Jornalista denuncia dificuldades financeiras da MB
Cláudio Humberto
Marinha: pindaíba deixa navios fora de operação
As dificuldades financeiras e orçamentárias da Marinha, agravadas com os cortes de R$ 4,3 bilhões no Ministério da Defesa, ordenados pela presidenta Dilma, mantêm paralisados, por problemas de manutenção, o navio de desembarque Ceará, as corvetas Inhaúma e Júlio de Noronha e o navio-tanque Marajó. Há também o caso do porta-aviões São Paulo, que, parado há três anos, foi ao mar em testes duas vezes, mas teve de retornar: havia vazamentos por todos os lados.
Fora de combate
Também estão parados, sem previsão de voltar ao mar, os navios de desembarque Mattoso Maia e Rio de Janeiro e a fragata Defensora.
Marinheiro sofre
A tripulação da fragata Constituição se viu obrigada a retornar, no meio de uma operação, com a engrenagem redutora do navio quebrada.
Intocáveis
A Marinha concentra esforços (e recursos) nas obras do estaleiro e da base de submarinos, a cargo da empreiteira Odebrecht. Humm…
Já a tropa…
O ministro da Defesa proibiu as folgas semanais (“licença-fome”) na Marinha para economizar alimentação da tropa, energia e combustível.
Marinha responde: ESCLARECIMENTO AO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO
Senhor jornalista,
Em relação às notas da coluna do jornalista Cláudio Humberto, publicadas no Jornal de Brasília, hoje (27), a Marinha do Brasil esclarece que os seus navios possuem um ciclo de vida operativa, que varia de acordo com as características do meio. Após um período determinado de atividade, os navios têm que ser paralisados para manutenções de rotina, de modo a
que sejam restabelecidas as suas condições de eficiência, o que possibilitará o retorno às operações.
Esse é o caso do Navio de Desembarque-Doca “CEARÁ”, que se encontra em Período de Manutenção Geral (PMG) com término previsto para 2012, e das Corvetas “INHAÚMA” e “JÚLIO DE NORONHA”, ambas com término previsto do
PMG para o segundo semestre do corrente ano. O Navio-Tanque “MARAJÓ”, particularmente, se encontra em período de “revitalização”, com término previsto para o segundo semestre de 2011.
O Navio-Aeródromo “SÃO PAULO”, além do período de manutenção planejada previsto no seu ciclo operativo, realizou modernização de alguns dos seus principais sistemas, cumprindo, no momento, testes no cais e no mar, com previsão de retorno às operações ainda em 2011.
O Navio de Desembarque de Carros de Combate “MATTOSO MAIA” e a Fragata “DEFENSORA” estão iniciando os seus respectivos períodos de manutenção.
A avaria ocorrida na Fragata “CONSTITUIÇÃO”, que participava da operação UNITAS LII, está sendo analisada e medidas tempestivas estão sendo tomadas de modo a efetuar o reparo necessário.
Atenciosamente,
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
FONTE: Jornal de Brasília/CCSM
Problemas:
diversos cascos que tem função semelhante e/ou são da mesma classe, indisponíveis p/ o serviço ativo ao mesmo tempo.
no caso do NDCC “Matoso Maia”, filho único de mão solteira.
a nota da MB não fala do NDD “Rio de Janeiro”, não seria o caso de aguardar o retorno do outro NDD, p/ este iniciar seu PGM???
Além dos trampos da Oderbrechet, seguem intocáveis ou quase, os trampos do acervo de museu aeroespacial, de nossa aviação naval.
Mauricio, dificilmente o NDD Rio de Janeiro fará PMG. Ele deverá dar baixa em breve.
Já que não existe percepção de ameaças ao Brasil, a Marinha prefere manter os investimentos de longo prazo dos submarinos e sacrificar a operacionalidade atual.
Os NDD provavelmente serão substituídos por LSD mais novos ofertados pela USN. A Marinha poderia ter feito como o Peru, que comprou dois NDCC da classe do Mattoso por um bom preço.
Galante…
estes LSDs mais novos a serem ofertados pela US Navy são os USSs
Harpers Ferry e Carter Hall que teriam sido “oferecidos” com 4 Arleighs
Burkes, conforme postado aqui no blog mes passado ?
Como vc tem contactos na MB, há realmente possibilidade de tal acordo,
digo, desejo da US Navy de livrar-se deles, já que são relativamente novos e sem substitutos a médio prazo e condições financeiras para nós adquiri-los ?
abs
Dalton, soube que teve gente da MB recentemente nos EUA avaliando alguns navios. Segundo minhas fontes, houve essa oferta da US Navy e ela pode se concretizar, dependendo das condições de transferência.
Galante… Segundo sua fonte essa avaliação de “alguns navios” se circunscreveu apenas a navios de apoio ou as escoltas, como citado pelo Dalton fazendo referência a post do PN ?
Ozawa, foi dito algo apenas sobre navios de apoio, por enquanto.
Padilha,
Ainda bem, grato pela informação.
Mesmo c/ os diversos problemas apresentados pelos LPD’s classe “San Antonio”, a US Navy nos liberaria cascos LSD-41???
Ou faremos companhia á Índia, operando LPD’s da classe “Austin”???
O mais logico Mauricio seria irmos de classe Austin mesmo, pois além dos problemas com os “San Antonios” está havendo uma demora maior na entrega dos mesmos e os LSDs estão sendo modernizados já que não há nenhum substituto para eles no horizonte. Mas como nem nem sempre o lógico é o correto a se fazer, a US Navy pode reduzir ainda mais o numero de navios “anfibios”…é esperar para ver. Quanto aos “San Antonios” é justamente o primeiro da classe que tem dado mais dor de cabeça, os demais estão se saindo melhor e tendo suas falhas corrigidas mais… Read more »
Um pequeno off topic… …mas nem tanto: Cortes nas forças armadas dos Países Baixos: (http://www.informationdissemination.net/2011/05/cutting-dutch-armed-forces.html) Um AOR relativamente novo e moderno, pode dar as caras no mercado de usados, mas há um outro interessado: “Anyone thinking that HNLMS Amsterdam would be kept when the JSS would be ready was delirious.” “HNLMS Amsterdam was commissioned in 1995 so has plenty of life left. Canada is looking at the Spanish Patino class as a possible replacement for their aging Protecteur class, they might be interested, since the ships are sisters. They were the result of a cooperation between Spanish BAZAN and Dutch… Read more »