Encomenda russa de navios da classe Mistral encalhou no preço

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Segundo notícia divulgada pelo site Forecast International na última quinta-feira, 3 de março, os governos da Rússia e da França estão vivendo um impasse quanto ao preço dos navios classe Mistral. É esperado que a Rússia encomende da França dois navios da classe, numa parceria que levaria à construção de mais dois na Rússia.

Apesar de terem chegado a um acordo em janeiro de 2010, o detalhamento dos custos finais do contrato e seus prazos ainda está por ser assinado. As negociações pararam por causa do preço.

Enquanto a Rússia deseja pagar 980 milhões de euros pelos dois navios da classe Mistral, a França insiste num valor de pelo menos 1,15 bilhão de euros. E, de acordo com o Ministro da Defesa Russo Vladimir Popovkin, o contrato envolvendo todos os quatro navios deveria chegar, no máximo, a 1,5 bilhão de euros.

O problema torna-se mais complicado porque o Comandante da Marinha Russa, Vice Almirante Nikolai Borisov, assinou um protocolo com a França em dezembro de 2010, o qual estabelecia o preço do contrato em 1,15 bilhão de euros. Mas Borisov não estaria, supostamente, autorizado a assinar o documento, e o fez sem consultar a Rosoboronexport (agência russa encarregada de programas de exportação de material de defesa) e o Serviço Federal para Cooperação Tecno-Militar. Ainda assim, a França quer que a Rússia se responsabilize pelo documento.

Esse valor de 1,15 bilhão de euros inclui a construção dos primeiros dois navios, por 980 milhões de euros, acrescida de 131 milhões de euros por custos logísticos não identificados e 39 milhões de euros em custos de treinamento. Porém, a Rússia quer que o preço também inclua o custo das licenças de construção do segundo par e os custos das publicações teécnicas. A França insiste que esses itens custariam 90 milhões de euros adicionais. Espera-se que a França emita uma proposta final em 15 de março.

FONTE: Forecast International (tradução, adaptação e edição: Poder Naval)

FOTOS: Marinha do Brasil – NT Gastão Motta, da MB, transferindo óleo combustível para o navio de projeção e comando (BPC – Batiment de Projection et de commandement) Mistral, da Marine Nationale, durante a Operação de Resgate aos desaparecidos do voo AF 447, em 2009.

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