Comandante americano visita o Brasil para amenizar polêmica sobre presença militar na região
Chefe do Comando Sul irá discutir acordos de cooperação com oficiais brasileiros
O oficial encarregado do Comando Sul (divisão do Departamento de Defesa dos EUA para operações na América do Sul, Central e Caribe), Douglas Fraser, chegou para uma visita ao Brasil neste domingo (4), em meio a polêmica sobre a reativação da missão marítima dos EUA na região. O comandante vai se reunir até a quinta-feira (8) com militares brasileiros para discutir acordos de cooperação entre os dois países.
Fraser também irá condecorar o general Juniti Saito, comandante da Força Aérea Brasileira, em Brasília, como reconhecimento ao papel do Brasil nos esforços internacionais após o terremoto que devastou o Haiti em 2010. Além disso, o general da Força Aérea americana também vai prestar homenagens, em Natal (RN), aos soldados brasileiros que participaram da 2ª Guerra Mundial. O ato marca o 70º aniversário do ataque japonês a base de Pearl Harbor, no Havaí, incidente que levou os EUA a entrarem no conflito.
A visita de Fraser desperta polêmica por causa da Quarta Frota – comando marítimo americano reativado num momento em que o Brasil se consolida como uma posição de liderança na região.
A frota marítima, desativada desde 1950, foi reacionada a partir de 2008 e gerou inquietação entre os governos sul-americanos. De acordo com o livro Dissenso de Washington, do ex-embaixador brasileiro nos EUA, Rubens Barbosa, o comando (sediado em Miami, no sul dos EUA) é responsável por “alimentar boatos de terrorismo na Tríplice Fronteira [Brasil, Argentina e Paraguai]” e “treinar militares paraguaios propondo cenários em que os ‘brasiguaios’ provocavam a partição do país vizinho”.
Sob o argumento de combater o narcotráfico na região, o Comando Sul já chegou a sugerir a “eliminação de restrições legais” para os soldados americanos na região, diz Barbosa no livro. Brasil e Argentina entraram com representações contra a reativação da Quarta Frota, enquanto o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou utilizar aviões militares para afundar navios que eventualmente invadissem as águas venezuelanas.
Reservas de pré-sal estimulam Brasil a defender suas fronteiras marítimas
Brasil e Estados Unidos têm se estranhado quanto a presença de navios americanos em parte da costa brasileira e do Atlântico Sul desde a descoberta de grandes reservas de petróleo nas regiões de pré-sal no litoral do sudeste. Recentemente, o Brasil conseguiu ampliar suas fronteiras marítimas com o apoio da ONU. O país também comprou cinco novos submarinos franceses, nove fragatas britânicas e, além disso, vem demonstrando interesse em acelerar o desenvolvimento de submarinos com tecnologia nuclear.
Em um discurso ao comando da Marinha em junho, a presidente Dilma Rousseff ressaltou que esse desenvolvimento, incluindo a aquisição do primeiro submarino do país de propulsão nuclear, representa um importante “instrumento de dissuasão”.
Como parte da Estratégia de Defesa Nacional apresentada em 2008, a Marinha ficou encarregada de desenvolver uma força para proteger as enormes reservas de petróleo do pré-sal, a bacia do Rio Amazonas e seus 7.491 quilômetros de costa. Os campos de petróleo, localizados no sudeste da costa do país podem conter mais de 100 bilhões de barris de petróleo de alta qualidade, de acordo com estimativas oficiais.
No começo de novembro, o almirante Luiz Umberto de Mendonça afirmou que cerca de R$ 208 bilhões seriam necessários em 2030 para financiar o projeto, incluindo a aquisição de 20 submarinos convencionais, seis de energia nuclear e a criação de uma segunda frota que ficará em uma base no Nordeste.
Exceto pelo primeiro submarino nuclear, que deve estar pronto por volta de 2016, todos os demais estão sendo construídos, com transferência de tecnologia francesa, na base naval de Itaguaí e em um estaleiro próximo ao Rio.
O Brasil já tem a tecnologia de enriquecimento de urânio necessária para produzir combustíveis nucleares e quer usá-la para alimentar o submarino. Entretanto, o submarino nuclear de R$ 4,74 bilhões não deve ficar pronto antes de 2025.
No ano passado, o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim causou surpresa ao descrever que qualquer presença expandida da Otan (aliança militar do Ocidente) no Atlântico Sul como inapropriada e alguns legisladores expressaram preocupação quando os Estados Unidos decidiram reativar sua Quarta Frota.
