O acordo Brasil – Reino Unido, segundo a BAE Systems
Governo do Reino Unido e BAE Systems oferecem conjuntamente proposta para aumentar comércio com o Brasil
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No contexto de um Acordo de Cooperação em Defesa anunciado hoje (14 de setembro de 2010) entre os governos do Reino Unido e do Brasil, a BAE Systems confirmou seu compromisso com o Brasil e seu programa de reequipamento naval, em um movimento que pavimenta o caminho para novas parcerias industriais com o Brasil.
Dean McCumiskey, Diretor da BAE Systems para o Ocidente, integrando a comissão comercial liderada pelo Ministro da Estratégia Internacional de Segurança do Reino Unido, falou no Brasil: “Alinhados ao acordo governo a governo de hoje, estamos oferecendo um pacote de aquisição assegurado de navios de guerra para o Brasil. Ele é baseado em projetos de navios provados e versáteis, e inclui um convite para tornar-se um parceiro internacional em nosso novo programa “Global Combat Ship” (Navio de Combate Global).”
“Se a BAE Systems for selecionada para apoior o ambicioso programa de reequipamento naval brasileiro, os navios que desenvolvemos serão construídos em um estaleiro parceiro no Brasil, com o máximo de componentes fornecidos pela vasta indústria brasileira. Isso ajudará a manter empregos e apoiar o desenvolvimento de competências e transferência de tecnologia de ponta entre os dois países”.
A oferta, apresentada a autoridades do governo brasileiro hoje (14 de setembro), foi planejada para atender aos objetivos delineados pela Estratégia Nacional de Defesa (END) do Brasil para aumentar a capacidade da indústria local, permitindo ao Brasil desenvolver uma indústria naval independente e sustentável, além da capacidade de apoio marítimo ao longo da vida útil.
Ben Palmer, diretor de desenvolvimento de negócios da divisão de navios de superfície da BAE Systems, acrescentou que a empresa “tem um longo histórico de trabalho com a Marinha do Brasil. Nosso envolvimento vem desde as fragatas classe Niterói fornecidas pelo nosso antigo negócio VT Shipbuilding, nos anos 1970.”
O programa do Navio de Combate Global vai oferecer uma nova geração de navios de guerra multitarefas (multirole) acessíveis, com uma plataforma básica suficientemente aberta para permitir que sistemas e equipamentos específicos sejam integrados, de modo a atender às necessidades individuais dos clientes. Sob esse programa, já se está desenvolvendo uma primeira classe de navios, a variante Tipo 26 para a Marinha Real (Royal Navy) do Reino Unido a qual, espera-se, entrará em serviço no início da próxima década.
Envolvendo-se nesse estágio inicial, o Brasil terá a oportunidade de influenciar no desenvolvimento. O processo racionalizado de projeto, construção e recebimento resultante também reduzirá o custo por navio, além de prover substanciais economias em treinamento, apoio e manutenção ao longo da vida útil, para o Brasil e o Reino Unido.
No curto prazo, a BAE Systems acredita que seu navio de patrulha oceânica de 90 metros vai se provar como uma opção atrativa para a Marinha do Brasil. Com total capacidade oceânica, o navio pode assumir missões de vigilância e dissuasão para as instalações de petróleo e gás nas águas territoriais brasileiras, assim como operações mais comuns de segurança marítima e busca e salvamento.
O projeto é baseado nas já comprovadas embarcações da classe River, em uso na Marinha Real, e usa a mesma plataforma básica dos navios que a BAE Systems construiu para a Guarda Costeira de Trinidad & Tobago , com sistemas e equipamentos que serão adequados aos requerimentos da Marinha do Brasil. A empresa já tem um acordo similar de transferência de tecnologia com o Bangkok Dock, na Tailândia, que está construindo um navio dessa classe para a Marinha Real Tailandesa.
Outros pontos da oferta incluem uma comprovada logística de apoio a navios e até projetos de navios-aeródromo, assim como apoio para aprimorar o sistema navios de combate brasileiro com tecnologias obtidas no desenvolvimento do Sistema de Gerenciamento de Combate CMS-1, e do radar Artisan para a Marinha Real.
Tudo isso será complementado por uma capacidade de gerenciamento completo ao longo da vida útil e treinamento do pessoal envolvido na construção e opreação dos navios, para oferecer uma solução de baixo risco, com o máximo de retorno para o investimento do Brasil em equipamentos.
FONTE / IMAGEM DO ALTO / FOTO DE BAIXO: BAE Systems
(Tradução, adaptação e foto do meio: Poder Naval)
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Type 26 SÓ pra 2020 e além? E até lá? Continuamos com as escoltas que temos + os navios de patrulha?
Podemos esperar pelas Type 26 em 2020?
Mas Edu, 2020 é daqui a 10 anos. Para um programa que nem tem projeto escolhido, não é muito tempo. Você esperava que a MB iria adquirir novas escoltas em menos de dez anos, com tantas outras prioridades na frente? A prioridade de investimentos é submarinos. E, para navios de superfície, estão na frente os navios patrulha de 500 toneladas e navios patrulha oceânicos, além do navio de apoio logístico. As escoltas vem depois, independentemente do fornecedor / parceiro(França, Itália, Reino Unido ou outro que seja escolhido). Não que decisões e início dos trabalhos não possam ser realizados paralelamente, mas… Read more »
Como dizia o finado cego Abelardo, lá de Bagé: “só vendo”!
Lí e reli em vários lugarese não achei nenhuma referência de qts patrulhas seriam fabricados aqui.
Alguém sabe qto tempo leva para o patrulha deste porte ficar pronto?
Fabio, depende da capacitação do estaleiro, das verbas disponíveis etc.
Entre dois e quatro anos é o que costuma levar.
Sobre quantidade de navios patrulha (de 500t ou 1.800t) já saíram várias matérias detalhadas no blog a respeito, é fácil encontrá-las (procurar, no campo busca, palavras-chave como programas da marinha, PEAMB, reequipamento Marinha etc).
O que um vendedor não diz para convencer o comprador de que sua proposta é irresistível…
Tolos os que acreditam em conversa de vendedor…
creio que os ingleses ja devem ter demonstrado como são quando do programa das niterois, a marinha deve se saber a essas alturas do campeonato como eles se portaram pela epoca. se cumpriram o prometido ou não, isso entre outras coisas.
o importante e que temos boas ofertantes na mesa interessados em conquistar esse contrato da marinha, franceses, italianos, coreanos, espanhois, britanicos etc…
e todas boas embarcações.