HMS Daring vai ao Golfo
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Nesta quarta-feira começa a primeira comissão de um destróier Tipo 45 da Marinha Real Britânica, rumo ao Golfo Pérsico
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Nesta terça-feira, 10 de janeiro, a Marinha Real Britânica (RN – Royal Navy) informou que o destróier Tipo 45 HMS Daring iniciará amanhã a sua primeira comissão “pronto para tudo”. Trata-se do primeiro navio dessa classe de destróieres de defesa aérea da Marinha Real. O navio, que é baseado em Portsmouth, deixará as águas britânicas cercado de publicidade, para passar os próximos sete meses a leste de Suez patrulhando rotas marítimas e trabalhando com os aliados do Reino Unido na região do Golfo Pérsico.
Segundo a RN, a comissão ocorre onze anos após o navio ter sido encomendado, nove anos após o primeiro corte de metal para sua construção, seis anos desde que foi lançado no Clyde e três anos após seu recebimento em Portsmouth.
O HMS Daring é o primeiro de seis navios Tipo 45, que custam perto de 1 bilhão de libras cada. Quatro já foram entregues à RN, sendo que três estão prontos para missões na linha de frente. O navio vai render na região do Golfo Pérsico a fragata HMS Argyll, cumprindo tarefas que vão desde missões antipirataria e de guarda das rotas marítimas até missões conjuntas com aliados da Grã-Bretanha e de “mostrar a bandeira”.
A tripulação supera 200 integrantes por envolver também uma equipe de abordagem dos Fuzileiros Navais (Royal Marines).
O ano de 2011 foi dedicado principalmente ao treinamento e testes, incluindo o disparo de mísseis superfície-ar Sea Viper – justamente o sistema que justifica a construção do navio. Em meados do ano, o navio também foi equipado com o sistema antimíssil automático Phalanx (armamento de tubo de 20mm). Com os últimos testes, o navio foi declarado como pronto para cumprir missões.
Dadas as atuais tensões na região do Golfo, a mídia tem dado bastante destaque à partida do navio, mas a RN diz que a missão já estava planejada há mais de seis meses. Segundo o comandante (Commanding Officer) do navio, Capitão Guy Robinson, “no que se refere à Marinha, trata-se de uma comissão de rotina. Especificamente em relação à primeira missão da Daring*, obviamente isso está longe de ser rotina, pois se trata de colocar um navio dessa complexidade longe do Reino Unido por sete meses. Foi um ano de trabalho duro para deixá-la pronta. Agora é a chance de mostrar o que podemos fazer. Este navio é extremamente capaz e estã entre os melhores do mundo”.
O HMS Daring deverá passar pela “Round Tower” da parte antiga de Portsmouth por volta das 12h40 da quarta-feira dia 11, e logo depois receberá a companhia de seu helicóptero Lynx do Esquadrão Aeronaval 815, após a “Nab Tower”.
FONTE / FOTOS: Marinha Real Britânica (RN – Royal Navy)
*NOTA DO EDITOR: na transcrição da fala do comandante, foram mantidas as partes em que se faz alusão ao navio no feminino, como é de praxe na Marinha Real e outras.
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Ah bom… isso sim é um destróier… 😉
Complementando!!!
Ah bom… isso sim é uma marinha…
Abre o olho Ahmadinejad tua batata ta assando!
Complementando!!!! ²
Ah bom… isso que é política…
Podiam disparar um Sea Viper por acidente e derrubar o avião do Ahmadinejad por acidente quando este estiver voltando para casa!
🙂
Fiquei abismado foi com o valor de cada célula:” custam perto de 1 bilhão de libras cada” – Minha nossa senhora!
Realmente, MUITO caro. Masé óbvio que se é caro assim é porque tem motivos.
Aliás, alguém poderia me explicar (resumidamente) as diferenças principais para classificarmos navios militares como corvetas, fragatas e destróieres? Especialmente as diferenças entre fragatas e corvetas, pois não tenho a menor ideia do que as faz diferente. Talvez o porte?
Daglian, É um misto de porte e tradição, uma história bem complicada e que varia de lugar para lugar. Fica mais fácil, hoje, entender isso numa relação entre deslocamento (porte) e grau de complexidade quando se trata de navios de escolta. Os deslocamentos abaixo são aproximados, pois há até OPVs com deslocamento de fragata, ou fragatas com deslocamento de destróieres e por aí vai… Corvetas normalmente deslocam entre 1.500 e 2.500 toneladas, e algumas até conseguem nesse porte um bom equilíbrio entre ASuW (Guerra de superfície), ASW (antissubmarina) e AAe (antiaérea), mas normalmente acabam se especializando mais nas duas primeiras… Read more »
Muito obrigado Nunão, pelo tempo desdobrado e pelo resumo, é claro!
Não há problema quanto à contestação do seu resumo, isso já esclareceu bastante minhas dúvidas!
Sds.
Pode ser que o HMS Daring tenha o seu batismo de fogo mais breve do que se esperava. Isso vai depender do que o “Armandinho” está planejando. Os marinheiros do HMS Daring devem estar em alerta máximo.
Caro Nunão,
Muito legal o resumo que você fez para o Daglian. Certamente é instrutivo para muitos que frequentam este Blog, inclusive eu.
Abraços
Eu nunca entendi o porque do nome “contratorpedeiro”. Realmente, não faz sentido algum atualmente.