De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), mais 500 profissionais estão sendo desligados da empresa desde a quinta-feira

Depois de demitir cerca de 750 trabalhadores nos últimos dois meses, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) está cortando mais trabalhadores esta semana. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), mais 500 profissionais estão sendo desligados da empresa desde a quinta-feira (10). Os funcionários temem novas demissões e indicam que trabalhadores de fora do Estado estão sendo admitidos pelo estaleiro com salários mais elevados. Em nota de esclarecimento, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) afirma que os desligamentos ocorrem devido “à finalização das obras do navio petroleiro João Cândido e do casco da plataforma P-55″, que devem ser entregues em dezembro, mas a empresa não se pronunciou sobre o número de demissões nem quantos profissionais são admitidos em média.

Segundo o representante do Sindmetal-PE, Ezequiel dos Santos, pernambucanos estão sendo substituídos por trabalhadores do Rio de Janeiro e da Bahia. “Soubemos que o estaleiro tem a meta de demitir cerca de 4 mil pessoas para substituir por profissionais de fora com salários maiores em até três vezes. Pelos nossos cálculos, cerca de 1.200 trabalhadores já foram demitidos, sendo cerca de 85% de pernambucanos”.

No último dia 15 de setembro houve conflito de trabalhadores grevistas do EAS com a Polícia Militar no Complexo Industrial Portuário de Suape. Uma semana depois, 350 pessoas foram demitidas. No início deste mês, o motivo dos novos cortes não foi informado pela empresa aos trabalhadores. Mas as demissões ocorreram da mesma forma.

O Estaleiro Atlântico Sul está com atraso nas suas encomendas. O navio João Cândido deveria ter sido entregue em setembro. Na última data adiada, o EAS explicou em nota à imprensa que o acabamento do navio teve atrasos “provocados por um movimento grevista conduzido por um grupo minoritário de funcionários, à revelia da campanha salarial da categoria dos metalúrgicos e do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindimetal-PE)”. A plataforma P-55 deveria ter sido entregue em junho passado. O Atlântico Sul tem a maior carteira de encomendas do País, estimada em US$ 8,1 bilhões. Para a Transpetro, são 22 navios, além das encomendas diretas da Petrobras: o casco da P-55 e sete navios-sonda.

FONTE: Jornal do Commercio (PE)

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José da Silva

Isso daí é o resultado de beleza que esta saindo o João Candido.

E ainda tem gente que vem com esse papinho que o Brasil tem condições de construir hoje um porta-aviões ou mesmo um outro navio de guerra no estado da arte em nossos estaleiros.

Nem com os coreanos dando chibatada no pessoal o navio saiu direito.

Isso é bom pro povo parar de ficar engolindo propaganda e fazer um pouco de esforço para juntar os pontos e entender as coisas.

juarezmartinez

O recado é curto e grosso: A mão de obra local é desqualificada, existem excessos de reclamatórias trabalhistas indevidas e excesso de faltas….resultado : todos nós conhecemos,por isto a Hyundai, na Coreia consegue colocar na carreira um navio a cada 13 dias em média
lá em Pernambuco, talvez um a cada a 13 anos, é o Brasil e seus “dereitos adequeridos”.

Grande abraço

MO

quem foi que me ponderou la tras sobre a “Capcidade Brasileira de construção naval” e mais especificamente sobre o JC Isso porque eles nem mencional o EAS 02, o tal do Zumbi do Resident Evil ops Palmares … Na foto do post deveriam falar assim “Oia que bonitinho ne, construção navau de primeira né .. mas não levanta o tapete e nem olha atras do sofá …” Deviam olhar tudo, mercado, necessidade, custo, tempo mao de obra, interesse real e bla bla bla .. mas tudo eh macaquisse aqui, ta certo “obra de banana, serviço de macaco” E assim vai… Read more »

Mauricio R.

É e depois o Agnelli, ex-Vale, era o diabo encarnado pq encomendou a construção de navios p/ a mineradora, na China PRC…

José da Silva

Mauricio a Vale também fez m2#!@#. Não por ter encomendado fora mas porque se meteu na operação dos navios em si e pelo exagero no tamanho e quantidade de navios construidos para ela e fretados (mandados construir também) a terceiros. Agora viu que o buraco é mais e já circulam nos boletins de brokers boatos e comentarios sobre o interesse dela em achar alquem que fique com os navios. Assim ela vende os navios e freta de volta o que muitas vezes é melhor. Detalhe um dos armadores que esta fazendo “doce” e a COSCO chinesa que com certeza esta… Read more »

paulofvj

Notícia surpreendente no final.
Começa com o previsivel justificativa que está demitindo pq o trabalho está terminando e vai para um inusitado recontratar pelo triplo do salário para não ter atraso.

MO

diria diferente contratar funçao especifica ganhando 600 mango e com 15 dias de ispessializassaum da nisso, aplicando-se tbma aquela turma do ‘temos tecnologia para consruirmos isso ou aquilo ouseja nem montar um projeto coreense conseguios … (Se bem que por imposiçao de força de macaquisse governamental…. construir navios nao eh para amadores ainda mais de 1a vgm … quanto a vale, os maiores VLOC do mundo correndo o risco de virarem bibelot, isso se nao forem quase dados vendidos e afretados com o frete la em cima por jogada chinelica cantaram de galo com os maiores vloc do mundo e… Read more »

Guilherme Poggio

Por que será que eu não me surpreendo com essa notícia?

E depois tem gente que reclama que tem muito estrangeiro trabalhando nos rebocadores a serviço da Patrobras. Será que não dá para contratar esses demitidos no lugar dos estrangeiros?

Falta de qualificação dá nisso. Nosso problema vem de base (base escolar).

André

Este é o navio (João Cândido) que o galhofeiro usou criminosamente na campanha eleitoral do ano passado. O navio voltou a ser docado porque está com sérios problemas de construção, embora lançado ao mar com pompa e circunstância pelo ex-grande timoneiro da nação. Como usou e abusou, demagogicamente, de usar mão de obra local, que não tinha qualquer experiência prévia no assunto, deu no que deu. Agora, estão demitindo os de lá e admitindo profissionais com experiência.

masadi45

Peços aos amigos do blog que ajudem a divulgar a notícia, pois a quase não há notícias sobre isso na mídia Especialista: derrame de óleo pode ser 10 vezes maior O site de observação de imagens de satélite Skytruth acaba de publicar uma imagem e uma avaliação sobre a mancha causada pelo vazamento de petróleo do poço da Chevron no Campo de Frade, ao largo do Rio de Janeiro. E a conclusão do geógrafo John Amos, um ativista ambiental que mantém o site há dez anos é de que: “A imagem de satélite MODIS / Aqua da NASA, acima, foi… Read more »

Mauricio R.

Mas e a contingência, p/ cuidar desse vazamento???