Frota fazia parte de “uma operação terrorista”, diz premiê israelense

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ataque israelense a frota de ativistas

A frota de ajuda humanitária que seguia para Gaza, atacada pela marinha israelense na segunda-feira, fazia parte de “uma operação terrorista”, pelo que “Israel está sendo vitima de um ataque de hipocrisia internacional”, disse nesta quarta-feira (2) o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, em um discurso transmitido pela TV israelense.

“Não era um cruzeiro de amor, era um cruzeiro de ódio. Não era uma operação pacífica, era uma operação terrorista”, declarou Netanyahu, ao justificar o sangrento ataque à flotilha humanitária, no qual morreram nove passageiros.

Netanyahu também afirmou que o bloqueio a Gaza vai continuar. O bloqueio marítimo a Gaza é necessário para evitar que “se torne um porto iraniano” e “uma ameaça para o Mediterrâneo e a Europa”, disse o premiê.

“Nosso dever é inspecionar todos os barcos que chegam. Se não o fizermos, Gaza se tornará um porto iraniano, o que seria uma ameaça real para o Mediterrâneo e a Europa”, afirmou Netanyahu.

“O Estado de Israel continuará exercendo seu direito a autodefesa. A segurança está acima de tudo”, acrescentou o primeiro-ministro israelense.

Ainda de acordo com Netanyahu, o Hamas, o movimento islâmico radical que controla Gaza, “continua a se armar e o Irã, transferindo armas ao Hamas, em particular foguetes e mísseis.

Briga no Parlamento de Israel

O ataque foi debatido hoje no Parlamento israelense. A sessão foi marcada por desentendimentos entre deputados judeus e árabes, que resultaram em empurrões e gritos, quando a parlamentar Hanin Zoabi, que viajava com os ativistas, tentou discursar.

Vários deputados exigiram à Presidência do Parlamento que proibisse o discurso dela. A parlamentar do partido ultranacionalista Israel Beiteinu Anastasia Michaeli subiu ao palanque e tentou empurrá-la para tirá-la de perto do microfone.

Outros deputados tentaram separar as duas mulheres e, na confusão, foram ouvidos insultos contra Hanin, com gritos de “traidora”, “inimiga” e “cavalo de Tróia”.

Deportação atrasada

A saída de seis aviões turcos com centenas de ativistas da frota que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza detidos por Israel foi atrasada hoje no Aeroporto Internacional Ben Gurion por “problemas administrativos”, de acordo com o Ministério de Exteriores israelense.

O porta-voz Yigal Palmor explicou que um dos principais “problemas administrativos” foi um pedido apresentado à Suprema Corte por organizações locais para impedir a saída de Israel de alguns ativistas supostamente envolvidos “em agressões a soldados israelenses” durante a abordagem da frota, em que nove pessoas foram mortas.

Palmor assegurou que o governo de Israel é partidário de deportar os ativistas, mas que “a última decisão corresponde ao Supremo Tribunal, que confiamos que seja tomada em breve”.

FONTE: UOL Notícias

NOTA DO BLOG: na foto acima aparece uma Saar 5, o navio mais bem armado da Marinha de Israel

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