Submarino nuclear brasileiro é chamado de ‘baleia branca’ pelos EUA
José Meirelles Passos
O governo americano acha que a insistência do Brasil em produzir um submarino nuclear tem menos a ver com a proteção das plataformas de petróleo pré-sal, como argumentou oficialmente o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e mais com o fato de que os cinco países que hoje têm assento permanente no Conselho de Segurança da ONU possuem tal equipamento. Ao mencionar o assunto, os americanos caçoam dessa pretensão.
“Essa baleia branca do Brasil pode, no final das contas, encalhar nos recifes de desafios técnicos e excesso de custos”, diz um telegrama. E completa: “Na verdade, um submarino nuclear não melhoraria a segurança do Brasil, mas serviria como um duvidoso impulso para o machismo nacional”.
FONTE: O Globo
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Baleias brancas ou Belugas são caçadores altamente letais e com certeza seria um nome bem adequado ao nosso submarino nuclear não fosse um animal que não se encontra em nosso litoral e que precisa subir à superficíe para respirar.
Desde já agradeço a sugestão.
Quanto a “sugestão” de tão garboso nome partir do “governo americano” tenho dúvidas.
Não creio que todo telegrama exposto pelo Wikeleaks, de sabe-se lá qual escalão, representa a política ou o pensamento oficial do governo americano.
O “baleia-branca” aqui deve ser um contra-ponto ao trem-bala, o grande “elefante-branco” do fim da administração Lula e início da administração Dila.
Animal por animal, prefiro tubarão-branco, tem no litoral brasileiro, é um peixe e não um mamífero marinho e é comunmente associado a letaliadade dos submarinos.
Também não acredito que o tal telegrama expressa o pensamento oficial do governo americano mas convenhamos, por todo seu pioneirismo em tantas áreas e o Brasil, que levou 14 anos para concluir uma corveta, 15 para escolher um caça e ainda não escolheu e o fiasco da participação no laboratório espacial etc., tem autoridade para falar em “encalhar nos recifes de desafios técnicos e excesso de custos” …..
Bosco…
concordo com o Mauricio: o “baleia branca” foi uma alusão ao “elefante branco”, e independente de ser ou não o pensamento oficial americano,
foi muito criativo.
Falando em outra “baleia branca” me ocorre outro submarino, o agora russo, Dimitry Donskoy.
abs
O Canadá operou por anos 3 cascos “Oberon”, qndo esses submarinos estavam p/ dar baixa, o DND ventilou a intenção em adquirir submarinos nucleares.
Um “Não vai, não!” veio direto e reto da US Navy, nem do Pentágono foi.
E dito e feito, os canadenses operam hoje, os ex-“Upholder” britânicos.
Isso aí foi o embaixador americano no Brasil que disse, em um telegrama aos EUA. Postei sobre isso no Blog do Vader: http://vaderbrasil.blogspot.com/2010/12/embaixador-americano-chama-submarino.html Pra quem interessar, meu comentário à época: “Olha só, esse sim é um debate interessantíssimo, que acho que passou despercebido de muitos de nós. Irei me ater mais ao tópico do submarino nuclear e da END, pois sobre o resto todos já estão cansados de conhecer nossa opinião: a total paranóia que infecta como uma praga ridícula certos setores brasileiros em relação à amazônia, o petróleo da camada pré-sal, o aquífero guarani, e etc, beira a insanidade.… Read more »
Interessante chamarem o “SUB-NUC-BR” assim. A única baleia branca que me vem a mente é “Moby Dick”, do livro homonônimo de Herman Melville. Um imenso cachalote branco, cujo formato é o mesmo dos submarinos atuais; uma fera raivosa capaz de afundar um navio. No livro era um ser que causava pavor aos marinheiros, os quais lhe atribuíam poderes sobrenaturais, tais como a ubiquidade (capacidade de estar em dois ou mais lugares ao mesmo tempo). Tal capacidade lembra a de um submarino nuclear. Talvez seja mesmo um bom nome para um submarino. Lembram do símbolo da FEB na Segunda Guerra Mundial?… Read more »
” Nenhum país, seja potência militar ou não, irá ousar atacar o Brasil, sua plataforma continental, ou suas rotas comerciais, sabendo que a qualquer momento pode surgir um submarino nuclear, do nada, e mandar seus preciosos navios (um PA Classe Nimitz, por exemplo?) pro fundo do mar.” Vader… tomei a liberdade de reproduzir o trecho acima do seu comentário, e o que penso é o seguinte: Durante a Guerra Fria, os NAes americanos percorriam o mundo todo apesar da imensa frota de submarinos sovietica, ou seja, o risco da guerra ficar “quente” havia e nem por isso a US Navy… Read more »
Caro Observador…
a expressão “baleia branca” foi um trocadilho proposital com a expressão “elefante branco” que sendo um animal considerado sagrado na Ásia, não era colocado para trabalhar e assim quem o recebesse como presente tornava-se um castigo pelo alto custo de mante-lo.
Quanto a “ubiquidade”, mesmo um submarino nuclear pode cobrir apenas 60 kms em uma hora e isso a velocidade máxima, supondo que seja 33 nós, porém a velocidade tática é a normalmente utilizada o que significa ainda menos kms cobertos em uma hora, por exemplo.
abs
tal qual o capt Ahab e os mobe deque da vida, tudo ficção ….
la para 2.456 Dc talves saia
Quanto a cobra fumar, realmente ela fumou … e ….. (cri cri … cri cri ….)
“pode, no final das contas, encalhar nos recifes de desafios técnicos e excesso de custos”
Na falta de lucidez aqui dentro, temos que contar com o que vem de fora, sem paixões ou emoções.
Daltonl: Sim, eu entendi que o americano que redigiu o telegrama comparou a nossa “baleia” a um elefante branco. Apenas quis mostrar que o apelido foi infeliz (para eles). A baleia branca – pelo menos no livro – era uma fera a ser temida e respeitada. Sobre a questão da ubiquidade, não quis dizer que o submarino nuclear pode se mover rapidamente. Quis dizer que, como seu alcance é verdadeiramente global, pode estar em qualquer oceano/mar do mundo, em lugares tão distantes entre si a ponto de parecer haver duas embarcações diferentes. Sobre a “cobra fumar” quis parecer otimista, só… Read more »
Guilherme Poggio disse:
14 de fevereiro de 2011 às 14:56
Vendo estes Cable leaks, se forem reais é claro.
Os gringos tem uma visão interessante do Brasil e sem a ideologia dos esquerduxos de que eles querem f…. o nosso país, só pelo prazer de ferrar.
Quanto tem que ser flexível são e quando o nosso país tem posições dúbias eles são inflexíveis e desconfiados.
É uma visão interessante até para nós termos de grandes parceiros nacionais.
Caro Observador…
falando em “Moby Dick” fica aqui uma sugestão à vc, se ainda não conhece e a quem mais possa interessar.
O livro ” In the heart of the sea” já traduzido e disponivel no Brasil como “No coração do mar” é a narração de um ataque real de um cachalote a um navio baleeiro americano que resultou no afundamento do mesmo e serviu de inspiração à Melville.
O afundamento do navio e o posterior drama dos sobreviventes torna a leitura do livro cativante à cada página.
abs