Ex-tripulantes do HMS ‘Conqueror’ e do ARA ‘General Belgrano’ se encontraram
Reportagem especial do jornal The Guardian publicada no ano 2000, cobriu o encontro de ex-tripulantes do submarino nuclear britânico HMS Conqueror, do cruzador General Belgrano e do contratorpedeiro Hipolito Bouchard (classe Allen M. Sumner).
O comandante do Hipolito Bouchard confirma que seu contratorpedeiro foi atingido pelo terceiro torpedo disparado pelo Conqueror, e que o torpedo explodiu, mas não por impacto direto, por isso o navio sobreviveu, mas com avarias.
O comandante do Bouchard disse também que os contratorpedeiros argentinos fugiram após o ataque e que não lançaram cargas de profundidade tentando contra-atacar o submarino. Segundo ele, o sonar do seu navio funcionava, mas era muito velho.
Outro dado interessante passado pelo comandante argentino é que os contratorpedeiros que escoltavam o Belgrano estavam armados com mísseis Exocet MM38, mas que os mísseis do cruzador eram falsos, esculpidos em madeira!
NOTA DO PODER NAVAL: post publicado na primeira versão do Blog Naval, em 30 de outubro de 2007.
SAIBA MAIS: segundo várias fontes, o cruzador argentino ARA General Belgrano foi atingido por torpedos quando navegava escoltado por dois contratorpedeiros, o ARA Piedra Buena (D29) e o ARA Hipolito Bouchard (D26).
Um detalhe importante é que o submarino nuclear também estava equipado com os mesmos Tigerfish Mk.24 usados pela Marinha do Brasil até pouco tempo atrás, mas o comandante inglês preferiu usar os velhos e confiáveis Mk.8, do que os modernos, porém problemáticos, Mk.24. Ele teve que se arriscar, porque os disparos foram feitos à “queima roupa”, à distância de apenas 1.380 jardas!
Paradoxalmente, os argentinos dispararam naquele conflito modernos torpedos SUT alemães guiados a fio, mas nenhum acertou os navios britânicos.
Por conta desses fatos, especialistas são da opinião de que a MB adote também torpedos de tiro reto ao mesmo tempo em que recebe os novos Mk.48 americanos, porque em caso de conflito, não podemos depender só de torpedos guiados a fio, que são praticamente “caixas-pretas”, que não dominamos.
LEIA TAMBÉM:
“…especialistas são da opinião de que a MB adote também torpedos de tiro reto ao mesmo tempo em que recebe os novos Mk.48 americanos,…”
Sobrou algo, que não esteja em museu, da antiga fábrica de torpedos da MB???
E tb, sobrou algum Tigerfish que pudesse através da prática chinesa,
nos permitir fabricar um torpedo assim mais moderno que o Mk-8???
Crime de guerra britânico. Aquele cruzador não era ameaça e aqueles rapazes não precisavam ter morrido.
Aquela junta militar argentina é a outra grande culpada….
Essa foto de um Sumner com os lançadores de MM38 entre as chaminés eu sempre gostei. Mas, no fim das contas, a presença desses lançadores nos navios serviu mesmo para que a força-tarefa fosse levada a sério pelos britânicos, valendo o ataque do Conqueror. E, com o Conqueror por perto, o que fez falta foi não terem um sonar moderno. Não terem torpedos ASW (ao menos não vejo nenhum dos típicos lançadores triplos instalados – nos nossos Sumners, eles ficavam bem ali onde estão os MM38 do Bouchard). E também um helicóptero pronto para decolar, um Wasp da vida (que… Read more »
Prezado Wagner, atacar uma embarcação militar de combate, quando em guerra declarada, não é crime de guerra.
Informe-se melhor antes de apontar o dedo a quem quer que seja:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_de_guerra
Prezado Wagner, por favor informe-se melhor no artigo sobre o afundamento do cruzador General Belgrano:
http://www.naval.com.br/blog/2010/07/19/o-afundamento-do-cruzador-ara-general-belgrano-nas-malvinas/
E também aqui, nesse episódio, que mostra como um navio de superfície armado com mísseis pode ser ameaça a um porta-aviões:
http://www.naval.com.br/blog/2010/09/04/davi-e-golias-2/
Wagner, por favor, faça a lição de casa. Navio é de guerra é para a GUERRA, se está na chuva é para se molhar. 🙂
Wagner, do jeito que você escreve dá impressão que o General Belgrano era um navio-hospital e não um cruzador!?!?
Se tem alguém culpado foi a junta militar argentina na desastrada campanha.
Nunão…
o MK-32 está logo ali , entre os “exocet” e a baleeira !
abs
Wagner…
então o afundamento do Yamato a caminho de Okinawa foi um crime também ?
O próprio comandante do Belgrano admitiu que o afundamento foi correto por parte dos britanicos.
abs
Verdade, Dalton, parece ser ele sim, coberto com lona. Não sei como não vi, pois havia notado o lançador de Hedgehog também coberto com lona da mesma cor.
O espaço lá ficou bem “muvucado”, não?
Valeu!
PS – de qualquer forma, com sonar meia boca, não serve pra nada…