Polícia francesa apreende documentos na sede da DCNS
Venda de Scorpène para a Malásia está sob investigação de procuradoria
Autoridades policiais francesas realizaram uma busca nos escritórios da empresa DCNS e do grupo Thales e apreenderam diversos documentos. O objetivo da operação era coletar informações sobre a venda de três submarinos Scorpène para a Malásia pelo valor de um bilhão de euros.
Conforme informações da Agência France Presse a DCNS “não confirmou nem negou a informação” sobre a ação dos policiais, ocorrida na semana passada.
Segundo o grupo malaio de direitos humanos Suaram a venda dos submarinos, negociada em 2002, foi marcada por casos de corrupção e pagamentos de propina. A acusação foi aceita pela procuradoria francesa, que abriu uma investigação sobre o caso no último mês de março.
O grupo malaio alega que a empresa Aramis, uma subsidiária da Thales em conjunto com a DCN que realizou a venda na época, teria pago uma comissão de 114 milhões de euros para uma empresa chamada Perimak. Esta empresa teria vínculos com pessoas ligadas ao primeiro ministro malaio Najib Razak. Naquela época o atual primeiro ministro era ministro da defesa da Malásia e foi o responsável pela negociação dos submarinos.
De acordo com a lei francesa, desde 2000 o pagamento de comissões sobre contratos relacionados com líderes estrangeiros é caso de corrupção.
FONTE: AFP