INS ‘Vikramaditya’ vai custar US$ 2,23 bilhões à Índia
O navio-aeródromo INS Vikramaditya, ex-Almirante Gorshkov, comprado da Rússia terá um custo final de US$ 2,33 bilhões para a Índia, dos quais US$ 29 milhões foram pagos para os serviços prestados por especialistas indianos e outros US$ 85 milhões para a documentação técnica.
A Índia no início deste ano concordou em pagar US$ 2,33 bilhões, mais de três vezes os 974 milhões dólares do contrato assinado pelo navio de 45.000 toneladas em 2004, após uma negociação de três anos.
A documentação técnica foi comprada como um conjunto completo, porque o Gorshkov, rebatizado INS Vikramaditya, é um navio de guerra único em sua classe. Sua entrega está programada para o final de 2012.
“Com esses documentos, a Índia pode continuar com o reparo e manutenção do navio de guerra na Índia independentemente, sem ter que enviar o porta-aviões para a Rússia, como fazemos no caso dos submarinos da classe Kilo”, disse um oficial da Marinha Indiana.
O custo de documentação seria muito inferior ao custo de manutenção e reparação do navio de guerra, se este tivesse que ir para a Rússia para reparos.
O INS Vikramaditya vai operar jatos MiG-29K e Tejas Naval, além de helicópteros.
FONTE: Bharat Rakshak
NOTA DO PODER NAVAL: a título de comparação, o Navio-Aeródromo São Paulo (ex-PA Foch) foi comprado da França por US$ 12 milhões e os 23 jatos Skyhawk A-4KU foram adquiridos do Kuwait por cerca de US$ 70 milhões. A reforma total do NAe São Paulo irá custar até 2012, R$ 146 milhões (cerca de US$ 80 milhões) e a modernização de 12 jatos A-4KU pela Embraer custará US$ 140 milhões. A Índia pagaria inicialmente 740 milhões de dólares por 12 monopostos MiG-29Ks e quatro bipostos MiG-29KUBs e deve pagar mais US$ 1,2 bilhão por mais 29 caças do tipo.
Somando os valores, o Brasil terá o NAe São Paulo e 12 jatos AF-1M Skyhawk, modernizados com aviônica e armas de 4a. geração, por cerca de US$ 300 milhões. A Índia gastará mais de US$ 3,5 bilhões com o INS Vikramaditya e seu grupo aéreo de jatos MiG-29K.
O Brasil terá um navio-aeródromo operacional por menos de 1/10 do valor que a Índia gastou.
É preciso ressaltar, porém, que o PA Foch e os A-4KU Skyhawk foram compras de oportunidade, que puderam ser feitas dentro do orçamento da Força.
Se o Brasil quiser ter um navio e aviões melhores, terá de pagar muito mais por isso, como fez a Índia.
Enquanto isso, a Marinha vai treinando e desenvolvendo o conhecimento que o Brasil poderá utilizar quando resolver crescer nessa área.
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Atualizado em 17.09.2010