Finmeccanica aposta no mercado de defesa brasileiro

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Segundo o grupo italiano, maiores chances estariam na Marinha

vinheta-clipping-navalA Finmeccanica, o maior grupo italiano no setor aeroespacial e de defesa, decidiu transformar o Brasil em prioridade imediatamente. Oitava maior companhia mundial no setor — e com atuação crescente nas áreas de energia e transporte —, vê no país uma enorme oportunidade para crescer. O grupo não esconde que o acordo assinado entre Brasil e Itália em abril, que inclui a previsão de uma série de investimentos italianos no país, representa enormes chances de entrar em um dos poucos mercados mundiais hoje em crescimento acelerado e ainda não dominado pelas empresas norte-americanas do setor. O Brasil, que defende com unhas e dentes a necessidade de transferência de tecnologia nos projetos militares, resiste à postura dos EUA nessa questão, em geral pouco dispostos até a negociar essa possibilidade.

“Para nós, o Brasil é muito importante. O acordo entre Berlusconi e o presidente Lula abre muitas possibilidades, inclusive para a transferência de tecnologia, que seria impossível sem isso”, assegura o CEO do grupo Finmeccanica, Pier Francesco Guarguaglini. Embora não façam previsões nem de valores de investimentos nem de faturamento, os italianos querem entrar com todas as forças nos projetos de modernização das Forças Armadas, em particular no da Marinha, já que a concorrência FX-2, para a compra dos novos caças da Forca Aérea Brasileira (FAB), provavelmente será vencida pelos franceses, desbancando o sueco Grippen (que conta com uma série de componentes das empresas do grupo italiano).

Mesmo que o Rafale, da francesa Dassault, leve o contrato, a Finmeccanica já prevê a necessidade de modernização dos atuais aviões de treinamento, os Super Tucanos. Como os novos caças serão muito mais avançados, potentes e velozes, pertencentes à chamada 5ª geração, independentemente da empresa escolhida, a FAB necessitará de um avião de treinamento com uma menor distância de desempenho em relação aos novos aviões de combate para assegurar a capacitação dos pilotos. É aí que a Alenia Aermacchi, uma das integrantes do grupo, pretende entrar, oferecendo o M346, um avião de treinamento que pode até funcionar como um caça leve de combate.

Outra possibilidade é a concorrência que envolve a construção de novas fragatas para a Marinha brasileira, com a necessidade de fornecimento de sistemas de armamento e de defesa, bem como para a nova corveta da classe Barroso.

FONTE: Correio Brasiliense

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Leandro RQ

Desde que assinaram esse acordo pensei nos M346.

Não sei qual o interesse da FAb neles, mas acho que seriam bons vetores para a força, visto que os “gloriosos” AT26 já deram o que tinham que dar faz tempo…

Ricardo

Ahm… uma pergunta… no texto diz que o Rafaele é caça de 5° geração.. que eu saiba ele é de 4°…
Não são os F-22, F-35, SU-47 e PAK FA que são de 5°?

abraço

>>”Como os novos caças serão muito mais avançados, potentes e velozes, pertencentes à chamada 5ª geração..”<<

Alex Nogueira

Excelente oportunidade para conseguir alavancar novas tecnologias ao mesmo tempo em que empresas nacionais podem fazer parcerias duradouras.

Fox Bravo

Até concordo com a visão deles para a necessidade da FAB, em um avião treinamento avançado a jato e que possa também ser usado para ataque leve. A Embraer já tem uma historia de sucesso com a Alenia, já que as duas participaram da construção do AMX, e o M346, cairia como uma luva na FAB em substituição dos cansados AT-26.
Agora não entendi “necessitam de modernização dos atuais Super Tucanos….”; este avião é novo tem equipamentos atuais e modernos até em Estado da Arte para o que a aeronave se propoe, neste ponto estão forçando a barra.

Alex Nogueira

Vamos aproveitar a crise européia para conseguirmos alancar nossa indústria de técnologia.

Almeida

Confio muito em uma parceria com os italianos, só tivemos boas experiências com eles. E, antes que falem que o AMX foi um fracasso, os problemas com este projeto não tiveram nada a ver com a parceria e este “fracasso” garante o emprego de dezenas de engenheiros de altíssimo nível até hoje.

Agora, dado o preço, acho que o Master não vingará por aqui infelizmente. Acho que a FAB está mais para o T-50 coreano. Basta ver as duas últimas capas da Revista Força Aérea…

Alex Nogueira

Fox, provavelmente quem deu a entrevista não conhecia muito bem o Super Tucano e acabou dando uma de “entendido”, tentando maximizar as qualidades do M-346 Master.

