detalhou algumas medidas tomadas por Pyongyang, como o rompimento dos diálogos com o gabinete do presidente da Coreia do Sul, Lee Myung Bak, a proibição total do tráfego aéreo e marítimo de veículos do sul pelas áreas do norte e a suspensão dos trabalhos conjuntos na Cruz Vermelha de Panmunjom. Além disso, a Coreia do Norte disse que iniciará um “contra-ataque à guerra psicológica empreendida por Seul”.

O anúncio é uma resposta às acusações de Seul de que militares norte-coreanos teriam afundado um navio da Marinha sul-coreana no fim de março, episódio que deixou 46 marinheiros mortos. O anúncio também foi publicado pela agência estatal da China, a Xinhua.

Segundo a perícia internacional realizada na Coreia do Sul, o naufrágio do navio Cheonan foi causado por um torpedo disparado pelos norte-coreanos. Pyongyang, porém, nega qualquer envolvimento.

O episódio do navio elevou a tensão entre as duas Coreias, tecnicamente em guerra desde 1950, quando começou a Guerra da Coreia. O conflito, que terminou em 1953, nunca foi formalmente encerrado, e os dois lados permanecem apenas em trégua, embora haja atritos frequentemente.

Outra questão que gera impasse é o programa nuclear norte-coreano, considerado uma ameaça pelo sul. Pyongyang se recusa a retornar à mesa de negociações para abandonar os projetos atômicos e diz que só o fará se a Guerra da Coreia for encerrada formalmente.

FONTE: Agência Estado, via Estadão

FOTO: Reuters, via Shippingnewsclippings

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