Marinha prevê investimentos de R$ 1,6 bi com o ‘pré-sal’
A Marinha do Brasil prevê investimentos de pelo menos R$ 1,6 bilhão, além do aumento de 33,3% no contingente de profissionais que vão atuar na patrulha das regiões próximas às bacias de petróleo, principalmente a de Santos. O número nacional de marinheiros passará de 60 mil para 80 mil em até cinco anos. Com isso, a quantidade de oficiais da região poderá ser ampliada.
O anúncio foi feito no domingo (10), durante visita do comandante da Marinha, o almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, ao veleiro Cisne Branco, que fica atracado até hoje (11) no Porto de Santos.
Os investimentos da Marinha são classificados pelo comandante como uma preparação do país após as descobertas de petróleo. “A preocupação que nós temos é de estar junto ao pré-sal nos diversos locais onde haverá os campos”, declarou.
Para proteger as descobertas de petróleo na camada pré-sal em solo brasileiro, a Marinha conta com a construção de 27 navios-patrulha. Seis deles já estão sendo construídos e serão entregues em dois anos.
“A Marinha está se preparando, aumentando o número de navios para fazer a patrulha naval nas proximidades dos campos de petróleo, principalmente os campos da bacia do pré-sal”, destacou o comandante da Força Armada.
Sobre a quantidade de embarcações que vão atender à Bacia de Santos, o comandante prefere não avaliar números. “O que importa não é quantos vão atuar: é que haverá sempre um navio (junto à Bacia de Santos) por conta da sua importância para o cenário nacional”.
A tendência prevista é que a Bacia de Santos supere a Bacia de Campos, a principal do País em volume de produção. Apenas no mês de abril, a produção de barris de óleo equivalente (boe/d), a soma de óleo mais gás, superou a barreira de 100 mil por dia. A expectativa é de grande crescimento deste número.
Cada navio-patrulha custará ao País R$ 80 milhões. Até o final do ano, a Marinha pretende iniciar a construção de outras seis embarcações. Além delas, a fabricação de outros 13 navios está programada. Serão os chamados navios de superfície.
De acordo com o comandante, a Marinha espera o aval do Governo para encomendar mais 12 fragatas, sendo seis médias e seis de grande porte, e um barco de apoio logístico. Todos darão a retaguarda necessária para a atuação de quatro submarinos de propulsão convencional e um de propulsão nuclear.
Com a intenção de incentivar a indústria nacional e de garantir a independência tecnológica da Nação, a Marinha optou por fabricar todos os barcos no Brasil. “A opção de construir esses navios aqui é a melhor porque produz empregos, faz com que os nossos estaleiros tenham serviço e possam ocupar mais gente”.
Visita a Santos
O comandante da Marinha classificou sua vinda a Santos como uma visita, e não como uma inspeção à sede da Capitania dos Portos de São Paulo. A intenção era conhecer o andamento das obras e as reformulações que foram feitas nas instalações. Segundo ele, a chegada do veleiro foi uma boa oportunidade para retornar à Cidade. “Essa é primeira vez que eu venho ao Cisne Branco no Porto de Santos, apesar de já ter vindo muitas vezes a este porto”, declarou.
Além da visita ao veleiro, que é considerado um dos destaques da Marinha Brasileira, o encontro com a sociedade local é importante para estreitar os laços com o Município. “É uma ótima oportunidade de ver de perto as necessidades de investimentos da região”.
O prefeito de Santos, João Paulo Papa, participou do evento e presenteou o chefe da Força Armada com uma réplica de um bonde, semelhante aos que fazem a linha turística no Centro de Santos.
FONTE: A Tribuna, via TN Petróleo
Algo mudou no planejamento do PEAMB, no que se refere aos escoltas. O CM fala agora em seis fragatas “médias”(até 4 mil t?) e em seis fragatas “de grande porte”(acima de 6 mil t?). Teremos um mix no total pretendido de 30 navios de escolta até a década de 2030? Eu sempre achei que não seria possível (ou seria muito caro 30 escoltas, sendo todas de grande porte, que seria razoável esperar um mix de navios grandes com navios menores.
Nautilus…
uma fragata “leve” desloca umas 2000 toneladas,o que faz da corveta
Barroso, uma fragata “leve” também.
Posso estar enganado, mas, será que as fragatas “leves” mencionadas, não seriam os NaPaOcs de 1800 toneladas ?
abs
Dado o AF447 e o acidente da BP no Golfo do México, seriam prudentes investimentos na atualização e expansão das capacidades de busca e salvamento e na contenção de desastres não-naturais.
Assim, chega de se construir classe “Macaé” e vamos construir navios adequados a atender essas necessidades, e que possam tb mostrar nossa bandeira.