O porta-aviões nuclear Charles de Gaulle deixará Toulon dentro de quinze dias para uma missão de quatro meses no Oceano Índico, sendo seis semanas ao largo do Paquistão, em apoio à coalizão que opera no Afeganistão, afirmou nesta quinta-feira a Marinha Nacional Francesa.

Esta missão, denominada “Agapanthe 10”, foi apresentada na conferência de imprensa do Ministério da Defesa pelo Contra-Almirante Jean-Louis Kerignard, comandante da Força Aeronaval de Reação Rápida. Durante este deslocamento, previsto de meados de outubro a 21 de fevereiro, o grupo aeronaval formado ao redor do Charles de Gaulle incluirá duas fragatas (Forbin e Tourville), um navio-tanque de reabastecimento (Meuse) e um submarino ataque de nuclear (Améthyste). O grupo aéreo a bordo do porta-aviões terá 12 Super Etendard Modernizados, 10 Rafale, dois aviões radar Hawkeye e helicópteros.

O grupo de batalha estará em operação no Oceano Índico por seis semanas (de meados de novembro até fins de dezembro), ao largo do Paquistão, em apoio às operações aéreas no Afeganistão, disse o Contra-Almirante Kerignard. O Super-Etendard e o Rafale, equipados com um novo pod de reconhecimento poderão estar engajados nos céus do Afeganistão operando a partir do porta-aviões. “Os aviões do Charles de Gaulle vão participar nas operações da ISAF (Força Internacional de Assistência e Segurança no Afeganistão) sob o controle operacional do Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Almirante Edouard Guillaud”, disse o Contra-Almirante Kerignard.

Durante essas seis semanas, disse o oficial, o grupo aeronaval francês poderá proporcionar para a ISAF “uma dúzia” de surtidas por dia e trabalhará “em cooperação” com o grupo aeronaval americano que opera na área. Desde que entrou em serviço em 2001, o Charles de Gaulle fez quatro grandes operações militares no conflito afegão, operando ao largo do Paquistão em 2001/2002, 2004, 2006 e 2007, por períodos de quatro a sete meses . O Afeganistão não tem fronteira marítima, mas os aviões operando no Charles de Gaulle podem alcançá-lo desde o Oceano Índico. Mais de 140.000 militares das forças internacionais, dos quais dois terços são americanos, estão destacados no Afeganistão, onde a insurgência do Talibã está ganhando terreno. Em nove meses, 2010 já é o ano mais letal para as forças internacionais, com 541 mortos.

FONTE: Le Figaro – AFP / COLABOROU: Justin Cause

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