Submarino alemão causa polêmica na Grécia
Alemães pressionam os gregos a cortarem gastos, mas se recusam a cancelar ou dar desconto em encomenda
Depois de pressionar a Grécia para cortar seu orçamento, gastos sociais, modificar suas leis trabalhistas e ainda aumentar a idade de aposentadoria para receber ajuda, a Alemanha se vê em meio a uma polêmica. O país vem se recusando a cancelar ou até mesmo dar um desconto na venda de submarinos que o governo grego havia encomendado da indústria bélica alemã.
Nos últimos meses, a Grécia, por causa de sua dívida pública, colocou toda a zona do euro em estado de alerta, ameaçando a estabilidade da moeda única e já gerando o temor de uma contaminação de economias como da Espanha, Portugal, Irlanda e até Itália. Para receber um pacote da UE e do Fundo Monetário Internacional, a Grécia foi obrigada a promover uma ampla reforma de seu sistema de pensões, cortar gastos de forma profunda e rever todas suas contas. Só então a chanceler alemã, Angela Merkel, aceitou sair em socorro dos gregos.
Agora, porém, são os partidos de oposição na Grécia e dezenas de sindicatos de trabalhadores afetados pelos cortes que se queixam. E os ataques vão exatamente contra a Alemanha. Em março deste ano, em plena crise da dívida, a Grécia fechou um acordo com a Alemanha para a compra de dois submarinos militares equipados pela Siemens. O valor chegou a 1,3 bilhão. Isso, sem contar com outros 1,2 bilhão de um outro contrato que já havia sido fechado com os americanos para a compra de caças. A informação foi divulgada pelo jornal Wall Street Journal no início da semana e gerou um verdadeiro terremoto político nos bastidores do poder na Europa.
Enquanto era obrigada a cortar gastos em 30 bilhões e lutava para receber um pacote de 110 bilhões para rolar sua dívida, o governo aproveitou encontros com o presidente francês Nicolas Sarkozy para negociar a compra de seis fragatas por 2,5 bilhões. Juntas, as compras de alemães e franceses totalizam 2% do PIB grego.
Incentivo. Situada numa região estratégica da Europa e próxima ao Oriente Médio, a Grécia foi sempre incentivada pelos seus parceiros da OTAN a manter um exército de ponta. Mas, com a crise, agora nem todos estão de acordo. “Estamos sendo pressionados a concluir acordos que nunca de fato desejamos. A Grécia não precisa de novas armas”, afirmou há poucos dias o vice-primeiro-ministro grego, Theodore Pangalos.
O debate ainda reforçou a ideia de alguns setores dos exércitos europeus de que uma forca Pan-Europeia deveria ser criada, pelo menos para coordenar a venda de equipamentos. O próprio Partido Verde alemão chegou a apelar para que o contrato fosse revisto. Mas Berlim insiste que os dois assuntos ? a crise da dívida e a compra de armas ? são temas separados na agenda bilateral.
O acordo com os alemães acabou gerando protestos de dentro da própria marinha grega, com oficiais pedindo demissão de seus cargos. Com uma dívida equivalente a 120% do seu PIB, a Grécia mantém um dos gastos militares mais elevados entre os 27 países da UE. Mais de 3,5% do PIB vai para a indústria de armamento, contra menos de 2% na média europeia. Já na Alemanha, a indústria que produz os submarinos vendidos para os gregos emprega 1,2 mil pessoas e depende exclusivamente de suas exportações para continuar sobrevivendo.
FONTE: O Estado de São Paulo (reportagem de Jamil Chade), via sinopse do Itamaraty
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6 fragatas francesas por 2,5 bilhões, so se for 2,5 bilhões de Euros!
Caros A Alemanha vende Subs, BMWs, computadores….etc., financia as compras com seus Bancos a Grécia quebra, então a solução alemão pra os gregos é ” trabalhadores acabou a moleza agora é a pão e água, façam mais divida para pagar o que devem desconto ou cancelamento das compras nem pensar “. Não me iludo com a França é a mesma história Enquanto isso Merkel se nega a diminuir a assistência estatal que é dada ao trabalhador alemão. Se os gregos não aceitarem a proposta ausente de qualquer solidariedade dos alemães ( e isso existe??) e a moda pegar, outros paises… Read more »
manda esses 2 pra ca e constroi mais uns 6 pra MB, ai ficamos com 4 tupi Mod + 1 tikuna + 4 scorpene, ao menos assim dava pra brincar na AL e assustar um pouco os vizinhos
Segundo o texto, a Grécia sempre foi incentivada á gastar com o setor bélico, e agora á contra gosto dos gregos. Espero que o Brasil nunca mais dependa da indústria bélica estrangeira, principalmente da indústria submarina alemã. Além de incentivar o trabalhador brasileiro com a geração de empregos e o incentivo da tecnologia sob domínio nacional, ainda evita esses contrangimentos, pressões e dependências causados por outros países. É incrível como um país com dívidas até o último fio de cabelo se atreve á realizar um contrato de dois BILHÕES e meio em investimento bélico sem ter essa intenção. Por pior… Read more »
Estranho que todo esse problema da Grécia poderia ser facilmente evitado se a Alemanha tivesse emprestado uma certa quantia para que fosse feito um aporte de emergencia para a Grécia, no inicio de tudo. Mas como era epoca de eleição, o Governo conservador alemão, mostrando que eles são austeros e tal, negou, afirmando que a “Grécia deveria ter feito o dever de casa e não ter um % tal alto de endividamento perante o PIB”. Pois é, estranho que o Brasil e todo o terceiro mundo passava vexame e humilhação, com as “missões” de FMI, BID e o raio que… Read more »
“Pois é extremamente desunida na parte financeira, onde um não quer “emprestar” dinheiro para ajudar o outro pois o nacionalismo duro impede de enxergar que contagio financeiro não respeita fronteiras.” ….nao é verdade … até Portugal pediu dinheiro emprestado a uma taxa favoravel para re-emprestar a Grecia …. todos participam nesse saco comum ….mas mesmo sem esse fundo a Grecia como Portugal e Espanha receberam dezenas de bilhoes de euros durante anos …. o que criou boas condicoes de vida nao sustentaveis num longo periodo de tempo …. muitos gregos reformam-se ao 50 anos !!! …. estao loucos! maus, péssimos… Read more »
Depender dos europeus é complicado !
E ainda falam do Scorpene!!!!