Pilotos britânicos vão aos EUA para treinar em caças lançados por catapultas
O envio de pilotos da Marinha Real para treinar em caças F-18, segundo jornal inglês, levanta especulações sobre compra de caças navais mais baratos do que o F-35 B
O Portsmouth Today noticiou nesta sexta-feira, 20 de agosto, que pilotos da Royal Navy (Marinha Real) foram mandados para a América para treinar em caças a jato lançados por catapulta, o que levanta especulações de que caças mais baratos deverão ser comprados para os novos navios-aeródromo britânicos, que serão baseados em Portsmouth.
Os dois navios, da classe Queen Elizabeth, deverão ter capacidade para abrigar até 150 aviões F-35, segundo o jornal. Os F-35 B, produzidos pela Lockheed Martin, deverão decolar em pista curta e pousar verticalmente(VSTOL) – a mesma técnica utilizada pelos Harriers. Porém, os custos estimados para esse modelo cresceram dramaticamente nos últimos nove anos, ainda segundo o Portsmouth Today.
O Ministério da Defesa (MoD) confirmou que um grupo de 12 pilotos da Marinha Real passará por treinamento junto ao Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (US Marine Corps) pelos próximos oito anos, incluindo treinamento em caças a jato F-18, lançados por catapulta.
Discute-se que, como parte da revisão de gastos do governo britânico com defesa, o MoD esteja procurando outras opções, podendo comprar a versão do F-35 que pode ser lançada por catapulta, e que é mais barata (nota do Blog: trata-se da versão F-35 C, enquanto que a versão VSTOL da aeronave é a F-35 B. Para mais detalhes, ver o primeiro link da lista ao final da matéria).
Mas, recentemente, uma companhia especializada em conversão de energia, a Converteam, informou o recebimento de um contrato de 650.000 libras do Ministério da Defesa, com o objetivo de desenvolver uma catapulta eletromagnética apta aos novos navios-aeródromo. A decisão sobre qual modelo do F-35 adquirir não precisa ser feita antes do início de 2011, segundo o jornal. O MoD negou que estivesse pensando em cortar os jatos.
O Portsmouth Today tambén informou que um porta-voz do MoD disse que “não seria errado supor” que haja uma preferência para a versão do F-35 lançada por catapulta.
A BAE, que constrói os novos navios-aeródromo, afirmou que não seria necessário um reprojeto significativo nos navios para equipá-los com catapultas, pois foram projetados como plataformas flexíveis. A entrada em serviço dos dois classe Queen Elizabeth está planejada para 2016 e 2018 e há temores, na Câmara dos Comuns, de que os caças que deverão operar só sejam entregues depois da entrada dos navios em serviço.
NOTA DO BLOG: no blog Poder Aéreo há um resumo desta matéria, aberta a comentários. Se em seu comentário você desejar relacionar esta notícia ao programa F-X2 da FAB (e atualmente sempre há quem queira fazê-lo), sugerimos que o faça somente no Poder Aéreo, deixando o foco da discussão aqui em navios-aeródromo e caças embarcados (e, preferencialmente, a questão britânica).
FONTE: Portsmouth Today
FOTO DO ALTO (lançamento de F-18): U.S. Navy (Marinha dos EUA)
FOTO DE BAIXO (F-35 no convoo de NAe britânico) via Militaryphotos.net
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