Visitando um ‘Tango’
Texto e fotos de Franz Neeracher
Aproveitando que estava em Hamburgo, decidi ir visitar o museu com um submarino russo da classe “Tango”. Para variar chovia sem parar e só em andar da estação de metrô mais próxima até o submarino foi suficiente para ficar completamente encharcado.
Pensei até em deixar prá lá; mas para não deixar um certo leitor do Blog triste, fui assim mesmo.
O museu fica a beira do rio Elbe onde saem os barcos que levam turistas para conhecer o gigantesco porto. A entrada custa 9 Euros, mas pagando 13 Euros vai junto um guia; resolví pagar os 13 Euros.
O guia era um russo veterano no serviço em submarinos; ele havia servido em submarinos da classe “Foxtrot”; valeu pagar pela entrada mais cara!
Só foram construídos aproximadamente uns 20 exemplares desta classe.
Interessante que pintaram “U-434” na vela; o porquê ninguém soube me responder, o indicativo dele na antiga URSS era B-515.
Este exemplar serviu de 1976 até 2002; ou seja não se pode dizer que era tão velho assim.
Já tive a oportunidade de visitar vários submarinos antes; desde americanos e alemães da II Guerra Mundial até um “Los Angeles”, passando por “Oberons” entre outros; mas juro que nunca ví um tão apertado apesar desse “Tango” ter 90 metros de comprimento.
Tenho 185cm de altura; e não achei um lugar sequer que eu pudesse ficar em pé sem bater a cabeça em algum lugar.
E certos detalhes totalmente sem lógica; por exemplo, a central de comando é separada da sala de comunicações por uma parede assim como a sala do sonar; a comunicação entre esses departamentos e a central era feita através de tubos metálicos instalados nas paredes; ou seja, quem tinha algo a dizer berrava dentro dos tubos e o sujeito do outro lado colava as orelhas nos tubos.
Claro que também havia o telefone interno; mas de acordo com o guia, ele não era lá muito confiável; além do barulho interno ser altíssimo.
A altura média dos tripulantes era de 172cm; também pudera, na sala de máquinas houve-se o tempo todo uma fita reproduzindo o barulho das máquinas. Um barulho infernal; e ainda tinha uns infelizes que dormiam alí mesmo, a temperatura atingia facilmente 40°c.
De acordo com o guia; o melhor para dormir e trabalhar era na proa; realmente existe um pouco mais de espaço, pouco barulho e menos quente.
Fica a dica para quem for a Hamburg; mais informações do museu:
http://www.u-434.de/