Por onde anda o N/T ‘João Cândido’?
Apontado há um ano como marco da recuperação naval brasileira, o petroleiro João Candido, lançado ao mar na presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da, à época, pré-candidata petista Dilma Rousseff, jamais deixou o cais do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no litoral de Pernambuco.
Fracassou a previsão do EAS e da Petrobrás Transporte S.A. (Transpetro) de que a partir de agosto do ano passado o João Candido estaria pronto para realizar viagens de longo curso. Desde a solenidade de lançamento ao mar, em 7 de maio de 2010, a embarcação passa por reparos.
Não há ainda uma data para a entrada em operação do petroleiro, o primeiro dos 22 encomendados ao EAS pela Transpetro. Em nota, o estaleiro limitou-se a informar que o início do emprego naval da embarcação deverá ocorrer no próximo semestre.
Além de criar tensão na Petrobrás e na Transpetro, que cobram a entrega do primeiro navio da encomenda, o atraso gerou uma crise sem precedentes no estaleiro, cuja construção foi simultânea ao do João Candido.
Controlado pelas empreiteiras nacionais Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, pela PJMR Empreendimento e pela sul-coreana Samsung Heavy Industries, o EAS demitiu neste ano a maior parte dos executivos responsáveis pela construção do petroleiro. Perderam o emprego o presidente Ângelo Alberto Bellelis ; o diretor industrial, Reiqui Abe, e seu adjunto, Domingos Edral; e o diretor de Planejamento, Wanderley Marques.
Na indústria naval, entre o lançamento ao mar e a entrada em operação de um navio, passam-se, em média, três meses, período de realização de testes. Tanto que o EAS anunciou no lançamento que em agosto de 2010 o navio estaria apto a navegar.
O lançamento do navio foi uma festa única na cidade-sede do estaleiro, Ipojuca (PE). Lula e a ex-ministra Dilma abraçaram operários, distribuíram autógrafos, posaram para fotografias – atividade comum naquela pré-campanha presidencial. A embarcação foi batizada em homenagem ao célebre marinheiro João Candido (1880-1969), líder da Revolta da Chibata, em que liderou, em 1910, cerca de 2.000 marinheiros negros rebelados contra os maus-tratos a que eram submetidos pelos comandantes da Marinha.
“Novo Ciclo”
Em discurso na cerimônia, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, anunciou que o João Candido abria um “novo ciclo” para a indústria naval brasileira. Afinal, a última encomenda da Petrobrás a um estaleiro do Brasil para a construção de um navio daquele porte ocorrera em 1987. E o navio só foi entregue dez anos depois.
Especialistas e profissionais da indústria naval e da Marinha Mercante creditam o atraso na entrega à construção simultânea do navio e do estaleiro. Apontam ainda a precariedade da mão de obra local como um dos fatores determinantes para o não cumprimento dos prazos.
Embora defenda o empreendimento e sustente que a embarcação estará apta a navegar em poucos meses, o presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar), Severino Almeida, afirma que já eram esperados problemas.
“Não houve surpresas. Muita coisa no navio foi feita de forma adaptada ao crescimento do estaleiro. Houve falta de equipamentos no estaleiro para a montagem do navio. Isso seguramente ocorreu. Como houve a decisão de iniciar a construção do navio concomitantemente à construção do estaleiro, ficou claro, para quem conhece o setor, que haveria problemas”, disse Almeida.
Um dos equipamentos a que o presidente do Sindmar se referiu são os guindastes do tipo goliath. Os dois primeiros só chegaram, desmontados, em julho de 2009, um ano de atraso, conforme revelou, antes de ser demitido, o presidente Bellelis. Os goliaths têm 100 m de altura, vão de 164 metros e capacidade para içar 1.500 toneladas. O navio começou a ser construído sem o auxílio vital dessas máquinas.
A questão da mão de obra foi abordada por um experiente projetista naval, que pediu para não ter o nome identificado. O especialista disse que um atraso tão grande não é comum. Na Coreia do Sul, dois meses costumam separar o lançamento ao mar do início da operação.
O operário sul-coreano é extremamente bem treinado. Apesar de dizer que o brasileiro também recebe bom treinamento, o projetista argumenta que nosso profissional não tem grande experiência, especialmente em Pernambuco, Estado sem tradição na indústria. A experiência dele no setor indica que, para tornar-se eficiente e rápido, um operário naval precisa de quatro ou cinco anos de serviços ininterruptos, o que não ocorre no Brasil.
FONTE: O Estado de S. Paulo
Cade o JC ? Alguem se lembra que me chamaram de besta qdo falei do estaleiro que nem existia e o navio “ja tava prono” , alguem se lembra do que me falaram, e ai mané, cumé qui fica …. nuinca antes na historia destye pais enrolaram tantos “sapiencias Navalis” (KKKKKKKKKKK) e detalhe, muitos desses sapiencias AFIRMAM um tal de Nae Amazonas (A 16) (pq 16 ???), cade o 13, o 14, o 15 … e que TEMOS tecnologia para rojetar e construir um … (é deve ser no Acre SB e DD, Rio Branco/AC – 4a dimenção) Tai a… Read more »
Caro MO:
Que nomes foram escolhidos, hein? O primeiro, um economista que defendia a forte intervenção do estado na economia; o outro um historiador. Ambos homens “das esquerdas”.
