Navantia e Lockheed Martin apresentam proposta para o Prosuper

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As empresas Navantia (da Espanha) e a Lockheed Martin (dos EUA) fizeram no dia 8 de novembro uma apresentação da sua proposta ao Programa Prosuper da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro-RJ.

O Prosuper (Programa de Obtenção de Meios de Superfície) engloba os seguintes itens:

  • 5 Navios Escolta
  • 5 Navios de Patrulha Oceânica
  • 1 Navio de Apoio Logístico
  • Desenvolver no país plena capacidade industrial em tecnologia naval

A Navantia oferece à Marinha do Brasil a fragata Aegis F-100, baseada nos navios da Armada Espanhola, com modficações que atendam às especificações brasileiras. A Navantia também construiu 5 navios baseados nesta classe para a Noruega e está desenvolvendo três para a Austrália.

Estão sendo oferecidos também os navios-patrulha oceânicos com base no Avante 1400 – BVL, construído para a Marinha da Venezuela (4 unidades).

Ainda dentro do pacote os espanhóis ofertaram o Navio de Apoio Logístico, baseado no BAC Cantabria, construído para a Armada Espanhola.
Na proposta espanhola, 10 navios serão construídos no Brasil, por estaleiros locais, ainda a serem definidos. A primeira fragata seria construída na Espanha, para fins de transferência de tecnologia inicial, com uma importante participação de estaleiros brasileiros (Grupo Residente) desde o início.

A transferência de tecnologia proposta consistirá no fornecimento de documentos pertinentes, know-how e suporte, assistência técnica aos estaleiros para realizar com sucesso a construção, testes e ensaios dos navios.

Segundo a Navantia, em poucos anos os Estaleiros locais terão adquirido tecnologia de ponta na construção naval militar, proporcionando novas oportunidades de mercado doméstico e internacional.

Com a transferência de tecnologia, a Navantia diz que a Marinha do Brasil será capaz de manter os navios, fazer modificações e implementar upgrades, que exigirão a plena participação da indústria local.

No parte dos sistemas dos navios, destacou sua experiência no desenvolvimento de “expertise in-house” com a colaboração da Lockheed Martin americana. A LM em conjunto com a Navantia está conduzindo um processo para adequar e melhorar a capacidade existente da indústria brasileira para o PROSUPER.

A Navantia o desenvolvimento do Evolved SICONTA para integrar os novos armamentos, sensores, navegação e comunicações.

Foi dado destaque ao máximo abastecimento local, que visa a aquisição de materiais no Brasil, equipamentos e serviços para o Programa.

As tarefas, equipamentos e serviços a serem fornecidos pela indústria brasileira devem ser competitivos tanto em preço e qualidade, bem como deverão cumprir as especificações de projeto.

Dentro de cada área de comprar, a Navantia está criando um banco de dados de empresas brasileiras para o Prosuper,  realizando uma pesquisa para identificar quais empresas estão adequadas para participar do Programa.

É intenção da Navantia colocar a indústria local numa posição privilegiada frente aos concorrentes internacionais e promover uma relação de longo prazo, que irá além do Prosuper e abrirá uma ampla gama de oportunidades para fornecimento de equipamentos e materiais para negócios futuros com a Armada Espanhola e outras Marinhas.

Uma das metas a serem alcançadas com a incorporação de equipamentos brasileiros tanto quanto possível é a de garantir o máximo apoio para a manutenção dos navios para a MB durante seu ciclo de vida de 30 anos.

A Navantia espera assim que Brasil alcance a auto-suficiência e a capacidade de desenvolver seus próprios programas.

Foi apresentada uma lista gigantesca de itens que podem ser produzidos pela indústria local, para os três tipos de navios do Prosuper.

A estimativa aproximada de materiais nacionais para o Programa Prosuper (11 navios) é a seguinte:

  • Aço: 12.500 toneladas
  • Tubulação: 60.200 unidades
  • Isolamento: 56.000 m quadrados
  • Cabos elétricos: 1.238.000 m
  • Equipamentos: 1.850 unidades

A Lockheed Martin, por sua vez, destacou o gigantismo da companhia e do sistema Aegis, empregado em mais de 100 navios de guerra de 6 países. Foi destacada a capacidade de detecção e de engajamento do Aegis, que cobre desde a defesa contra mísseis balísticos, defesa de área até a defesa de ponto.

Foi salientada a maturidade do sistema, que vem sendo aperfeiçoado constantemente há 40 anos e que pode empregar mísseis Standard SM-2, SM-3, SM-6, ESSM, TLAM e VLA.

A LM apresentou as oportunidades de produção local de componentes do Aegis, que poderão incluir os consoles do Aegis, componentes da antena e do sistema VLS Mk41. A LM também disse que pode licenciar o projeto do console Next Generation Workstation para o Brasil.

A Lockheed Martin destacou o sucesso do trabalho efetuado na modernização dos submarinos classe “Tupi”, que estão recebendo um novo sistema de combate produzido pela companhia.

Durante a apresentação, a LM reproduziu num slide o post do site Poder Naval que noticiou o lançamento bem sucedido de torpedo Mk48 empregando seu sistema de combate AN/BYG 501 MOD 1D.

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FCGV

Ou seja, os radares nao estao incluso no pacote de transferenciade tecnologia?

masadi45

No que se refere ao sistema AEGIS , ele estaria compatível em interegação à qualquer outro MAA? Acho que isso é o que mais pesa na proposta , é um sistema extremamente complexo e, caro. Li em umapublicação , que este sistema estaria paresentando problema de aquecimento na parte das antenas. Não sei se condiz com a realidade.
Mas seria ótimo tê-los e, absorver alguma tecnologia deste sistema.

Luiz Padilha

Será que a Navantia e a LM perderiam seu tempo, vindo ao Brasil para isso se não tivessem o que oferecer à MB no quesito em questão?
Pelo que conversei com eles, sim, teremos o que quisermos.
Apesar de alguns duvidarem. Alias, a MB parece que não se preocupou com a idoneidade deles, caso contrário, os sistemas novos da classe Tupi/Tikuna não seriam da Raytheon/LM.
É para pensar, nâo?

Mauricio R.

OFF TOPIC…

…mas nem tanto!!!

Parabéns pelos 50 anos, do comissionamento do USS “Big E”!!!

(http://defensetech.org/2011/11/09/dt-photo-tribute-50-years-of-the-uss-enterprise/)