Se for para a FAB comprar um LIFT/Caça Leve, sou a favor do T-50/F/A-50 Golden Eagle, que me parece ser bem mais capaz.

Fox Bravo

Alex Nogueira disse: Caro amigo, se percebe que há algo de errado com a notícia, agora será que é “frango” do entrevistado ou o jornalista metido a entendido (rsrsrs). Concordo com vc em relação ao T-50 Golden Eagle, também acho mais avião que o M-346, não foi as fontes ou pesquisas, mas ele não seria bem mais caro que o italiano, outra pergunta os coreanos estão se aventurando em aviões de caça há poucos anos para cá e eles estão recebendo muita ajuda americana, ai se FAB adquirirem os T-50 deles já que provavelmente incluirá a ToT, não se cai… Read more »

Alex Nogueira

Certamente Fox, se vier SH/Gripen e T-50, ficamos reféns dos EUA no quesito tecnologia, porém, tirando essa possível configuração, sobra no restante do globo Rafale/M-346 e SU-35/MIG-35 / YAK-130/MIG-AT (e algumas opções chinesas); é uma situação estranha, pois para se conseguir uma logistica/alinhamento político adequado temos que ficar reféns de um ou outro país; por isso vejo que o Brasil carece muito de desenvolvimento tecnológico próprio :S.

Alex Nogueira

Sendo assim se vier Rafale a contrapartida natural para LIFT seria o M-346 (o problema é que os motores do M-346 são made in USA também 🙁 ).

rodrigo rauta

Ricardo, na verdade o Rafale e de 4,5° , o texto esta errado, mas provavelmente foi escrito por algum jornalista que não e muito conhecedor do assunto. Qnt aos aviões que vc listou, o SU-47 , foi apenas um caca experimental, com apenas uma unidade construida.

Abraco

floresteiro

Alguém se atreveria a estimar o número de aviões em uma eventual cmpra??

Galileu

Acho o Aermacchi-M346 muito bem feito.

Alguém sabe se o M346 pode realizar as mesmas missóes que a carroça do AMX??

Tucano/St, M346, F5 e Rafale, impossível pra Aeronáutica!?

GUPPY

Na última frase do texto lemos:

…, bem como para a nova corveta da classe Barroso.

What about ?

Leandro RQ

Se não em engano a FAB tem cerca de 20 AT26 operacionais.

Como uma eventual compra seria para substituí-los, o negócio deveria ser mais ou menos nessa mesma quantidade.

Algo em torno de 16 a 20 aviões.

Mas isso é “chutômetro”.

Já que vc perguntou se “alguem se atreveria”, me empolguei… 🙂

Leandro RQ

Opa, a resposta acima vai para o Floresteiro…

gerson carvalho

caros amigos,

“Outra possibilidade é a concorrência que envolve a construção de novas fragatas para a Marinha brasileira, com a necessidade de fornecimento de sistemas de armamento e de defesa, bem como para a nova corveta da classe Barroso.”

Vão fazer mais “Barroso”?

Jacubão

Vixi maria.
Pensei que estava no “PODER NAVAL”, mas vejo que estou no “AÉREO”, rsrsrs… 😀

MO

Jacuba, hoje to lombradão, se nao fossei isso, preguiça, tinha deletado estes posts todos

E olha que acabamos de comentar sobre coments nada a ver com topicos…

Maaaaasss… por outro lado tocaram na p…a do efe xis no post, ai fazer o que …

amanha se tiver saco, deleto todos estes ai

MO

Vitor

Hahah estava lendo os comentarios, ai dei uma olhada na barra de endereços e puts nao eh mesmo que estamos no poder naval 😀 Fazer o que, de tudo escrito ali so conseguimos nos atentar a M346, FX2 e 5 Geraçao. :p E que venha mais tecnologia pro Brasil. A questao agora vai ser, seremos capaz e manter e investir em novas tecnologias? Porque é raro os casos de investimento em P&D no Brasil. Com tanto imposto e burocracia falta espaço pra esse tipo de investimento. Sem falar que a populacao nao tem dinheiro pra comprar produtos de ultima geracao.

Icaro

Vão fazer outra coverta da classe Barroso? Ou vão modernizar a Barroso? Ou confundiram (entrevistado/entrevistador) com os NaPaOc 1800?

marlige

mais Barroso?…. Deus nos livre e guarde.

Fox Bravo

Caro editores desculpe pelo meu post, é quem ler a notícia ela deu mais ênfase no contrato dos aviões que propriamente dito em assuntos navais.

Desculpe e abraços.