FONTE: R7
” presença de navios americanos em parte da costa brasileira e do Atlântico Sul desde a descoberta de grandes reservas de petróleo…” Que navios seriam estes ??? Em 1941, muitos meses antes do ataque a Pearl Harbor, os EUA transferiram do Pacifico para o Atlantico, vários navios, entre eles os 3 “New Mexicos” e o NAe USS Yorktown, uma clara mensagem à Alemanha. A reativação da IV Frota não viu nada semelhante, pelo contrário, os EUA mantém 60% de seus navios e submarinos no Pacifico e a tendencia é que haja até um aumento. A reativação da IV Frota foi… Read more »
O Brasil comprou 9 fragatas britânicas? Quando? nos últimos 40 anos?…
Marcelo, tem mídia achando que o PROSUPER já foi encerrado e aumentando o n° de navios… só pode!
Claro que isso deve ser discutido, posto em panos limpos etc mas, nunca li sobre indignação, convocações etc no governo brasileiro quando a Rússia utilizou bases na Venezuela para “passear” no oceano atlântico sobre área internacional mas , próximos de nossos limites marítimos com bombardeiros nucleares Tupolev 160 ……
Que matéria horrível e cheia de desinformações!
Vinicius escreveu… “não consigo achar um motivo concreto de eles manterem essa frota no Atlântico Sul, Alem do Pré-Sal, Patrulha ou busca e salvamento o próprio Brasil pode fazer…” A IV Frota não possui navios fixos. Sei que é estranho mas funciona assim: todo navio que desça o Atlantico ou Pacifico ao redor da América do Sul seja em transito, exercicios com marinhas amigas, ajuda humanitária, combate ao narcotrafico, automaticamente passa a pertencer a IV Frota. A partir do momento que este navio se desloque em direção a costa africana por exemplo, ele passa automaticamente a pertencer a VI Frota,… Read more »
O Brasil comprou sim nove fragatas da Inglaterra.
São seis Mk10 (ou classe Niterói) e três Tipo 22. O problema é que o texto não disse quando foi.
Já o submarino nuclear o autor do texto disse que o primeiro vai sair em 2016 e 2025. Na dúvida é melhor colocar as duas datas (embora na minha opinião não srá nem uma nem outra).
Sobre os submarinos convencionais construídos tanto no Rio como em Itaguaí, acho que houve uma mistura de IKL com Scorpene.
Pq a mídia fala do que ela não sabe falar em? Chamem o Dalton, Poggio, MO, GUPPY, Antonio M…. até eu não ligaria de ajudar eles nessas matérias, até sem cobrar! O que não pode é falar besteira e causar confusão na cabeça já confusa de muitos brasileiros!
Abraço!
Ricardo Cascaldi disse:
“Pq a mídia fala do que ela não sabe falar em? Chamem o Dalton, Poggio, MO, GUPPY, Antonio M….”
Quem dera, quem dera, Ricardo. Ah se eu tivesse ao menos a décima parte do conhecimento do Dalton, Poggio, MO, Antonio M, meus conterrâneos Ivan e Ricardo_Recife, o Vader, o Galante, o Nunão (este conhece cada parafuso de um F-5), o Bosco, etc,…
Abraços a todos os citados e aos não citados
Guilherme Poggio disse:
“São seis Mk10 (ou classe Niterói) e três Tipo 22”
E a Dods? Foi desativada mas entra na conta de aquisições efetuadas à Grã-Bretanha juntamente com as outras três Type 22.
A Dodsworth foi desativada faz muito tempo, mas eu li em uma revista de aviação que ela foi ‘ressuscitada’.
Guppy…
com muitas dificuldade$ visitei submarinos como o Nautilus em Groton ou o Bowfin em Pearl Harbor e com menos dificuldade$ o Riachuelo no Rio, mas, são “apenas” museus.
Voce fez parte de tripulaçoes de submarinos da ativa ! :<)
Guppy…
com muitas dificuldade$ visitei submarinos como o Nautilus em Groton ou o Bowfin em Pearl Harbor, mas, são “apenas” museus.
Voce fez parte de tripulações de submarinos de verdade ! :<)
Ok, Dalton. Ainda assim, seguramente não estou à altura de vocês. Acredite, eu aprendi mais sobre a Marinha quando fora dela, após a baixa do SAM (Serviço Ativo da Marinha). Só vim entender o trabalho de um Imediato muito tempo depois analisando filmes americanos e lembrando do que vivenciei. Quando me apresentei no S11, isso em 1977, achei que o Imediato havia sido educado, hospitaleiro comigo quando na verdade era atribuição dele, em nome do Comandante, receber um novo membro da guarnição, dar as boas vindas, etc. Só que ele (CT Roberto) fez um breve histórico do navio, etc. E… Read more »