Canhões de ‘Fletcher’ às margens do Tamanduateí
Em pleno centro de São Paulo, surge em meio às árvores do Parque D. Pedro II os contornos de uma torreta de canhão de cinco polegadas. Seria um velho contratorpedeiro da Marinha do Brasil, que emergiu do fundo do mar depois de ser afundado como alvo e deu um jeito de chegar ao poluído rio Tamanduateí?
Não, a cena não é tão dramática assim, mas vale a visita do mesmo jeito. Trata-se de dois exemplares de reparos de canhões que equipavam os saudosos contratorpedeiros classe “Fletcher” (ou classe “P”, também conhecida como os “bico fino”) de origem norte-americana que a Marinha operou a partir do final da década de 1950. Um reparo singelo de canhão de 5 polegadas dupla função (127 mm, de emprego antisuperfície e antiaéreo) faz companhia a um reparo quádruplo antiaéreo de 40mm no pátio externo do espaço cultural “Catavento”, que ocupa o prédio do antigo “Palácio das Indústrias”, construído nos anos 1920 (e que já abrigou a prefeitura de São Paulo, antes do Catavento, inaugurado em 2009). A torre do edifício é vista ao fundo, na foto abaixo.
Retiradas de unidades desativadas da classe (seis dos sete “Fletchers” da MB usavam ambos os tipos de reparos, a exceção foi o “Pernambuco“, que tinha canhões antiaéreos de 76mm), as peças ficaram muito tempo no acervo do “Museu de Tecnologia de S. Paulo”, no Butantã, onde a visita era mais complicada do que o local onde estão hoje. Mas agora estão bem fáceis de se ver, assim como outras atrações interessantes para crianças, adolescentes e mesmo entusiastas. Saiba mais sobre outras atrações do local em matéria do Poder Aéreo, clicando aqui.
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