Crise no sudeste asiático: China não recorrerá ao uso da força
China informou nesta terça-feira que não irá recorrer ao uso da força no Mar da China Meridional, após seus vizinhos expressarem preocupação sobre a sua postura marítima mais assertiva.
“Nós não vamos recorrer ao uso da força ou a ameaça de força”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Hong Lei a repórteres.
“Esperamos que outros países relevantes façam mais pela paz e pela estabilidade na região”, disse Hong.
O Vietnã na segunda-feira deu início a a exercícos com munição real após conforntações recentes no mar com a China, reacendendo uma antiga disputa sobre a soberania de dois arquipélagos potencialmente ricos em petróleo – o Paracels e Spratly.
Hong insistiu que a culpa pelo incidente coube ao Vietnã, por ter provocado um confronto entre navios de vigilância chineses e um navio de pesquisa vietnamita.
“Alguns países tomaram medidas unilaterais para prejudicar a soberania da China e os seus direitos e interesses marítimos, e lançaram observações infundadas e irresponsáveis com a tentativa de expandir e complicar a questão dos Mar do Sul da China”, Hong disse, em uma referência velada a Hanói. “Este é o lugar onde está o problema.”
Ele disse que a China estava disposta a realizar negociações diretas com as outras nações envolvidas em disputas territoriais no Mar da China Meridional, no âmbito de um código de conduta acordado em 2002.
As tensões também aumentaram este ano entre a China e as Filipinas, outro pretendente ao arquipélago Spratly, que na segunda-feira disse que a partir de agora chamará o Mar da China Meridional de “West Philippine Sea”.
Taiwan no fim de semana reiterou a sua alegação sobre Spratly, e disse que barcos com mísseis e carros de combate poderiam ser enviados ao território disputado.
Brunei e Malásia também reivindicam na área.
FONTE/FOTO/IMAGEM: Rigzone/MSA-China/AFP