José da Silva

Depois de ter sido entregue ao setor operativo em cerimônia realizada na cidade em abril de 2001, que contou, inclusive, com a presença do então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o NAe São Paulo visitou o porto santista em mais duas ocasiões, a primeira em março e a terceira em setembro de 2002, durante a operação TEMPEREX 02, que inclusive contou com a participação de aeronaves S-2 Tracker da Aviação Naval Argentina, embarcadas em nosso novo navio-aeródromo.

Depois do acidente ocorrido em maio de 2005, logo no inicio de outra comissão durante a qual o navio tinha programada outra visita a Santos, permaneceu durante um longo período em reparos que se avolumaram e foram prolongados pela nossa tradicional falta de recursos financeiros, quando não técnicos. Durante os últimos meses o NAe realizou algumas saídas curtas ao largo do Rio de Janeiro e há cerca de dois meses uma saída um pouco mais longa onde, assim como na atual comissão, foram realizadas operações para a Qualificação e Requalificação de Pilotos de Aeronaves de Asas Rotativas em operações embarcadas.

A equipe do Poder Naval já havia sido informada sobre a realização da atual comissão, ficando apenas a definir em qual semana de novembro seria realizada. Na mídia santista a informação sobre a vinda do navio foi veiculada no final de semana passado, o que provocou grande expectativa.

Apesar do desencontro nas informações que inicialmente davam como prevista a chegada do navio hoje, dia 18 às 16h00, quando queriam dizer, na verdade, hora programada para atracação, o que são coisas diferentes, tudo ocorreu bem. O navio confirmou entrada para as 13h00, mas como normalmente acontece com navios da MB, ocorreu um “pequeno” atraso, entrando por volta das 14h30.

Já no final da manhã era grande o movimento de aeronaves Esquilo sobrevoando a cidade e realizando vários pousos e decolagens do heliponto do 6º BPM/I no bairro da Ponta da Praia, onde provavelmente também foi embarcada a equipe de práticos encarregada de orientar a manobra de atracação, que no caso desse tipo de navio, com o passadiço instalado na “ilha” deslocada para boreste e a pista em ângulo, tem muitos cantos cegos, necessitando de mais de um profissional desse tipo.

O São Paulo chamou a atenção de muitas pessoas que transitavam pela avenida da praia que pararam para ver sua entrada e foi recebido na entrada da barra pelos rebocadores “Smit Tupi”, “Smit Ticuna”, “Smit Tora” e “Smit Tuxa” da empresa SMIT-REBRAS, além de embarcações da Policia Naval lotadas na Capitania dos Portos de São Paulo.

A passagem do navio foi abrilhantada por uma queima de fogos realizada na Fortaleza da Barra Grande, onde também se encontrava uma faixa onde se podia ler: “NAe São Paulo – Capitania da Esquadra – Seja bem vindo à Cidade de Santos”.

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