‘Charles de Gaulle’ deixará costa da Líbia
Porta-aviões francês receberá manutenção de rotina
A França anunciou hoje (quinta-feira) a retirada do seu porta-aviões Charles de Gaulle das operações da OTAN na Líbia, forçado a regressar ao seu porto de origem para a manutenção, mas afirma que não fracassará no seu esforço de guerra.
O Charles de Gaulle, com 2.000 pessoas a bordo, “permanecerá na Líbia, pelo menos até 10 de Agosto. Os marinheiros devem regressar a Toulon antes de 15 de Agosto”, declarou o ministro francês da Defesa, Gérard Longuet, numa entrevista ao jornal regional Var-Matin publicada hoje (quinta-feira).
Trata-se do maior navio de guerra a participar em operações militares na Líbia. Possui a bordo aviões – bombardeiros Rafale e Super – Etendard, bem como aeronaves de vigilância aérea Hawkeye.
“Após quatro meses de missao no Oceano Índico, o porta-aviões ficou apenas um mês em Toulon neste Inverno, antes de partir para Líbia a 20 de Março. Não temos necessidade de usar os homens e o material”, explicou Gérard Longuet.
“Regressará com o grupo aéreo a bordo e estará imobilizado durante vários meses para permitir a sua actualização técnica e a reposição da tripulação antes de um eventual reforço operacional”, precisa no seu site internet o ministério francês da Defesa.
Maior navio de guerra europeu, o Charles de Gaulle é o único porta-aviões da Marinha francesa e não pode ser substituído por um navio do mesmo tipo.
No entanto, assegurou Gérard Longuet, “vamos manter o esforço de França, que garante um quarto dos voos e um terço dos ataques” contra o regime de Muammar Kadhafi.
“A rendição será garantida pela Força Aérea”, acrescentou, precisando que seis aviões Rafale seriam enviados inicialmente à base aérea italiana de Sigonella, na Sicília, onde o ministro esteve na semana passada. Estes aparelhos juntar-se-ão aos cinco aviões do mesmo tipo já presentes nesta base.
A França enviou também aviões de combate Mirage 2000 à base Sul de Creta e um porta -helicópteros Mistral ao largo da Líbia.
“Estamos em condições de reenviar os nossos meios para assegurar até ao fim a missão confiada pela OTAN. Kadhafi não deve contar com nenhuma trégua”, sublinhou o ministro.
A decisão francesa de repatriar o Charles de Gaulle ocorre após a retirada das operações líbias do porta-aviões italiano Garibaldi e o fim da participação da Noruega nos ataques aéreos da OTAN. Os últimos quatro caças F-16 noruegueses tiveram as suas últimas saídas no passado fim-de-semana.
FONTE: Angola press
NOTA DO EDITOR: quem tem um, não tem nenhum