A plataforma P-35, um navio localizado no Campo de Marim, na Bacia de Campos, teve a produção paralisada na noite de ontem (06/10), por determinação da Marinha do Brasil.

O órgão fiscalizador da Marinha não renovou a licença de operação da embarcação, expirada no último dia 30, em razão de não ter sido solucionada uma pendência de manutenção no gerador de emergência, que está sem funcionar há quase um ano.
O Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) foi informado por trabalhadores da unidade de que a plataforma tem utilizado um gerador reserva alugado, que não tem acionamento automático como o de emergência.

A P-35 é a plataforma onde 22 trabalhadores foram intoxicados por monóxido de carbono (CO) em 26 de setembro passado.

Com 194 petroleiros a bordo, a Petrobrás manteve, na época, a produção de petróleo na unidade, de 60 mil barris/dia, com a utilização de máscaras de gás para os trabalhadores.

Para a próxima terça-feira, dia 11, está previsto um embarque de órgãos fiscalizadores na plataforma. Os fiscais vão avaliar o pedido de interdição da unidade feito pelo sindicato junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo), MPT (Ministério Público do Trabalho), SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego) e Marinha.

Segundo o coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, “para manter a produção, a Petrobras tem exposto trabalhadores a riscos criminosos”.

De acordo com a FUP (Federação Única dos Petroleiros), 309 petroleiros morreram em acidentes de trabalho no Sistema Petrobras desde 1995. Em 2011 já chega a 15 o número de mortos.

FONTE/FOTO: Sindipetro NF/Rogerio Cordeiro

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