Governo chinês alega problemas de segurança com embarcações que podem carregar até 400 mil toneladas de minério de ferro, encomendados pela Vale

A China proibiu que navios com capacidade acima de 300 mil toneladas, como os que a Vale mandou construir, atraquem em seus portos.

O governo chinês alega problemas de segurança com as gigantescas embarcações – a Vale encomendou 35 delas -, que podem carregar até 400 mil toneladas de minério de ferro.

O comunicado aparece um mês depois dos problemas com o Vale Beijing, que rachou ao carregar minério na costa do Maranhão. Já no ano passado, empresários chineses do ramo naval pressionavam o governo a não aceitar os supernavios, temendo que a Vale monopolizasse o transporte de minério para a China.

FONTE: Jornal da Globo

China proíbe entrada de meganavios da Vale

Pressionada por empresas de transporte marítimo do país, a China proibiu a operação em seus portos dos supernavios da Vale, sob a alegação de que são inseguros.

“Não estamos otimistas sobre a segurança das operações portuárias para navios grandes, principalmente navios supergrandes cujo tamanho é maior do que permitem os padrões”, diz comunicado do Ministério dos Transporte chinês, divulgado ontem.

Em dezembro, um desses navios, o Vale Beijing, apresentou rachaduras após ser carregado com minério de ferro no litoral do Maranhão. Chamados de Valemax, são os maiores do gênero.

A decisão é um grande revés para a Vale, que decidiu, em 2008, criar frota própria para reduzir custos de transporte até a China, maior importador do produto.

As jazidas da Vale estão bem mais distantes da Ásia em relação aos concorrentes BHP Billiton e Rio Tinto.

A Vale, que não comentou a decisão ontem, terá agora de lançar mão de megacentros de distribuição na Malásia e nas Filipinas, onde os Valemax poderão atracar. De lá, o minério será recolocado em navios menores e enviado a China, elevando custos.

FONTE: Folha de São Paulo/FABIANO MAISONNAVE/DE PEQUIM

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