60 anos da Mostra de Armamento dos Cruzadores Barroso e Tamandaré
O Cruzador Barroso (C 11), ex-Almirante Barroso, ex-USS Philadelphia (CL 41), foi o quarto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, Barão do Amazonas.
O Cruzador Tamandaré (C 12), ex-Almirante Tamandaré, ex-USS St. Louis (CL 49), foi o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, Patrono da Marinha.
O Barroso foi construído pelo estaleiro Philadelphia Navy Yard, na Philadelphia e o Tamandaré pelo estaleiro Newport News Shipbuilding & Drydock Co., em Bremerton, Washington.
Ambos foram transferidos sob os Termos da Lei de Assistência Mútua, sendo submetidos a Mostra de Armamento em 29 de janeiro de 1951.
O Barroso foi incorporado em 21 de agosto de 1951, em cerimônia presidida pelo Dr. Maurício Nabuco, Embaixador do Brasil em Washington e contou ainda com a presença do Contra-Almirante Gérson de Macedo Soares, presidente da Comissão de Recebimento dos Cruzadores e representantes do Departamento de Estado e da Marinha dos EUA.
Em 6 de fevereiro de 1952 foi a vez doTamandaré, também realizada na Base Naval da Philadelphia.
Assumiram o comando do Barroso e do Tamandaré, respectivamente, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Raul Reis Gonçalves de Sousa e o Capitão-de-Mar-e-Guerra Paulo Bosísio .
NOTA do EDITOR: Conheça mais sobre a história dos dois Cruzadores, acessando o site Navios de Guerra Basileiros.
Excelente lembranca Wiltgen…apenas faço um pequeno reparo.
O USS Saint Louis foi construido em Newport News, Virginia e não em
Bremerton Washington.
abs
Tive um amigo (já falecido) que estava a bordo do Tamandaré, quando houve aquela consufão em 11 de novembro de 1955, devido a eleição de Juscelino Kubitschek e João Goulart no mês anterior. O General Lott conduziu uma quartelada (não há nome melhor para descrever aquilo), provocando a fuga do Presidente Dr. Carlos Luz, vários Ministros, oficiais do Exercito e parlamentares para o Tamandaré. Todos subiram a bordo apressados e assustados. Era para terem embarcado no Barroso, pois este era a nau capitânea, mas o navio estava em reparos na casa de máquinas, então sobrou a missão para o Tamandaré.… Read more »
Observador em 30 de janeiro de 2011 às 1:39 O General Lott conduziu uma quartelada (não há nome melhor para descrever aquilo), provocando a fuga do Presidente Dr. Carlos Luz, vários Ministros, oficiais do Exercito e parlamentares para o Tamandaré. Todos subiram a bordo apressados e assustados. O General Lott deu um golpe preventivo (um golpe para evitar um golpe) garantindo assim a posse dos que foram democraticamente eleitos, ou seja, garantiu a legalidade. Não fosse a atitude deste grande militar, não teríamos o mandato do Presidente Juscelino Kubitschek, porque o tal do Carlos Luz era da direita safada do… Read more »
Caro Guppy: Os acontecimentos históricos foram apenas o pano de fundo para que eu contasse a experiência pessoal do meu amigo, pois achei interessante passar o testemunho de um marinheiro que estava em um navio de guerra brasileiro sob ataque. Creio que foi uma experiência rara. Sobre os acontecimentos de 1955, foi exatamente pelo contexto da época que eu disse que o General Lott “conduziu uma quartelada (não há nome melhor para descrever aquilo)”. O General Lott podia ter a melhor das intenções, mas o fato é que o Carlos Luz era o presidente. Preventivo ou não, golpe é sempre… Read more »
Já que o Observador citou Pearl Harbor, o USS Saint Louis foi um personagem importante naquele dia e qualquer relato sobre o ataque fica incompleto sem ele. Tres meses antes ele havia iniciado uma manutenção que no dia do ataque ainda não havia sido terminada. Mesmo assim, os tripulantes que encontravam-se a bordo não perderam tempo nem esperararam por ordens e pelo menos 3 avioes japoneses foram abatidos. Em seguida, com um jovem timoneiro com menos de 20 anos, o Saint Louis que encontrava-se no Naval Yard ao lado do USS Honolulu, manobrou em direção a saida de Pearl Harbor,… Read more »
Caro Observador
Peço desculpas pelas minhas palavras. É que este golpe foi o único que continuo gostando, pelo seu significado.
Quanto à experiência do seu amigo, que sufoco ele passou hem?
Caro Daltonl
Belo enriquecimento como sempre. Você não imagina como eu aprendo lendo os seus comentários.
Abraços aos dois.
Caro Guppy: Não há problema algum. À época dos fatos, as nossas instituições eram muito, mas muito mais frágeis do que são hoje (e, mesmo agora, não são uma maravilha), permitindo que um presidente pudesse planejar um auto-golpe, como Carlos luz fez, apenas por considerar que o presidente e o vice eleitos tinham uma queda pelo comunismo. Talvez eu também tenha me expressado mal. O General Lott tomou uma medida extrema e ilegal em face do atos do presidente, igualmente ilegais. E ainda bem que o fez, ou hoje provavelmente não teríamos Brasília, não teríamos colonizado o interior do Brasil… Read more »
Caro Observador, Beleza. Já quanto aos Cruzadores em si (Barroso-C11 e Tamandaré-C12) os alcancei na ativa e eram realmente impressionantes principalmente quando atracados a contrabordo de algum Contratorpedeiro porque a comparação era inevitável tanto quanto às dimensões quanto ao poder de fogo. Dizia-se que se fossem afundados na boca da Baía de Guanabara, esta ficaria bloqueda à entrada de qualquer submarino submerso e essa era a razão para ficarem tanto tempo atracados no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro após a baixa do serviço ativo. Não sei se esse boato da época tinha sentido. Também acho que já vi… Read more »
Caro Guppy… é sempre bom saber de tais boatos, mesmo que não façam muito sentido, pois ao impedir um submarino de entrar, impediria nossos próprios navios de sair. O que aconteceu é o mesmo que normalmente acontece com todo navio que irá ser vendido para desmantelamento… aguardam um acordo mais favorável e isso pode demorar Realmente o Tamandaré ficou uns 5 anos atracado após seu descomissionamento e tentei por duas vezes, ainda no fim dos anos 70 quando garoto, visita-lo, nem que fosse um passeio rapido pelo convés principal, mas negaram-me permissão ambas as vezes e tive que contentar-me em… Read more »
Beleza Daltonl. Obrigado mais uma vez pelos esclarecimentos.
Um abração.
Orgulho.
Meu pai serviu no cruzador barroso.
Turma EAMPE 1960.
Estive embarcado no Cruzador Tamandaré, um belo e elegante navio de guerra. Que saudades do meu navio!
Tive a grata satisfação de trabalhar em alguns reparos estruturais dessas duas belonaves no A.M.R.J. Muito triste ver esses navios serem descomissionados. Mas o tempo passa para tudo.