Austrália preserva investimento em submarinos dos cortes no seu orçamento
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Por outro lado, os cortes na Defesa deverão atrasar o programa do F-35 – mas esse já é um assunto para o Poder Aéreo
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Nesta quinta-feira, segundo o jornal Canberra Times, a primeira Ministra e o ministro da Defesa da Austrália anunciaram cortes no orçamento de Defesa. Para saber mais sobre a extensão desses cortes, que entre outros programas vai afetar o prazo de aquisição do caça F-35, clique aqui para acessar matéria no Poder Aéreo. Mas, apesar dos cortes anunciados, e que deverão ser detalhados na semana que vem, o programa de novos submarinos do país parece ter sido preservado – ao menos nos seus investimentos iniciais, mais baixos quando comparados a um custo total estimado de 40 bilhões de dólares pra 12 novos submarinos: foi anunciado que o Governo Australiano deverá investir 214 milhões de dólares no próximo estágio do projeto do Futuro Submarino.
Este programa militar é considerado o maior do gênero na Austrália, e prevê que os doze novos submarinos serão construídos no sul do país. Segundo a primeira Ministra Julia Gillard, o programa multibilionário é justificado pela geografia da Austrália: “Para uma ilha-continente, a capacidade marítima é crítica.” A primeira Ministra disse que o Governo estava prosseguindo de forma cautelosa com os novos submarinos, especialmente devido às lições aprendidas com a classe Collins: “Estamos sendo absolutamente metódicos sobre isso e não aceitamos nenhuma desculpa por isso.”
Segundo o correspondente do jornal para Segurança Nacional, Dylan Welch, os 214 milhões de dólares alocados para essa próxima fase do projeto serão utilizados numa análise crucial: se a nova classe será um projeto inteiramente novo ou se será um modelo norte-americano ou europeu modificado. O projeto é considerado tão grande que o ministro da Defesa da Austrália, Stephen Smith, cortou uma das mais altas posições no Departamento de Defesa – o cargo ainda não preenchido de secretário associado de capacitação – e no lugar creiou um diretor geral de submarinos.
O ministro para Material de Defesa Jason Clare disse que os submarinos vão criar empregos e construir capacidades na Austrália. “Para construir os novos submarinos, precisarémos construir uma nova indústri, disse Clare, acrescentando que conhecimentos específicos de outros países serão necessários, mas que a maior parte do trabalho será local.
FONTE: Canberra Times (tradução, adaptação e edição: Poder Naval)
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“se a nova classe será um projeto inteiramente novo ou se será um modelo norte-americano ou europeu modificado.”
Os EUA não são uma opção, já que operam apenas submarinos nucleares mas o Japão poderia no futuro próximo ser um potencial
parceiro, uma alternativa aos europeus já que desenvolve excelentes submarinos convencionais.
Com a crise batendo na porta de todos os países, os estadunidenses vão querer levar essa de qualquer maneira, apelando para a afinidade que têm com os australianos e usando de lobby pesado. Mas eu aposto que a coisa penderá para os europeus, notadamente Franceses ou Alemães.
Augusto,
Alemães sim, franceses não. Se os australianos tivessem interesse em construir submarinos nucleares seria interessante a opção francesa tal qual o Brasil está fazendo mas como propulsão nuclear por lá é politicamente incorreto, uma grande opção é a Alemanha ou, como disse o Dalton, o Japão. Não creio que procurem os suecos e nem mesmo espanhóis e italianos.
Abs
Guppy, eu não descartaria a Espanha com tanta facilidade assim, Lembremo-nos que a Austrália escolheu justamente a Navantia Espanhola para desenvolver/construir suas belonaves mais modernas para superfície.
Eu apostaria na Espanha e Alemanha.
Os australianos possuem e querem grandes submarinos convencionais na faixa de 4000 toneladas submerso. Se os europeus apresentarem um projeto que atenda as necessidades deles, como os alemães no passado chegaram a fazer com um “209” bastante aumentado e os suecos com um modificado/aumentado dos seus “Vastergotland” então há possibilidade. O novo “Soryu” de cerca de 4000 toneladas tem a vantagem de ser operado pela Marinha Japonesa. Há quem aposte que os australianos poderiam tentar um projeto próprio com o que já aprenderam construindo seus SSKs da classe Collins, evitando erros cometidos e contando talvez com ajuda dos EUA principalmente… Read more »