Acordo com a Costa Rica autoriza presença de navios norte-americanos

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A oposição e movimentos sociais na Costa Rica protestam contra a aprovação pelo Legislativo neste mês de um acordo com os EUA que autoriza a chegada ao país de até 46 navios de guerra americanos, com capacidade para abrigar até 7.000 fuzileiros navais e 200 helicópteros.

O governo Barack Obama e o da costarriquenha Laura Chinchilla, centrista que tomou posse em maio, sustentam que o acordo, que vigorará de julho a 31 de dezembro, é apenas um adendo da cooperação antidrogas bilateral de 1999.

Mas analistas apontam que o texto de 1999 menciona apenas navios da Guarda Costeira, e não da Marinha.
Dizem ainda que o texto contradiz a Constituição do país, que há 60 anos não tem Forças Armadas, proíbe a permanência de tropas estrangeiras e se declarou “neutro” desde os turbulentos anos 1980 na América Central. O acordo passou em 30 de junho no Parlamento unicameral do país, apesar do esforço da oposição de deixar o plenário para que não houvesse quórum.

Segundo a transcrição do debate, os oficiais americanos poderão desembarcar na Costa Rica com uniformes militares e estão autorizados a realizar “todas as atividades que considerem necessárias para o desempenho de sua missão”. Porte de arma não é citado ou vetado.

O acordo foi criticado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, e mobiliza grupos esquerdistas que o vinculam a iniciativas militares recentes de Washington na região.

FONTE: Folha de São Paulo

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