Estratégia de defesa dos EUA, cortes de orçamento e o caça naval F-35B
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Para articulista do Lexington Institute, manter o projeto da versão STOVL do F-35 é economizar no longo prazo e aumentar flexibilidade operacional
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Artigo de Daniel Goure, Ph.D, publicado em 19 de julho pelo Lexington Institute, afirma que o orçamento de defesa dos EUA está sob ameaça de ser varrido por um ‘tsunami’ de reduções de dívidas e déficits, e a reação instintiva do Departamento de Defesa deverá ser tentar salvar o que for possível.
Sugestões dentro do departamento começam em evitar decisões difíceis, procurando primeiro reduzir gastos das contas de operação e manutenção. Em segundo lugar, esticar os programas de aquisição, o que traria custos totais maiores, mas com gastos menores no curto prazo. Em terceiro, reduzir reduzir o pessoal nas unidades existentes, evitando cortá-las por inteiro. E, finalmente, apenas se forem colocados contra a parede é que os militares reduzirão sua estrutura.
Mas, segundo o artigo de Goure, o problema dessa abordagem é que ela só olha para trás, considerando que as capacidades atuais serão as mais necessárias no futuro e deverão ser preservadas. Também acaba exacerbando a tendência de membros do Congresso dos EUA para preservarem sistemas que estão envelhecendo, e que os militares gostariam de desativar para economizar em manutenção e apoio. Essa abordagem falha em reconhecer que os investimentos em novas capacidades podem, isso sim, reduzir os gastos de defesa no longo prazo, e até mesmo melhorar o desempenho das forças.
O programa que normalmente está na mira de diversos planos de redução de gastos de defesa é o do F-35, notadamente na sua versão F-35B, de decolagem curta e pouso vertical (STOVL). A abordagem de visão curta falha em reconhecer a flexibilidade operacional que o Departamento de Defesa vai ganhar com o F-35B. A operação de Harriers dos EUA e da Itália sobre a Líbia é uma clara demonstração do valor de aeronaves STOVL.
O F-35B poderá operar dos convoos dos navios anfíbios dos EUA, o que duplica o número de navios nos quais os Estados Unidos podem utilizar aviões de alto desempenho. Uma força tarefa naval composta de navios de desembarque anfíbio com seus F-35, além de destróieres e cruzadores equipados com AEGIS e submarinos com mísseis de cruzeiro poderiam eliminar a próxima ameaça do tipo da Líbia praticamente sozinhos.
Uma combinação de navios-aeródromos grandes, de propulsão nuclear, e navios de desembarque anfíbio capazes de empregar o F-35B poderiam se contrapor às atuais ameaças de média intensidade e, ao mesmo tempo, prover dissuasão para as possíveis ameaças futuras de alta intenside. Será difícil para o Departamento de Defesa responder aos desafios que os EUA deverão enfrentar no futuro, de forma efetiva, apenas com seus grandes navios-aeródromo de propulsão nuclear (CVN). Além disso, a operação nos CVN é bastante cara. Adquirir o F-35B faz sentido tanto para atender à flexibilidade operacional quanto a redução de custos.
FONTE: Lexington Institute (tradução, adaptação e edição: Poder Naval)
FOTOS: jsf.mil e Marinha dos EUA (USN)
Com o F-35B os Marines pretendiam ter sua aviação tática totalmente V/STOL, se projetando a partir de seus navios de desembarque, infelizmente os problemas nos quais o desenvolvimento dessa versão incorreu, podem afetar esses planos.
Pra mim o cancelamento do F-35 B seria um caso de “lesa humanidade”, tão ou mais grave que o cancelamento do X-33 que levaria ao Venture Star, substituindo hoje os Space Shuttles.
O F-35 B Lightning II é um sistema de armas que, como poucos, possue uma enorme flexibilidade e funciona como multiplicador de forças. Em janeiro passado em um debate na Trilogia arguementei que a questão principal acerca desta versão era: Existe demanda para um caça furtivo STOVL? Minha resposta continua sendo SIM. Os argumentos continuam os mesmos, que repito a seguir, tanto para seu emprego operacional sobre a terra como sobre o mar. Em TERRA A grande vulnerabilidade dos aviões de combate é a dependência das longas pistas de pouso, alvos prioritários em qualquer guerra aérea. Países como Rússia e… Read more »
Quando digo que o cancelamento do F-35B é uma questão de lesa humanidade me refiro a que já está passando da hora da tecnologia VTOL estar mais generalizada no meio civil. A tecnologia de vetoramento de empuxo usada no Harrier nunca teve potencial civil , apesar de alguns projetos insólitos, mas o sistema usado no F-35B tem. O cancelamento do mesmo irá adiar ainda mais o acesso à tecnologia VTOL para aeronaves convencionais e corre-se o risco de ficarmos em um beco sem saída tecnológico como já aconteceu no passado recente em relação tanto à essa mesma tecnologia quanto à… Read more »
Não haverá cancelamento do F-35B, a mais formidável máquina de guerra do futuro.
O que pode ocorrer é ele “sumir” para reaparecer daqui há alguns anos…