Promar entrega primeiro navio em dezembro de 2012
Novo estaleiro foi confirmado ontem e já tem encomenda de oito embarcações do Promef
Mais um martelo foi batido na consolidação da indústria naval pernambucana. Ontem, no Palácio do Campo das Princesas, foi anunciado mais um estaleiro para o Estado: o Promar. Sob investimentos de R$ 300 milhões, a previsão é de que ele esteja completamente instalado em um ano, na Ilha de Tatuoca, no Complexo Industrial Portuário de Suape.
O empreendimento da sul coreana STX, em parceria com a PJMR, já venceu a licitação para construir oito navios gaseiros do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). O pacote está orçado em US$ 536 milhões. A primeira embarcação será entregue em dezembro de 2012 e as outras até o fim de 2014.
Serão gerados ao todo dez mil empregos, sendo 1,2 mil na construção e 1,5 mil na edificação dos navios (diretos). O restante poderá ser criado indiretamente. Na próxima segunda-feira, representantes da indústria se reúnem para um encontro técnico junto a membros do Porto de Suape para avaliar o projeto geográfico.
Ainda na semana que vem, será assinado o contrato para que as obras possam começar. A fábrica ocupará uma área de 80 hectares, nas proximidades do Estaleiro Atlântico Sul (EAS). Serão duas embarcações com capacidade para transportar sete mil metros cúbicos (m3) de gás, duas com potencial de 12m3 e mais duas para 4m3.
O estaleiro ficaria no Ceará, mas como a licença de instalação para o vizinho não foi aprovada, o Promar precisou correr para cumprir o prazo até 30 de junho (anteontem) para apresentar uma alternativa viável. “Num tempo recorde, a equipe do Governo nos atendeu, mesmo no momento difícil que vive o Estado, que tem sofrido com as enchentes.
Em duas semanas achamos a área e conseguimos a licença preliminar para apresentar à Transpetro. Isso vai resultar na chegada de outras empresas por aqui. O cluster naval brasileiro mudará de posição e será em Pernambuco”, ressaltou o presidente da STX Brasil, Waldemiro Arantes.
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, também ressaltou a competência da gestão estadual. Para ele, a história do Promef está amplamente ligada a Pernambuco, tanto no aspecto econômico, quanto social. “O estaleiro pode ser virtual, mas o terreno precisa ser real. Ainda há o problema da licença ambiental. Só que o Estado respondeu rapidinho. São investimentos que, além de tudo, têm cunho social. Cerca de 90% dos funcionários do EAS são da região”.
FONTE: Folha de Pernambuco/AUGUSTO LEITE, via Portos e Navios