Japonesa Mitsui investiga dano a navio-tanque em Ormuz

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A empresa japonesa de navegação Mitsui OSK Lines anunciou na quinta-feira a contratação de um especialista em ataques militares para participar da investigação sobre danos ocorridos em um navio-tanque no estreito de Ormuz, supostamente envolvido numa colisão.

O supernavio-tanque, chamado M.Star, foi desviado na quarta-feira para o porto de Fujairah, nos Emirados Árabes. O Estreito de Ormuz é o único acesso ao Golfo Pérsico, e por ali passa 40 por cento do petróleo transportado por via marítima no mundo.

Funcionários inicialmente disseram que os danos foram causados por uma onda de origem sísmica, mas um gerente-geral do porto de Fujairah descartou essa hipótese, e as autoridades árabes começaram a investigar.

“O que sabemos é que alguma colisão aconteceu. Não sabemos o que foi”, disse o capitão Mousa Mourad. “É possível que tenha sido uma colisão com submarino, ou que fosse uma mina marítima”, especulou.

Chegou-se a cogitar que o M. Star tivesse sido vítima de um ataque, pois a Al Qaeda já ameaçou ações contra embarcações.

Em Tóquio, Masahiko Hibino, gerente-geral da Mitsui OSK para a segurança de navios-tanques, disse ser improvável que o navio tenha sido danificado por uma onda causada por um terremoto. “As portas que foram rompidas não estavam molhadas, então é meio difícil acreditar nesse tipo de coisa”, afirmou ele a jornalistas.

Uma foto divulgada pela agência estatal de notícias dos Emirados Árabes mostra um grande amassado na lateral do navio.

Outras fotos, fornecidas pela empresa de navegação, mostram vidros estilhaçados e painéis arrancados das paredes.

A empresa irá iniciar a investigação na quinta-feira.

Um especialista militar de Dubai foi contratado para comandar o inquérito, disse a empresa, sem dar detalhes. Membros da Marinha dos EUA e das Operações Comerciais Marítimas do Reino Unido também participam.

Hibino disse ainda que a empresa não descarta totalmente a possibilidade de um ataque externo ou de uma implosão interna no navio. Mas acrescentou que não havia a bordo nada que pudesse explodir.

O porta-voz afirmou também que a empresa está ciente da informação dada pela publicação Lloyd’s List sugerindo que o dano havia sido causado por uma granada, mas não pode aferir sua veracidade.

Mourad, gerente-geral do porto de Fujairah, disse que o navio permanecerá lá por cerca de uma semana, à espera da investigação e de reparos no convés superior.

Um dos 31 tripulantes sofreu ferimentos leves no braço.

FONTE: Reuters, via O Globlo

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