Não faria mais sentido homenagear empreendedores brasileiros que construíram embarcações ou portos?
Não faria mais sentido navios batizados de “Carl Hoepcke ” ou “Henrique Lage” ou “Visconde de Mauá”?
MO, você que é tão “assuntado” na marinha mercante, sabe dizer se hoje existe algum navio navegando com estes nomes?
Creio que mais nenhum com algum nome afim, alias salvo engano/confusão de cabeça, acho que nenhum (de nenhm mesmo) com nome de pessoa (nem os da Transpetro a excessão desta turma ai)
Salvo os pequenos )não utilizados nem em longo curso e enm em cabotagem, apeas regionais), que navegam em rios, os maiorzinhos com nome de gente é por exemplo o Germano Becker. ,as navega basicamente Rio Grande x Porto Alegre x Interior do Rio Guaiba
Ele já serviu para oque foi criado, Dilma-LÁ…….e o povo …..Syphú….
Caro MO:
Obrigado pela informação.
Por aí se vê como a turma que manda no país age. Homenageiam os seus heróis, deixando de lado quem realmente fez algo de relevante pela atividade.
Não desmerecendo os homenageados, mas que ligação tinham com o mar? Que contribuição deram à indústria Naval Brasileira?
Garanto que se perguntar qualquer nome dos que eu citei, a turma no poder vai dizer: QUEM?
O único destes que eu sei que cedeu seu nome a um navio foi o Henrique Lage, em um cargueiro de 10.500 toneladas lançado ao mar em 1962.
Verdade Observador
teve o Barão de Mauá. um VLCC da Petrobras, mas é o tal negocio a Mercante é apenas um pouco mais criativa do que o padrao MB (que consegue ate repetir os mesmos nome e indcativos), mas mesmo na mercante a criatividade nao vai muito longe não …
Construir um navio em um estaleiro que ainda não estava pronto, mã-de-obra despreparada, sem instrução.
Onde está a novidade?
Brasil, continua o país do “jeitinho” ……
Caro Antônio M:
Tem jeitinho até na escolha do nome do navio, imagine no resto…
Pior que capacidade o nosso povo tem.
A nossa indústria naval já construiu navios do porte dos graneleiros Docefjord e Tijuca, dois gigantes de 305.000 t, com 332 m de comprimento, que foram, na ocasião, recorde mundial de navios de sua classe.
Nosso problema é a falta de continuidade. Em tudo.
er … observador numas né .. o projeto era Japones, mais uma vez, montados aqui …. e fica a pergunta, pq apenas os dois, ningem mais se interessou em construir outros por aqui ….
Isso sem contar com as varias classes de um navio e meio (força de expressão) e “premiações ” recebidas por navios de “projeto distinto”, como os 4 ro/ro-lo/lo do Caneco (Intrepido/Independente/DG Columbia e DG Atlantis, de 1992, que dos 4, tres estão encostados parados e um scrapeado antes de conclusão)
Caro MO:
O que você fala e a notícia acima só provam que esta retomada da nossa indústria naval é pura balela petista.
Nem projeto dos outros conseguimos mais montar. Fica tudo parado e depois é o abandono.
Como falei, falta continuidade.
“DG Columbia”, bem usado, o DG Atlantis nem consegui pesquisar:
(http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=2&ved=0CCcQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.shipspotting.com%2Fgallery%2Fphoto.php%3Flid%3D1050452&rct=j&q=DG%20Columbia&ei=1WwFTv7mLofc0QHuvpXSCw&usg=AFQjCNHbxOHZKfpBME38IkgoXfo8sXJ1tw&cad=rja)
O VLCC “Barão de Mauá” virou a FPSO P-54.
O Tlantis foi pro saco ainda na construção, foi abandonado e deve ter sido totalmente desmanchado ja ( o pouco que foi construido) O Columbia eu tendi ele como agente em outubro de 1994 (CLC Jorge Garcia Terra – CMT) o “deal point’ desta classe é que foi amplamente noticiado a época que eles tinham recebido premios do Royan Institute of Architects da Engleterra, entre outros e como em 18 anos dos 4, tres parados e um nem concluido o Columbia (assim como oIntrepido e Independente eram horriveis de se caminhar no seu cnves e as guarnições falaram que operando… Read more »
Pois é meus nobres colegas experts navias, eu também fui vitima do “hezbolah pertista naval” quando disse que a contrução de NAE de 60.000 tons no Brasil para a MB era digno de piada, mas um grande oficial da ativa aciduo frequentador de um determinado forum(que depois dos últimos cortes no orçamento anda meio sumido, me disseram que foi para a escola naval, talvez aprender novamente e para falar asneiras)me bombardeou junto com experts ploticos no assunto.
Bem, o exemplo deste navio mercante mostra que parece que nós todos tínhamos razão, infelizmente….
grande abraço
Aparentemente o Mauá lança hoje o 3o classe Celso Furtado, alguem saberia o nome do casco 203 ?
Será Jilberto Jiu ? (Apos o Celso Furtado e o Chico Buarque de Holanda …)