Conforme informado pelo site Flight Global ontem (23/08), as oito células do Grumman C-1A Trader adquiridas pela Marinha do Brasil (MB) junto aos EUA através do programa FMS serão empregadas em atividades tipo COD (Carrier On-board Delivery) e reabastecimento aéreo. Ainda segundo o site seis células seriam modernizadas, sendo quatro como COD e duas como reabastecedores.

Estas não são as células que serão transformadas em aeronaves especializadas em AEW (Airborne Early Warning). Espera-se que as futuras aeronaves AEW da MB sejam modificadas a partir das quatro células da Grumman S-2G que estão armazenadas no Uruguai e pertencem à marinha aquele país.

Até o momento não há definição sobre o grupo propulsor que substituirá os Wright R-1820 originais. Estes motores radiais que equipam os Traker/Trader carecem de peças sobressalentes no mercado (um dos problemas enfrentados pela FAB no final da vida dos P-16). Acredita-se que a escolha recairá sobre os turboélices TPE331 da Honeywell, cuja versão militar é conhecida como T76 nos EUA.

Estes motores produzidos pela Honeywell são bastante confiáveis e possuem uma longa carreira. A produção da primeira versão ocorreu em 1963, a partir do projeto desenvolvido pela Garrett. Desde então foram mais de 14.000 unidades produzias sendo que suas variantes equipam ou equiparam perto de 30 aeronaves diferentes incluindo o Shorts Tucano, o OV-10 Bronco, o FMA Pucará, o CASA 212 e versões do Turbo Tracker.

As células dos C-1A deverão ser vistoriadas e colocadas em condições de voo ainda nos EUA e então enviadas para o Brasil. Em relação aos futuros AEW, discute-se ainda a adoção do radar Eliradar HEW-784 ou do Thales Searchwater 2000AEW.

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