Fragata brasileira amplia combate ao contrabando de armas no Líbano
Brasília, 26/01/2012 — A incorporação da fragata F-45 União, enviada em 6 de outubro de 2011 pela Marinha do Brasil, ampliou a capacidade operacional da Força-Tarefa Marítima (FTM) que integra a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil). O total de navios encaminhados para inspeção subiu 94,86% desde a chegada do navio brasileiro ao teatro de operações.
As principais missões da fragata União são evitar o contrabando de armas e oferecer condições de treinamento para a Marinha do Líbano.
Segundo o procedimento adotado pela ONU, cabe à FTM detectar e interrogar os navios que se aproximam da costa libanesa. As embarcações suspeitas são acompanhadas até um porto para serem examinadas pela força naval daquele país.
A chegada do navio brasileiro também permitiu a ampliação do número de cascos em operação diária, que saltou de 2,5 para 3,7. Por seu maior porte, a União, capitânia da força, pode permanecer em operação mesmo em condições adversas de tempo e de mar, normais durante o inverno no Mediterrâneo Oriental, que obrigam os navios menores a buscar abrigo.
Graças aos sensores da fragata brasileira, o número de detecções de violações ao espaço aéreo libanês também aumentou. O navio está equipado com uma aeronave AH-11A Super Lynx, um Grupo de Mergulhadores de Combate (GruMeC) e um Destacamento de Fuzileiros Navais.
Participam da MTF nove navios cedidos por seis países – Alemanha, Bangladesh, Brasil, Grécia, Indonésia e Turquia. Desde o início de suas operações, em 15 de outubro de 2006, a MTF abordou cerca de 36 mil navios. Desse total, 900 embarcações suspeitas foram encaminhadas às autoridades libanesas para investigações ou inspeções mais detalhadas.
Cerimônia de incorporação
Em reconhecimento à participação brasileira, a capa da edição de dezembro da revista Litani, publicada pela própria Unifil, traz uma imagem da fragata F-45 União, com sua tripulação formada no convés. O registro foi realizado durante a cerimônia de incorporação da unidade à Força-Tarefa Marítima, realizada no porto de Beirute em 14 de novembro último.
Presidido pelo comandante da FTM, contra-almirante Luiz Henrique Caroli, o evento contou com a presença do embaixador do Brasil em Beirute, Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura, acompanhado de diplomatas e funcionários da Embaixada do Brasil.
A Litani é uma publicação mensal de fotos e pequenos artigos que tem como propósito divulgar as atividades e eventos realizados pelos contingentes dos 35 países que compõem os destacamentos terrestre e marítimo da Unifil. O rio Litani, localizado junto à fronteira com Israel, deu nome à revista, editada para o público interno da missão.
Modificações
Antes de partir, a fragata recebeu algumas modificações para se adequar às novas funções. Para comandar a força-tarefa, ela recebeu dois sistemas de comunicação de dados, um operando na Banda X e outro na Banda Ku, e dois sistemas de comunicação por satélite.
Uma lancha inflável de casco rígido substituiu a baleeira de bombordo, para permitir a abordagem de navios suspeitos.
Quatro metralhadoras de calibre 12,7 mm foram distribuídas nos bordos para complementar o armamento da fragata, formado por um canhão de 4,5 polegadas, dois canhões antiaéreos de 40 mm, mísseis antinavio e antiaéreos.
Arma não-letal
Nas asas do passadiço foi instalado, em cada bordo, um tripé fixo para sustentar um sistema LRAD (Long Range Acoustic Device – Aparelho Acustico de Longo Alcance). Esta é uma arma não-letal constituída de autofalante direcional de grande potência.
O sistema pode ser usado de duas maneiras distintas: para mandar mensagens audíveis para pessoas localizadas até 3 mil metros de distância e que, por alguma razão, não respondam aos contatos por rádio; ou para causar desconforto por meio de fortes ondas sonoras dirigidas a tripulantes de embarcações que se aproximem da União sem autorização.
Ministério da Defesa
Assessoria de Comunicação Social
Ponderadas as hipérboles, os ufanismos próprios da propaganda oficial…, em qualquer nação num caso semelhante frise-se, mas no nosso caso em particular, por evidente, jamais saberemos oficialmente quantas embarcações foram canibalizadas para que uma “União” pudesse desempenhar tal missão… A despeito disso: BZ União !
Estes são os bravos militares brasileiros fazendo o impossível com os recursos que lhes são fornecidos para executar com presteza sua missão!
Bravo Zulu União!
É isso aí Ozawa. No mais, as dificuldades encontradas pela Marinha para enviar e manter a Fragata lá, podem ser bem utilizadas pelo CM para provar ao GF das reais necessidades de se reequipar urgentemente a Marinha.
Abraços